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domingo, 30 de abril de 2023

Workshop Erasmus Art & Coding

Dia 24 de abril, o desafio foi o de realizar um workshop de introdução à programação, integrado nas atividades do projeto Erasmus A Future for All. A sessão decorreu na escola anfitriã Mikołaja Kopernika, em Olkuzs, Polónia.


Como desafio, levámos a programação criativa em Python, usando telemóveis e ImagiCharms. Durante a sessão, os participantes foram desafiados a programar pixel art em Python, para depois visualizarem os resultados nos Charms.


A sessão foi planeada e dinamizada pelas alunas do clube de robótica do Agrupamento de Escolas Venda do Pinheiro, que se responsabilizaram pelos materiais de apoio e ensinaram, em inglês, o grupo de participantes das diferentes nações. Prepararam uma apresentação que ensina a trabalhar com os Charms e a app de programação, bem como desenvolveram exercícios para os participantes programarem.




 A sessão estava pensada para um grupo de cerca de dez alunos, mas contou com a presença de mais do triplo, o que levantou alguns constrangimentos. A maioria dos presentes experimentou programar, mas apenas alguns puderam experimentar o mais divertido desta abordagem, o visualizar o resultado do programa no Charm. Apesar disto, a sessão foi dinâmica e divertida, e as nossas alunas estão de parabéns pelo esforço desenvolvido.

sexta-feira, 21 de abril de 2023

Sessão Programa o Robot


 Dia 3 de maio, o desafio será rumar âs turmas do primeiro ciclo da Escola Básica de Santo Estevão das Galés, com a mala cheia de robots. O objetivo é colocá-los nas mãos dos meninos, e fazê-los animar as máquinas.

Instantes





E porque não, colocar os alunos de 5º ano a programar Charms em Python? Foi um desafio ao domínio do teclado, e uma mostra da enorme criatividade destes alunos.




 Algumas antevisões da nossa próxima deslocação Erasmus.

sábado, 15 de abril de 2023

Workshop ImagiCharm

 



Dia 15, foi dia de arriscar o primeiro workshop de programação de ImagiCharms. Sendo o primeiro, foi tempo de experimentar o conceito e perceber como melhor fazer isto. A sessão decorreu no AE Venda do Pinheiro, através do Centro de Formação Associação de Escolas Rómulo de Carvalho.



@archizer0 O primeiro workshop em Portugal sobre programação Python com ImagiCharms. #imagilabs #imagiambassador #edutok ♬ Giant Steps - John Coltrane

Oito formandos, quatro presencialmente, que passaram a manhã a brincar com programação em Python e a divertir-se com pixel art. Retiro uma boa memória desta primeira experiência, naquele que foi a primeira abordagem a este recurso educativo por cá. A primeira de muitas, espero.

quarta-feira, 5 de abril de 2023

Escola do Futuro


Levemente entediado numa reunião, aproveitando para experimentar o Adobe Firefly. Dado o contexto, e porque não experimentar prompts sobre educação do futuro, salas de aula futuristas, e escola digital?





Como seria de esperar, as imagens resultantes são fortemente estereotipadas. Recordem, estes algoritmos remistram e recriam a partir do que já conhecem. Pedir-lhes que representem salas de aula mostra o esterótipo que temos de uma sala de aula, local onde crianças se sentam em secretárias a ouvir preleções ou, no toque futurismo digital, a olhar para ecrãs.





Colocar crianças no prompt sublinha essas estéticas (e dá alguns resultados bizarros, o Firefly ainda tem algum caminho a percorrer). É talvez o lado mais curioso da IA Generativa, interpretando as nossas palavras e gerando resultados a partir da aprendizagem alimentada por um imenso corpus icongráfico gerado por nós. É como se fosse um espelho, mais do que gerar novas imagens, permite-nos um novo olhar para as estéticas e iconografias de sempre. 

Quanto ao Firefly em si, tem resultados interessantes, muito enviesados para a ilustração. Ferramentas tipo Midjourney ou implementações Stable Diffusion costumam dar melhores resultados, mas tendo o peso da Adobe por detrás, suspeito que o Firefly irá evoluir muito, e depressa. Como pormenor que o distingue de outros serviços, o Firefly embebe informação sobre a geração de imagem nos meta-dados do ficheiro gerado.

Workshop Inteligência Artificial Generativa

 


Dia 4 de maio, no âmbito das atividades de comemoração da semana do Departamento de Matemáticas e Ciências Experimentais, é lançado aos alunos o desafio de vir descobrir o potencial da Inteligência Artificial Generativa, da geração de texto com Chat GPT às ferramentas de geração de imagem.


Workshop Robótica Divertida (para matemáticos e cientistas apressados)

 

Dia 2 de maio, como parte das atividades da semana do Departamento de Matemática e Ciências Experimentais, a sala 27 vai tornar-se um espaço experimental. O desafio, para quem quiser participar, é de explorar atividades simples de robótica, de forma introdutória.

Workshop Art & Coding

 

Dia 22, com alunas do clube de robótica do AE Venda do Pinheiro, iremos dinamizar um workshop sobre programação e artes utilizando imagiCharms. Este workshop está inserida nas atividades da deslocação à escola Mikołaja Kopernika, no âmbito do projeto Erasmus A Future for All.

domingo, 2 de abril de 2023

Foi mesmo andar para trás...

"Professor, gostava de lhe contar uma coisa sobre as suas aulas de TIC", diz-me um antigo aluno.  Para contexto, estava na Futurália a colocar os visitantes do espaço da DGE a experimentar inteligência artificial generativa, quando reparo num jovem sentado, a sorrir. "Não queres experimentar isto", pergunto-lhe. "Ah, não se lembra de mim, professor? Fui seu aluno há uns anos, na Venda do Pinheiro... 

Pelo rosto, não ia lá (sou extemamente distraído e cabeça na lua), mas o nome trouxe-me algumas memórias. Falámos um pouco, ele, jovem millenial, colocou-me ao corrente dos seus desafios e aprendizagens em cursos profissionais, voluntariado e viagens. É sempre bom saber quando os nossos antigos alunos encontram o seu caminho na vida, e sempre de formas imprevisíveis quando estavam connosco.

Interrompe a conversa, sorri, e diz-me que tem uma coisa para me dizer. Sobre as aulas de TIC. "Olhe, professor, deve-se lembrar que fui seu aluno no sétimo ano, e depois mudei de escola, para a zona de Sintra. Consigo aprendi a fazer 3D, vídeo, também... mas depois..." E então, perguntei. "Olhe, depois de sair da sua escola, foi um completo retrocesso! Passei o oitavo e nono ano só a fazer exercicios no Word..."

"Foi mesmo andar para trás, " observa. "Eu bem dizia aos meus professores que se podia fazer outras coisas, mas eles nada, um completo retrocesso... depois daquilo que me mostrou que se podia fazer com a tecnologia..." 

Fiquei num misto de alegria e surpresa, claro, pelas palavras, pelo que me relatava. Concluiu que só voltou a sentir que estava realmente a aprender no secundário, quando em disciplinas de informática aplicou o que tinha aprendido comigo sobre modelação 3D em Sketchup.

Expliquei-lhe que as coisas mudaram, que o programa de TIC agora é ainda mais interessante do que era quando ele tinha sido meu aluno. Mas, enfim, há ainda muito que fazer.

"Sabe, professor, " remata antes de se despedir, suspeito que para a vida, porque a educação tem destas coisas, raramente os futuros se cruzam, "sempre lhe quis dizer isto. Vocês, raramente lhes dizem estas coisas".

Confesso, por vezes sinto a força a perder-se, e pergunto-me se vale mesmo a pena focar a minha prática letiva naquelas que são consideradas as competências digitais com futuro, nos domínios da programação, pensamento computacional, Inteligência Artificial, robótica e tecnolofgias criativas. Vivo com a suspeita que os restantes professores com que trabalho prefeririam algo mais convencional, o que dizem ser importante, o, como referem, "ensinar os alunos a mexer nos computadores".

Uma ideia difusa, que na mente popular se resume ao mais básico do básico, ao enviar mensagens, realizar pesquisas, e elaborar documentos e apresentações (de preferência no Word e Powerpoint, que isso de software livre nem querem ouvir falar). "É o que eles precisam de aprender, e não essas coisas da programação, que até são demasiado complicadas", dizem-me muitas vezes. Suspeito até que boa parte dos pais dos alunos pensa o mesmo, apenas não tem coragem de o dizer.

Mas depois há estes momentos, que mostram que sim, eu estou no caminho certo.  O caminho de desafios, de fuga ao elementar e formal, o que realmente mexe com a cabeça dos alunos. 

Não estou sozinho nesse caminho, conheço, e sou inspirado, por muitos outros professores de informática que também agem assim. Vejo, em experiências, partilhas, e formação, um grupo crescente que se dedica a estas dinâmicas.

Mas estamos em portugal, o país das mentalidades pequenas, onde isso da inovação é muito bonito mas achamos que os meninos precisam é de aprender a enviar emails (sim, já ouvi esta). 

Ou, como já me disseram, "para colocar os alunos a modelar em 3D como é que tens tempo para ensinar a formatar corretamente documentos no word?" (Vindo de um colega de informática, ainda por cima.

Recordo aquela vez em que a diretora da escola me confidenciou um desabafo, "olha, um elemento da associação de pais observou que as aulas de TIC são demasiado centradas na programação e outras coisas, ele acha que o filho dele devia ter aprendido a fazer apresentações no powepoint." Ia já começar a fazer o relato do programa da disciplina, mas ela, que sempre apoia, interrompe com um "estou só a transmitir". É a mesma diretora que já me deu indicações para comprar um cão-robot educativo que partilhei nas redes sociais, mal haja disponibilidade orçamental.

E que não hesitou em financiar o triplo do que eu pedia, para investir numa solução EdTech para incentivar a aprendizagem da programação. 

Recordo também com carinho a discussão com uma diretora de turma, que perante as minhas propostas de colaboração interdisciplinar, me puxou as orelhas. "Olha, e que tal ensinar a fazer word e powerpoint como deve ser?!" Lá lhe expliquei o que era o programa de TIC, quais eram as nossas aprendizagens essenciais.

Não ficou satisfeita. E remata, dizendo que ficou desiludida quando viu a reformulação do programa da disciplina. No seu ponto de vista, o que as crianças deviam aprender era a informática na óptica do utilizador, isso seria o importante.

Esta minha colega lecciona História. E, a mim, nunca me ocorreria criticar porque é que o programa de História para o ensino básico se foca nas áreas que trabalha.

Por isso, caro ex-aluno, cujo futuro espero que seja dinâmico, viajado e feliz, obrigado! A nossa conversa reforçou as minhas convicções. Uma coisa é sentir que se está no caminho certo, mas senti-lo dentro de uma bolha cultural de pessoas que pensam como nós  é algo que o sentido crítico nos diz para ter cuidado. Outra, é passados anos, reencontrar um aluno que nos diz, olhos nos olhos, que o que fizemos com ele fez diferença.

sábado, 1 de abril de 2023

Instantes

 



@archizer0 Última aula do 2 período? Ora, vamos aprender uma coisa nova. #imagilabs #imagicharms #edutok #aevendadopinheiro #ticem3d ♬ My Lover - Brenda Kahn

Última semana de aulas, alunos em atividades desportivas, o que fazer com turmas de quinto ano a meio gás? E porque não um hello world em Python usando os Charms? Tinha algum receio em colocar estes petizes pouco habituados a teclados a escrever código, mas foi um sucesso. Aquelas mãozinhas pouco habituadas aos shifts, enters e alt grs depressa aprenderam a escrever com parentesis retos.



Uma nova aquisição (pessoal), um Ottoky, combina a base do projeto OTTO DIY com a interessante placa de programação Tokymaker. Deu trabalho a montar, dá trabalho a programar. Ou seja, está a ser divertido!





@archizer0 Já tinha saudades dos anprinos. #anprino #aevendadopinheiro #edutok ♬ Contratempo - Lali Puna

Na despedida do clube antes da páscoa, inicámos os trabalhos com o Anprino.

E, no sexto ano, porque não meter robots a mexer?


@archizer0 Isto vai dar luta. #tokymaker #ottoky ♬ The Robots - Kraftwerk



Agora, hora de uma pausa (merecida) para todos.