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sábado, 26 de dezembro de 2015

3D Printing no Best Tech of 2015

 
A edição de dezembro da Tech&Learning destacou as apps, serviços e produtos que na sua perspectiva serão os melhores do domínio da tecnologia educativa. Uma classificação discutível, tendo em conta que a revista anda demasiado próxima do catálogo publicitário nas análises que faz, olhando muito pouco para as valências pedagógicas das tecnologias e colocando de lado qualquer referência a software e hardware livre e FOSS.  Nesta edição, fiquei surpreendido pelas menções a tecnologias ligadas à impressão 3D. Primeiro, o fabuloso Tinkerplay, uma forma fantástica das crianças modelarem os seus briquendos, habituando-se a manipular formas complexas no espaço tridimensional enquanto trabalham com modularidade.


Mais dentro da política da T&L, distinguiram o PrintShop da Makerbot, que talvez não seja a melhor aplicação nesta categoria. A Morphi parece-me muito mais prometedora, desenhada a pensar nas crianças e em como estimulá-las a criar em 3D, ao invés de usar modelos pré-criados.  Note-se que aqui são os meus próprios conceitos a interferir na análise. Creio que o verdadeiro poder da impressão 3D é libertado quando combinamos o imprimir com o aprender a modelar e com isso poder materializar o que concebemos. Imprimir o que outros criaram sempre me pareceu algo redutor, apesar de não deixar de ser um aspecto interessante no uso desta tecnologia.


Para terminar, a obrigatória menção ao Tinkercad. Se bem que na análise da T&L fica-se limitado pela visão desta webapp como algo elementar. Na verdade, com um sistema de medidas rigoroso, o Tinkercad consegue ser ao mesmo tempo simples de utilizar e muito rigoroso no que se consegue modelar através de combinação de primitivos e operações booleanas (deve ser daqui que sai a referência aos basics of coding).

Apesar da Tech&Learning ser na generalidade superficial e demasiado centrada em produtos comercializáveis no mercado da educação, não deixa de ser interessante que esteja a começar a olhar para a impressão 3D. Esta questão do mercado da educação tem o seu quê de cultural. Por cá, a maior parte do desenvolvimento tecnológico e uso de tecnologias nas escolas sai muito do esforço individual de professores que as adaptam de forma experimental na sala de aula. Para além dos e-manuais, são poucos os exemplos do oposto, de empresas que desenvolvem tecnologia educativa (a Arctica tem um desses raros projectos com robótica em arduino). A nossa cultura pedagógica está mundo virada para o DIY, algo avessa ao lado comercial da tecnologia educativa.

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