Este projecto junta-se à longa lista de makers, fablabs, empresas inovadoras, instituições e escolas que estarão presentes na terceira Lisbon Maker Faire, que se realizará no espaço do Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva nos dias 25 e 26 de junho. A Maker Faire tem sido fundamental para o crescimento das TIC em 3D, com impactos directos nas actividades e aprendizagens dos alunos do Agrupamento de Escolas Venda do Pinheiro. Por um lado, pelas ideias que de lá se trazem, em contacto com gigantes da efervescente cultura criativa digital, que abrem vertentes de implementação na escola. Por outro, pelo mostrar o que se faz e o que é possível dentro da escola pública fora dos espaços tradicionais da educação. O contacto, desafiante, com o público em geral tem sido uma das componentes mais enriquecedoras deste evento.
Desde a nossa primeira presença na surpreendente Lisbon Mini Maker Faire (que de mini só teve o nome) que temos participado e aprendido. Recordo que no primeiro ano este era um de dois projectos nascidos nas escolas (apropriadamente, o outro projecto também tinha nascido na sala de aula de Educação Visual e Tecnológica). No segundo ano mais escolas, e a ANPRI, representando ainda mais projectos, estiveram presentes. Este ano, tanto quanto sei, a presença de clubes de robótica e escolas será muito significativa. É bom estar acompanhado. Bem acompanhado.
Recordo também o final da primeira Maker Faire, quando um elemento de uma certa empresa de impressoras 3D, depois de apreciar o trabalho desenvolvido pelos nossos alunos no domínio da modelação 3D, me diz agora só falta imprimires os bonecos dos teus alunos numa BEETHEFIRST! Sorri, neste primeiro contacto com quem vim a saber posteriormente ser o Francisco Mendes, e pensei que era um belo sonho. Que dificilmente iria conseguir concretizar. Mal sabia eu as voltas que as TIC em 3D iriam dar, graças ao financiamento do prémio Inclusão e Literacia Digital. Dois anos depois, o Agrupamento de Escolas Venda do Pinheiro já adquiriu a sua segunda impressora 3D, para projectos dentro da biblioteca escolar, onde queremos implementar um makerspace pioneiro. Ideias, projectos, envolvimentos que só se tornaram possíveis com o contacto com a criatividade fervilhante da Maker Faire, cuja cultura tenho o sonho de trazer para as escolas. A minha já está contaminada.
Já estamos a preparar o nosso espaço, que incluirá impressão 3D, objectos impressos, os drones do Code2Fly do projecto Go! do CCEMS, e Lego RCX do incipiente Clube de Programação e Robótica que iremos implementar no próximo ano. A novidade será a presença de alguns dos alunos no espaço das TIC em 3D. Não sendo este um clube formal, tenho seguido a política de não levar alunos para eventos e apresentações. Algo que tem de mudar, para mostrar o que se pode fazer e, especialmente, porque será uma oportunidade e experiência excelente para os alunos. Nada melhor do que começar pela Maker Faire. Os convites foram lançados através dos directores de turma, e a grande surpresa tem sido nas respostas. Já em férias, com o ano lectivo encerrado, e sem que eu possa assegurar transportes (terão que ser os pais dos alunos a trazê-los à Faire) as repostas têm sido na sua maioria sim!. Com pedidos de bilhetes para toda a família, porque já que os alunos lá estão, porque não os pais e os irmãos? Também contamos com a presença da Coordenadora do Centro de Recursos Poeta José Fanha, nossa parceira no Fab@rts, que se estreia nestas lides, depois de ter sido contaminada pelo bichinho da impressão 3D.
Em modo sneak preview, algo que será revelado nesta Maker Faire, num desafio da ANPRI. Ainda não digo nada sobre isto, esperemos que cause impacto na educação, e no âmbito específico deste post sublinha o quanto este evento permite aos participantes sonhar, aprender, intervir e desenvolver novas ideias. É esse o real poder das Maker Faire. Não é o mostrar robots, impressoras 3D e outras tecnologias, mas partilhar ideias, aprender, descobrir, perceber que se pode ir mais além.
TIC em 3D? We are GO! for Lisbon Maker Faire!
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