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terça-feira, 19 de abril de 2016

Caminhos


O rescaldo da nossa presença no Qualifica 2016, Exponor. De 14 a 17 de abril rumámos ao Porto, integrados no espaço Ambientes Educativos Inovadores da Direcção Geral de Educação. Encarregues da área dedicada à impressão 3D, fomos desafiados a mostrar e demonstrar como se pode integrar esta tecnologia na escola, quer na sala de aula de TIC, quer em projectos interdisciplinares. A estrutura do evento, bem como a experiência, equipamentos e contexto, foi similar à da presença na Futurália 2016.


Desta vez, optei por mostrar resultados tangíveis do trabalho desenvolvido pelos alunos. As moléculas do Ciência na Escola foram o grande destaque, bem como alguns objectos mais interessantes e bem conseguidos.


Esta beebot acompanha-nos desde a Futurália na zona dedicada à aprendizagem de programação em contextos de pré-alfabetização. Recriá-la em 3D foi um desafio que veio desse evento, e que foi impresso agora.


O espaço 3D, ao contrário das restantes zonas da Sala, não tinha ajudantes para demonstrar as utilizações. O que não quer dizer que tivesse de ser eu a fazer tudo...


Porque é que a Bee está aberta? Considero que não chega olhar para a impressora em funcionamento. Quem nos visitava saía a perceber como se modela em 3D, quais os usos dentro da escola, e via um pouco das entranhas de uma impressora em funcionamento. Demonstrar, mostrar, desmistificar, ajudar a compreender. Outros preferem apenas mostrar. Mas eu sou professor, tenho de explicar e transmitir conhecimento.


A curiosidade desperta-se com a simples presença desta máquina, mas para que esta se sustente há que ir mais longe, explicar, motivar, e mostrar que está ao alcance.


Claro que durante o evento foi crescendo o acervo de impressões 3D dos desafios ERTE-DGE. Muitos piscas, em 2.5 e 3D, e símbolos eTwinning.


A apresentação não é tudo, mas captar o olhar com formas interessantes e cores vivas ajuda. Apesar de estar ligado às TIC, as preocupações artísticas com forma, cor, volumetria e estética são fundamentais para o trabalho das TIC em 3D. Esta tecnologia está, em termos pedagógicos, num ponto de cruzamento entre as TIC e as Expressões. O domínio técnico das ferramentas não implica, por si só, bons resultados. A contribuição de uma visão estética potencia o que se pode fazer com estes meios.


Com algum humor à mistura. Alas, poor Yorick, I knew him well...


Num dos dias tive de estar semi-ausente, como participante noutro evento portuense. Como a impressora é um robot que trabalha muito bem sozinha,  deixei-a de manhã a imprimir um projecto de 7 horas. Ficou pronto em cinco...


No último dia testei um projecto para o próximo desafio das TIC em 3D. Quatro horas de impressão, e deu para perceber o que há a melhorar ou a afinar.


Aproximem-se. Não morde, mas pode queimar... e daí levantar a tampa e mostrar por dentro o que é a impressão 3D. Para se perceber o potencial disto tem de se ir mais longe do que o simples deslumbre.


Diria que enquanto houver estrada para andar... continuar-se-á. Espero ter estado à altura do desafio colocado pela Direção Geral de Educação, representando o Agrupamento de Escolas Venda do Pinheiro. O apoio da BEEVERYCREATIVE foi fulcral, quando uma avaria na impressora cedida à DGE para o evento foi resolvida na hora, logo na quinta de manhã. A simpatia e disponibilidade do pessoal da Bee é fantástica, e a beethefirst+ um mimo, apesar de considerar que no nível a que trabalho a Bee original é mais adequada. Não prevejo, nas actividades que tenho previstas, imprimir em ABS, nylon ou laywood.

Este desafio foi, como sempre, motivador e recompensador. Aliás, pedirem-me para passar quatro dias de volta de impressoras 3D... awesome, certo?

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