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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Isso faz-se com uma fotografia?


So... what do you want to print today? É um crédito para a facilidade de uso da beethefirst o permitir a alguém sem experiência de impressão 3D que vá além de ler muita coisa e ver muita coisa conseguir em pouco tempo ter resultados aceitáveis. O desafio hoje era ver se já tinha afinado a técnica correcta para gerar modelos imprimíveis no Sketchup e imprimir uma versão de testes do logotipo da escola. Tenho de insistir no Sketchup porque é a ferramenta de modelação 3D mais popular entre os meus alunos, e também das mais fáceis de utilizar.

É normal a porta do meu gabinete estar aberta. Quando estou a trabalhar na salinha que alberga o parque de servidores, router e activos de rede centrais da escola raramente me fecho e é habitual alunos entrarem com questões ou curiosos acerca do equipamento. Mas nestes dias a curiosidade anda mais aguçada do que o habitual.


Despertar a curiosidade é um dos primeiros passos deste projecto junto dos alunos. As perguntas são mais do que muitas. Em que tamanho é que isso imprime (cerca de 20x20 cm, creio), qual é o material que usa (filamento de plástico PLA feito a partir de milho), quanto é que custa (bastante, mas é um investimento no futuro), como é que isso imprime (e lá vem uma explicação sobre a matemática das coordenadas cartesianas), o que é que isso imprime (basta mostrar as primeiras experiências, com ênfase nas falhadas, para perceberem) ou é preciso uma fotografia, não é? Se for algum ex-aluno a fazer-me esta pergunta pergunto-me eu se lhe dei a nota correcta na avaliação. E a seguir recordo-lhes a modelação 3D que já aprenderam.

O segundo passo será eles próprios imprimirem. Conto conseguir isso ao longo deste segundo semestre. Até lá tenho de experimentar eu, afinando a técnica, aprendendo a lidar com a máquina, percebendo do que sei o que posso adaptar ou o que tenho que rever. Sketchup já percebi que me trará alguns problemas por causa da geometria interior dos objectos. O comando outer shell tem os seus preciosismos. Resta saber se conseguirei tirar partido dos objectos criados no Doga, e perceber se tenho algum formato que me poupe trabalho e pegue em modelos com geometria interior e os transforme em objectos sólidos. Deve haver qualquer coisa por aí.

Outra vertente é ir arriscando dimensões maiores e formas mais arrojadas. Passo a passo aprende-se e analisar os processos de trabalho ajuda a compreender como funcionam as estruturas impressas, quais os limites e possibilidades induzidos pelo slicing.

Todo este processo é uma chatice, como devem compreender. Ironia, claro...


Para já, ainda imperfeito e em baixa resolução, o logotipo do Agrupamento de Escolas Venda do Pinheiro. E amanhã? Uma tarde cheia de reuniões não augura tempo de impressão, mas talvez dê para pegar no Sketchup e experimentar umas coisas que tenho na cabeça.

Algumas coisas que se vão processando no background cerebral: haverá alguma ferramenta que transforme em sólido qualquer mesh? Como suavizar em pós-processamento a textura dos objectos impressos? Haverá cola e tintas que agarrem no PLA impresso para colorir e construir estruturas complexas sem encaixe?

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