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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Game on?


Se tem sido interessante e recompensador integrar as actividades do 3D alpha na abordagem curricular da disciplina de TIC oferecendo um conjunto de experiências de aprendizagem que tocam na modelação e animação 3D, vídeo, multimédia e Scratch focalizando no uso do computador como ferramenta criativa, é também muito divertido fugir aos espartilhos formalistas e apostar em projectos interdisciplinares. Quebram-se fronteiras conceptuais entre disciplinas, conhecimentos adquiridos e aprendizagens esperadas, e mesmo o pressuposto da adequação de níveis etários à percepção de dificuldade de trabalho com aplicações específicas.

Projectos interdisciplinares que misturam conhecimento de diferentes áreas curriculares com expressão plástica utilizando o computador como ferramenta foram o berço deste 3D alpha, onde regresso sempre que posso. Não é fácil, obriga ao equilíbrio da disponibilidade de meios e tempos, quer meus, quer das turmas que se vêem envolvidas nisto. Desta vez o desafio partiu de uma professora de Educação Visual que me perguntou o que é que podíamos fazer com a turma dela e as minhas tridimensionalidades. Foi possível encontrar uma hora comum e libertar a sala dedicada às TIC, e arrancámos hoje. A ideia, ainda necessariamente difusa, é colocar uma turma de 5.º ano a mexer em 3D e criar de forma colaborativa um sistema solar em VRML.


Não comecemos por assustar os petizes mostrando-lhes que vão mexer com geometria, perspectiva, textura, ciclo orbitais, sistemas solares, coordenadas cartesianas, vectores, proporções, ou outras coisas que desarmam ao primeiro olhar. Comecemos por uma breve introdução aos mundos virtuais e umas corridinhas no mundo Grand Prix, que deixa as crianças deliciadas. Entre isto, alguns dos espaços virtuais bem conseguidos do VRMLWorld e os avatares o interesse ficou irremediavelmente desperto.

Com esforço e jeitinho ainda se consegue arranjar espaços e tempos informais onde se podem experimentar formas diferentes de aprender. Por muito que nos queiram impor um sistema educativo redutor e sufocante, haverá sempre forma de criar fugas ao monolitismo.

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