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domingo, 18 de dezembro de 2016

Modelação e Impressão 3D no Plano de Formação da APEVT


Estão previstas duas ações de formação de 25 horas no plano de formação da Associação de Professores de EVT sobre modelação e impressão 3D. Para mais informações, consultem o plano de formação da APEVT e a página Inscrições em Formação APEVT.

A primeira, Impressão 3D: Ferramentas e Metodologias, aborda uma introdução à impressão 3D com ferramentas de modelação 3D no computador (Tinkercad, Sketchup) e tablet (FormIt, Thingmaker Design), validação de peças e detecção/correcção de erros utilizando o Meshlab, Netfabb e 3D Builder, potencial pedagógico desta tecnologias nas áreas artísticas, utilização do Beesoft e das impressoras 3D BEEINSCHOOL. Inicia em Fevereiro, em Lisboa.

Em maio, a formação Modelação 3D na Educação Visual e Educação Tecnológica: Projetos Pedagógicos com Sketchup Make, decorrerá no espaço do Agrupamento de Escolas Francisco Arruda, em Lisboa. Será focalizada na modelação 3D com Sketchup, partilhando metodologias de desenho tridimensional e possibilidades de integração pedagógica.

Aqui nas TIC em 3D, acreditamos que estas ferramentas, e em especial o potencial criador e transformativo da impressão 3D (em bom rigor, manufactura aditiva), pode e deve chegar a grupos alargados de professores. Se os de TIC e Informática são essenciais para as experiências de utilização na escola, dada a afinidade com a tecnologia e o evoluir de um ensino das TIC cada vez mais a olhar para robótica, programação e outras áreas de ponta, docentes de outras áreas também podem tirar partido desta tecnologia, mesmo daquelas vistas como mais teóricas. Interessa-nos em especial, por razões de afinidade, o que os professores das áreas artísticas poderão fazer com estas tecnologias, trazendo preocupações plásticas e estéticas. Este projecto, recordamos, iniciou-se na sala de aula de EVT. O nosso esforço de divulgação (e do projecto Fab@rts em específico) passa por isto, por mostrar que o potencial da impressão 3D não se esgota numa área específica.

Não acreditamos muito na ideia da impressão 3D como ferramenta de massas, com uma impressora em cada casa. Neste momento, é uma tecnologia de nichos que estão a explorar intensamente  valências que se vão multiplicando, num processo iterativo de partilha em que a cultura maker tem sido essencial. No nicho da educação, da tangibilidade ao despertar de competências cognitivas, percepção e visualização espacial, vertentes de exploração criativa e domínio de competências técnicas, intuímos que o seu potencial é enorme. Deixar esta tecnologia fora das escolas é cortar uma via de aprendizagem e desenvolvimento às crianças de hoje, futuros cidadãos interventivos e criadores. A sua massificação talvez venha a ser possível, mas contrapomos que para tirar o maior partido desta tecnologia não chega usá-la, replicando modelos obtidos na internet, é preciso aprender a modelar para despertar o seu potencial como tecnologia criativa. Há toda uma diferença entre o gosto de ver imprimir um modelo 3D criado por terceiros e imprimir algo criado por nós. É essa intensidade que sentimos nas aulas de TIC, projectos interdisciplinares e clube de robótica, aquele momento em que o brilho nos olhos de uma criança que toca no seu objecto lampeja. É isto que queremos partilhar e transmitir.

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