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domingo, 20 de novembro de 2016

BAD Jobs


Estivemos presentes no BAD Jobs, mercado profissional de bibliotecas, arquivos e museus. O evento, com o tema Formação e Profissão: Que Futuro?, reuniu no espaço do mercado 31 de janeiro em Lisboa bibliotecários, arquivistas e documentaristas. Contou ainda com a presença de diversos projectos ligados às bibliotecas, promoção do livro e da leitura, arquivismo digital, promoção de literacias e bibliotecas escolares.

Estivemos presentes no âmbito do Fab@rts, projecto conjunto das TIC em 3D e Centro de Recursos Poeta José Fanha, possibilitado pelos prémios de mérito da Rede de Bibliotecas Escolares, que dinamiza um makerspace no espaço da biblioteca escolar, para já centrado na impressão 3D e uso de tablets mas a começar a crescer para a robótica e programação. Uma aposta das equipes PTE e Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas Venda do Pinheiro, promovendo uma ideia de biblioteca aberta às literacias do século XXI, tornando acessíveis e próximas aos nossos alunos tecnologias avançadas, quer na óptica da divulgação quer na do estímulo à sua utilização.


A bancada do Fab@rts, completa com a impressora 3D do Centro de Recursos, amostras de objectos criados em TIC e também nos concursos promovidos no âmbito da Codeweek, livros alusivos ao tema, tablets com as principais apps com que trabalhamos (FormIt e Thingmaker Design). No Magalhães, uma apresentação do projecto.


Entre os diversos projectos divulgados durante o evento, interessou-nos especialmente o Newton Gostava de Ler!, de uma biblioteca escolar da zona de Sintra. A literacia científica é um dos seus eixos, e uma das vertentes que nos mostraram, o Difrat'arte, deu-nos ideias. Com óculos de 3D estereoscópico de chroma depth, pudemos ver desenhos e pinturas que se no papel eram em 2D, com os óculos ganhavam profundidade. Como? Graças à ciência da óptica. Os alunos do ensino básico, monitores que nos explicaram o como e o porquê deste efeito foram espantosos. Como referiu uma das monitoras, já no secundário, "desculpe algumas imprecisões, mas quem lhe explicou ainda não deu estas matérias na escola". Não notámos a diferença!


A curiosidade sobre a impressão 3D foi tema de conversa na nossa banca, com visitantes e participantes a descobrirem algo mais sobre esta tecnologia e o que se pode fazer com ela na escola. Em muitos casos, foi um primeiro contacto com a impressão 3D. Muitos dos visitantes ficaram incrédulos ao descobrir que este é um projecto educativo numa escola pública. Não são uma empresa é uma pergunta que ouvimos várias vezes.

Mais interessante foi a sede de aprender dos alunos monitores de outros projectos de escolas que vieram ter connosco a querer saber mais sobe a impressão 3D. Ao mostrarmos como se fazia, explicando como funciona a impressora, e como se modela em 3D, uma das alunas comentou, incisiva, "se eu tivesse aprendido isto quando tive TIC, não tinha saído de lá a achar que aquilo era inútil. Nós só aprendemos word, powerpoint e excel..." Ficou muito contente quando lhe falámos das escolas que apostam na robótica e programação para estimular a aprendizagem da tecnologia digital. 


Foi um dia de sábado passado a aprender e partilhar, junto de um público muito específico e num local algo peculiar. Diga-se que nestas aventuras da impressão 3D já temos andado por locais inesperados. Centros comerciais, palcos de auditórios, e agora junta-se à lista um mercado lisboeta, com o andar de baixo num bulício de venda de hortaliças, legumes e peixe. As nossas impressoras andam por sítios curiosos...

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