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domingo, 12 de fevereiro de 2017

Terrain2STL




Um dos projectos que gostaria de fazer era imprimir mapas de relevo em 3D. Quer para aplicar em projetos concretos com os alunos, ou para explorar ligações interdisciplinares à história e geografia, ou para auxiliar de aprendizagem para alunos com dificuldades de visão.

Há várias técnicas para criar modelos 3D a partir de mapas, com vários graus de complexidade, desde as que envolvem scripts à criação de 3D a partir de imagens 2D em escala cinzenta. As mais complexas não consegui testar, e a conversão de imagem para 3D com apps online, técnica do lithopane ou usar extrusões a partir de escalas cinza (um velho truque do Bryce) nunca me deu os resultados que queria. Gerava modelos 3D, mas com muito ruído, pouca fiabilidade, ou elevações demasiado trianguladas, sem suavidade.

O Terrain2STL tem melhores resultados. Com uma interface simples, basta escolher a área desejada, ajustar alguns parâmetros de captura, exagerar um pouco a escala no eixo Z (para dar ênfase à tridimensionalidade), e descarregar.



Os resultados são animadores. A mesh é densa, mas podemos sempre utilizar o Meshlab para diminuir a contagem de polígonos. O STL pode ter alguns erros, mas o Netfabb dá facilmente conta deles. A única limitação que encontrei é no criar de mapas de zonas grandes. Não na app, mas no meu computador. Tentei um mapa de Portugal Continental, e se  a app o gerou sem problemas, o resultado é um ficheiro muito pesado, que o Meshlab processa, mas o Netfabb engasga-se. 

Como pormenor space g33k, o mapa de referência desta aplicação é o SRTM3, criado pela NASA na missão STS-99, no shuttle Endeavour em 2000. A precisão do mapeamento é de 90 m e os dados daquele que é considerado o mais detalhado mapeamento da Terra feito em órbita foram libertados para domínio público pelo JPL em 2015.

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