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sexta-feira, 30 de maio de 2014

Asteróides


Isto vai requerer uma banda sonora épica, não acham? É o que acontece quando alunos de sétimo ano se metem a aprender animação 3D.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Evolução Tecnológica e Objeto Técnico - Impressoras 3D


Contámos com a presença de Ricardo Cardoso, do Spinlab - Parque Tecnológico de Óbidos, para demonstrar impressão em 3D, falar um pouco da tecnologia e processos de trabalho, no âmbito da actividade Evolução Tecnológica e objeto técnico - impressoras 3D, organizada pelas disciplinas de Educação Tecnológica e TIC. Esta iniciativa foi possível graças ao esforço da Prof.ª Sara Inácio, de Educação Visual e Educação Tecnológica.


No decorrer das sessões os alunos participantes puderam ver o processo de impressão de objectos em 3D numa impressora Prusa i3, tomar contacto com modelos impressos e aprender um pouco sobre as diferentes vertentes desta tecnologia, materiais que pode utilizar, técnicas de trabalho e potencialidades.


O deslumbre e entusiasmo foram palpáveis ao longo das sessões. Não sendo uma novidade, para muitos foi o primeiro contacto real com uma tecnologia de que muito ouvem falar mas têm poucas oportunidades de ter contacto. A capacidade de dar tangibilidade aos objectos digitais virtuais deixa-nos a todos fascinados.



As sessões foram programadas para alunos de segundo ciclo mas foram convidados alguns dos alunos de TIC que ao longo destes anos se têm distinguido pela sua proficiência e vontade de aprender no que toca a modelação 3D. Para estes foi uma oportunidade de ver concretizado no real tangível os conceitos sobre coordenadas cartesianas, superfícies e programas de modelação com que já trabalham na escola e nos tempos livres.


O processo de impressão requer preparação e foi-nos mostrado como preparar fisicamente a impressora, fixando o rolo de plástico PLA no extrusor, preparando o tabuleiro de impressão e fazer os acertos necessários antes de imprimir um objecto.


Outra faceta é o trabalho de preparação digital dos modelos, que após modelação têm de ser preparados em aplicações próprias para impressão 3D. Nestas acerta-se o layering das fatias que irão formar o objecto final, ajustam-se dimensões e tipos de estrutura interior. Em seguida, a aplicação converte estes parâmetros para instruções gcode e envia para a impressora.

Impressão em 3D é um passo lógico para uma abordagem às TIC que contempla o 3D e multimédia. Abriria outras possibilidades de aprendizagem e estímulo à expressão criativa com tecnologias. Os preços dos equipamentos e a sua relativa complexidade ainda tornam difícil a sua adopção no contexto do ensino básico, mas este passo tem de ser dado, e o ponto de partida possível passa pelo tomar consciência deste potencial e estruturar a sua aplicabilidade no estímulo à aprendizagem.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Vislumbre




Um vislumbre da sala de aula, às voltas com 3D. Quando é vídeo a tranquilidade é inexistente...

Sinergias


O problema de trabalhos em grupo está nas dinâmicas interiores dos seus elementos, algo que em idades adolescentes poderá ter sempre as suas agruras. Este é um desses curiosos casos. Assumi que as alunas estavam a trabalhar em conjunto, mas a páginas tantas percebi que não. Talvez porque o esforço e empenho individuais criem sensações de propriedade do trabalho feito. Ou porque nestas idades as pequenas dissensões são sentidas como absolutas. Deu algum trabalho convencer as partes envolvidas que faria todo o sentido mesclar os seus trabalhos individuais. E visto o resultado, as dúvidas dissiparam-se. É a isto que se chamam sinergias, certo? Sair de zonas de conforto e arriscar algo mais. Aqui estes conceitos não são deturpados nem levam a destinos prejudiciais. Talvez assim devesse ser, preparando os alunos para a realidade dura no exterior da sala de aula ao invés de lhes dar espaços de liberdade que neste obscuro momento presente se sentem ameaçados de extinção nos futuros previsíveis.

Deste trabalho guardo uma recordação muito especial. A páginas tantas a aluna que estava de volta do obelisco sentiu a necessidade de saber quanto é que este media. Pega na fita métrica digital do Sketchup, tira a medida e chega ao valor. É grande, muito grande. Eu paralisei. Esperem lá, mas eu não lhe ensinei a tirar medidas nem usar estas ferramentas. Foi lá por si só. Um pequeno pormenor que sublinha um grande passo de aprendizagem autónoma.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Finalizando


Quase a terminar, e os projectos dos alunos vão entrando na fase final. A este meticuloso coliseu restam alguns pormenores de estatuária, que vão ser resolvidos com imagens para não sobrecarregar o ficheiro de Sketchup.


Este simpático bichinho irá passear por entre pirâmides e dunas do deserto. E descobri uma coisa em comum com as alunas que estão a desenvolver este trabalho: todos nos recordamos da canção do areias. Faz parte das nossas infâncias, mesmo que a minha já ande um pouco distante.


Para terminar, um templo grego em ainda progresso. Foi um desafio intrigante, o de modelar as colunas. Talvez sétimo ano seja um tempo prematuro para aprender a distinguir entre a ordem dórica, jónica e coríntia, mas teve de ser. Claro que irá ter um naos a condizer. Também se teve de investigar isso. E como este há mais trabalhos, todos no delicado momento da recta final.

Animações


Alguns alunos escolheram o movimento como tema do seu projecto final e estão a finalizar pequenos projectos de animação. Os primeiros vídeos estão prontos e mostram o resultado das primeiras experiências de introdução à animação.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

E o que é que vai sair daqui?


Quando se começam projectos com maior fôlego, há sempre aquele momento inicial de descrença onde as expectativas são altas mas os resultados não correspondem. Mas trabalhar desta forma é um processo iterativo e, passo a passo, os resultados vão-se construindo. Na imagem um dos trabalhos que me está a dar mais gosto acompanhar. O aluno que o está a fazer é mais avançado do que a generalidade e pediu-me se poderia criar o seu projecto final em Unity. Pensei, pensei, e pensei: ok, é uma excelente ideia, mas e que tal tentar algo complexo mas mais simples, que permite desenvolver as bases e processos mentais de trabalho? O trabalho acabou por ser uma tentativa de criar um jogo utilizando a estética do minecraft. Talvez não tenhamos tempo para chegar a esse ponto, mas isso não é o mais importante. Só o esforço de animação de um dos personagens é uma aprendizagem notável para uma criança. E sim, a criatura tem um aspecto cúbico, mas recordem-se que é inspirada no minecraft. E anda. Mexe os braços. E a cabeça.


E daqui vai sair... quando olhei para o aluno que está a criar este projecto, pensei que estava na hora de me esforçar mais como professor e orientador e mostrar-lhe alternativas que poderiam potenciar o seu trabalho. Mas depois olhei para o ar de satisfação dele enquanto vai construindo este projecto em Doga L3 e dei um passo atrás. Certo, conjugando outros programas isto poderia ir mais longe, mas o aluno está feliz a trabalhar, criando meticulosamente a sua cidade. No fundo, isso é o que interessa. Não me atrevo a quebrar-lhe o entusiasmo. Afinal, é o projecto dele, a tecnologia que ele escolheu, aquilo que faz com gosto. Uma coisa que lhes prometi no início do semestre é que nos projectos finais iria respeitar as suas escolhas.


Daqui... o grupo de alunas cansou-se da imagem fixa. Depois de criar uma imagem cósmica, fartaram-se daquilo estar sempre no mesmo sítio. Isto não se pode mexer, professor, perguntaram. Claro que sim. e agora estão a transformar a paisagem cósmica (spacescape para os conhecedores do DeviantArt) numa animação. Não há tempo para ser muito ambiciosa, ficará pela rotação do planeta e uma animação de câmara. Mas representa um interessante salto conceptual.


Já daqui vai sair outra animação em 3D. Também curta, que os alunos estão mais interessados em criar os recursos em Avatar Studio e Sketchup do que a planificar um filme. Note-se que os projectos são experimentais, e não têm necessariamente que ser algo de específico. Interessa mais estimular aprendizagens e procura de soluções.


É um processo similar ao deste castelo, elemento de uma outra animação a ser desenvolvida. Sei que no final estes vídeos não serão mais do que pequenos clips a mostrar em animação 3D os projectos dos alunos. Mas para estes, houve um intenso trabalho de domínio elementar de aplicações, treino de percepção visual e espacial, e esforço criativo aplicado em projectos de grupo. Vamos parar por aqui, até acho que já estou a exigir demais deles...

Sneak Preview


O objectivo era participar na semana Sete Dias com os Media com um conjunto de vídeos curtos sobre segurança digital. Mas uma combinação danosa de feriados e provas impediu-nos de acabar o trabalho a tempo e horas. Diga-se que neste segundo semestre os alunos de oitavo não têm tido muita sorte com o tempo. Este vídeo é uma antevisão dos trabalhos, ainda a ser finalizados com muita criatividade pelos alunos. Nem todos estão aqui, mas já dá para uma pequena amostra da diversidade e do esforço.

Cada vídeo terá no máximo um minuto e meio, limitação de tempo que a princípio acharam ser demasiado curta mas que acabou por se revelar... longa. Quem é que tem paciência para estar cinco minutos a ver um vídeo monótono, perguntei-lhes. Ser curto, incisivo e apostar nos efeitos visuais é o princípio elementar deste trabalho. Como é natural, os resultados variam, entre os muito interessantes e aqueles que estão mais parecidos com uma tradicional apresentação, mas ainda estamos a tempo de corrigir erros e melhorar o que está feito.

Este trabalho tem como bónus o permitir aos alunos pesquisar e reflectir sobre temas contemplados nas metas curriculares de TIC, algo mais difícil de fazer nos projectos de trabalho em 3D. Mas para mim o mais interessante destes projectos são os processos de trabalho adoptados pelos alunos. Se é bom ter resultados esteticamente interessantes, valorizo mais o seu entusiasmo e concentração no processo de criação. Quem entrar na sala de aula nestes momentos surpreende-se com o aparente caos, com grupos ruidosos de alunos a gesticular junto ao computador. Mas se olhar com mais atenção vê o ecrã aberto no Vegas, as diferentes pistas audio e vídeo, que nalguns casos são de assinalável complexidade, os alunos a discutir que clip inserir, que pista de voz, que efeito, como montar, o que fica melhor. Não se dá pela passagem dos noventa minutos da aula.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Percepção visuo-espacial




Estes trabalhos andavam esquecidos nas pastas dos alunos, não por distracção minha mas por peculiaridades do Doga L3. Não, os alunos não são assim tão bons modeladores 3D que em poucas aulas tenham aprendido a criar de raiz modelos desta perfeição. Nem eu sou assim tão bom professor. Como já aqui referi muitas vezes, o Doga simplifica o processo de criação com peças pré-feitas. O desafio está na criatividade de assemblagem de modelos e no perceber que no espaço tridimensional as relações entre formas são mais complexas do que no bidimensional. Este ser capaz de pensar em 3D, aquilo a que se chama percepção visuo-espacial, é o elemento mais difícil de estimular neste género de trabalhos. Recordem-se que o estímulo ao 2D pelo desenho e outras expressões é massivo no sistema de ensino. 3D, quer digital quer físico, não é muito estimulado. É por isso que dou valor a estes veículos. Os alunos que os criaram apenas tiveram que escolher peças de um longo menu. O verdadeiro desafio foi visualizá-los mentalmente e perceber como posicionar os elementos para criar um objecto coerente. Ou pondo as coisas de outra forma: a perspectiva é traiçoeira. O que num ponto de vista parece perfeito pode estar desconjuntado mal se rode um bocadinho. Perceber isso, e perceber como resolver estes problemas, é o primeiro desafio de criar em 3D.

Posso fazer...?


Um pouco mais de Egipto, ou começar o dia a ajuda a analisar hieróglifos para esculpir no barro digital do Sketchup. As alunas que se atiraram a este projecto estão entusiasmadas. Uma delas, tendo já pronta a sua contribuição, começou a pesquisar outros elementos arquitectónicos egípcios. Queria fazer um arco do triunfo, disse-me, mas isso é romano. Posso fazer uma casa egípcia? Mas claro! (Esperemos é que as poucas aulas que restam cheguem para isso.)


Outro grupo começa a preocupar-se com o tempo. O nível de detalhes do seu trabalho é muito elevado e sentem que poderão não ter tempo para texturizar como querem. Vamos a isso, então. Cá por mim estou mesmo muito curioso sobre como esta casa irá ficar.


Entretanto vão-se afinando outros projectos, mais simples, mas não por isso menos importantes. Se é bom ver resultados visualmente ricos, como professor o que mais interessa é o processo de criação, onde as crianças exploram, testam ideias, aprofundam o domínio das ferramentas, se tornam mais exímias no uso do computador e vão adensando o nível de complexidade das suas criações. Porque esta capacidade de aprender a aprender, a não temer limites conceptuais e ser experimentalista é talvez a lição mais importante que lhes posso transmitir. Algo que não se faz com apresentações ou preleções.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Surpresas


É simpático começar o dia com trabalhos que se aproximam da recta final. Neste caso de sétimo ano, numa turma dividida entre a modelação e a animação. Começa-se por desafiar um dos grupos de trabalho. Afinal, os egípcios construíam mais do que pirâmides. Porque não mastabas ou obeliscos? Boa desculpa para pesquisar e descobrir, e boa desculpa para aprender mais alguns truques de modelação. Afinal, recriar os hieróglifos nas faces do obelisco não é assim tão difícil, e um telemóvel ligado à internet pode ser uma belíssima ajuda como segundo ecrã de pesquisa de imagens.


Depois há os grupos que não precisam de ideias, por fervilharem de criatividade. Não resisto a partilhar aqui uma antevisão em 3D de um desses trabalhos. Notem o elevado nível de pormenores que as alunas responsáveis por esta casa estão a modelar.


Todos os professores já passaram por isto: aquele aluno discreto, que mal se dá por ele, que nos surpreende com algo de fantástico. É o caso deste estádio, criado por um aluno que tem passado debaixo do radar por entre a variedade de projectos dos grupos e necessidade de apoio. Quando reparei no projecto fiquei maravilhado. Não é perfeito, mas está a ser desenvolvido de forma autónoma, com muita procura de soluções inventivas para os problemas de recriar uma visão pessoal em 3D. E foi inesperado. Uma bela surpresa para iniciar mais um dia.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Sketching




A turma 7.º E é a que neste momento se encontra mais avançada nos projectos finais. Os alunos que escolheram Sketchup como ferramenta de trabalho estão a aprimorar projectos de assinalável complexidade. Vão de espaços que se vão expandindo de edifício em edifício ao puzzle mental de recriar em 3D monumentos conhecidos. É por isso que este post se inicia com uma coluna. Na versão anterior do projecto, a aluna responsável pensou em recriar um templo grego utilizando cilindros simples. Pesquisámos melhor e percebeu que as colunas de um templo eram formas mais complexas do que um cilindro. E como as recriar? Que tal uma roda de oleiro, disse-lhe. Roda de oleiro? Pois. É uma forma de perceber o conceito de modelação por revolução. Depois de aprender como criar superfícies por revolução no Sketchup, depressa começou a modelar uma coluna mais realista. Só falta criar o capitel.

sábado, 10 de maio de 2014

Incipiente


E que tal uma paisagem espacial?


Desta vez cabe o espaço aos alunos do 7.º A. Por questões de calendário só iniciaram esta semana os seus projectos finais, o que quer dizer que o que estou a mostrar aqui são versões muito incipientes do que vierá a ser criado. Note-se que não é só de animação o que vai sair desta turma. Estão previstos uns projectos ambiciosos de jogo em 3D, para além dos clássicos Minecraft e Sketchup.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

3D Scan


Alguns trabalhos estão a ser vítimas da sobrecarga de provas/exames e feriados neste arranque de terceiro período. Este é um deles. Foi criado para o concurso de metrologia a partir de digitalização 3D D3Mobile. Infelizmente não foi terminado a tempo para envio, mas fica aqui o registo do trabalho de duas alunas muito interessadas de 8.º Ano que realizaram uma belíssima captura 3D de um objecto decorativo.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Puxar pela cabeça


Terceira semana do terceiro período e ainda nada se parece passar por aqui? Bem pelo contrário. Nestes dias as turmas do segundo semestre estão a atarefar-se com os seus projectos finais. Mas este período é estranho, demasiado comprimido no tempo e cheio de interrupções entre feriados, provas de escola e provas finais e exames nacionais. O tempo é um bem raro nestes dias.


Vai-se trabalhando, furando entre as exigências formalistas com o aproveitar do tempo de forma criativa. Não se pode ir tão longe neste segundo semestre como no primeiro, para poder dar tempo aos alunos de criarem os seus trabalhos individuais. E estes vão de vento em poupa. Nesta amostra, de uma turma de sétimo ano, os alunos estão intrigados com a modelação em 3D arquitectónica. Uns espraiam-se no que começa por ser pequenas casas mas depressa se expande para verdadeiros bairros cheios de detalhes, outros puxam pela cabeça a dominar as ferramentas digitais para recriar monumentos.




São desafios, e esperemos que haja tempo para serem levados até ao fim.