Páginas

domingo, 26 de março de 2017

M300 É Viciante


E olhe, já estou a usar isto nas aulas com os meus alunos. O melhor comentário que ouvi, ontem, no final da ação de formação de modelação 3D com Sketchup Make, e vindo de um dos formandos que senti ter tido mais dificuldade nesta aprendizagem introdutória. Na primeira sessão, pensei que fosse desistir...


Terminámos mais um desafio colocado pela ANPRI, partilhando o que sabemos sobre modelação 3D com Sketchup com professores das áreas de Informática e Educação Visual. Com uma adição, partilhando também conhecimentos sobre impressão 3D. A formação decorreu nos espaços do Agrupamento de Escolas D. Dinis, em Lisboa, que foram excelentes anfitriões, e ainda cederam a sua Prusa i3 para as atividades deste segundo dia. Com previsão de chuva, não quisemos arriscar trazer a BEETHEFIRST do AE Venda do Pinheiro, como estava planeado, por não termos forma de a proteger dos elementos. A ironia é que, ao contrário do previsto, esteve um dia inteiro de sol em Lisboa...


Não somos experts em Sketchup. O que partilhamos é o resultado de um longo processo de aprendizagem como auto-didactas, e também a experiência prática de trabalho em sala de aula. A formação está estruturada num conjunto de ferramentas fundamentais e desafios concretos para as dominar, dando tempo aos formandos de experimentar, criar e aprender. A novidade nesta foi a ligação, pertinente, à impressão 3D. Um dos exercícios dos formandos foi aproveitado para criar objectos impressos, que seria desejável imprimir na sessão, mas já sabemos que na impressão 3D a gestão de tempo é fundamental, por isso imprimimos com antecedência.

Parte das atividades mostraram (infelizmente, sem ainda um exercício prático, mas lá chegaremos) como preparar uma impressão 3D a partir de um modelo do Sketchup, combinando plugins, limpeza e correção manual, validação, remeshing, deteção e correção de erros com o Netfabb e o Meshlab. Quinze horas intensas, com muito trabalho produzido pelos formandos, e sempre recompensadoras.


E... será desta que conseguiremos imprimir com uma Prusa? Estamos habituados à usabilidade das impressoras e software da BEEVERYCREATIVE, trabalhar com impressoras mais DIY é algo que queremos aprofundar. A impressora do Robotis, o dinâmico clube de robótica da D. Dinis, mostrou-nos que ainda há muito que temos de aprender sobre impressão 3D. 


Ou seja, ainda não foi desta que conseguimos uma impressão numa Prusa. Mais por uma questão de tempo, o Cura também ajuda muito a simplificar o processo de impressão. Com as falhas aprende-se (e o descolamento deveu-se a filamento enrolado na bobine).


Não resistimos. No espaço do Robotis, deparámos com esta impressão da recriação que fizemos do símbolo do projecto Programação 1CEB. O #robotarmy ainda existe.

Mais um desafio terminado, com formandos satisfeitos e curiosos. Isto é viciante foi outro comentário que ouvimos nas sessões. Agora,

M104 S0
G28 X
G28 Z
G1 Y65
G92 E.

Ou seja, parámos, apresentámos, e estamos prontos para novos desafios. Que serão já no próximo dia 1 de abril, na Mafra LAN Party.

sábado, 25 de março de 2017

Instantes


Talvez a experiência mais interessante das TIC em 3D nestes dias: o projecto de monitores 3D que, na biblioteca, ensinam diariamente os seus colegas a modelar e imprimir.


Todos os dias, a horas certas, há um ou dois alunos no espaço Maker da biblioteca dispostos a partilhar o que sabem.


E parece que a cultura maker está a pegar... não somos responsáveis por isto,  são alunas do quinto ano que gostam de passar o tempo sem aulas a criar objetos.


É tão recompensador entrar na biblioteca e ver estes momentos! Esta ideia partiu da coordenadora do Centro de Recursos Poeta José Fanha, nosso parceiro no âmbito do Fab@rts, prémio de mérito da Rede de Bibliotecas Escolares. Estávamos algo renitentes a princípio, porque gostaríamos de ter estes alunos mais conhecedores de modelação e impressão 3D, mas os resultados têm sido excelentes. E, note-se, ensinar é uma das melhores formas de aprender.






Por isso, nestes dias temos na biblioteca uma fabrica de porta-chaves personalizados...


A novidade desta semana: o espaço maker passa a contar com mais um computador. 


No clube de robótica, alguns alunos adoram experimentar com os Legos. 


Não conseguimos programar este velhinho RCX (incompatibilidade de drivers), mas isso não impede os alunos do LCD de fazer inúmeras experiências com os programas pré-instalados no brick.


Voltamos a insistir na programação de drones. O LCD é um espaço multivalente. O nosso foco é incentivar a criatividade com meios tecnológicos.


Bigger on the inside? Como o humanóide das TIC em 3D é whoviano convicto, não resistimos a imprimir esta Tardis saída do Thingiverse. Um modelo com que iremos fazer umas brincadeiras, inspiradas na hashtag #placesatardisshouldnotbe do Instagram.





Nas aulas de oitavo ano, e que tal abordar a programação de forma mais... tangível?


Para terminar a semana, finalização de formação em Sketchup pela ANPRI na Escola Secundária D. Dinis, com uma experiência com a Prusa do Robotis.

segunda-feira, 20 de março de 2017

Tutorial Sketchup Make: Criar uma Asa


O Sketchup Make facilita muito a modelação 3D, mas não tem nas suas versões gratuitas ferramentas que permitam modelar com superfícies curvas. Combinando outras ferramentas, é possível criar formas mais orgânicas, sem recorrer à versão profissional do Sketchup ou a plugins para modelação em curvas. Neste tutorial, iremos mostrar como criar a asa de um avião, recorrendo ao desenho de um perfil com arcos, e a um processo incremental de extrusão e deformação com a ferramenta de escala.

domingo, 19 de março de 2017

Workshop Sketchup Make - Sala de Aula do Futuro do AECE


Um dia recheado de boas surpresas, ontem, no Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento. Começo por esta. Quando a professora do grupo de formandos me perguntou se podia ajudá-la a imprimir alguns objectos, confesso que nem registei, ocupado como estava com o arranque da sessão. Foi só no final da impressão que percebi o que se passou. Pediu-me para ajudar a imprimir protótipos de um projecto de um dos seus alunos, que está a desenvolver tecnologias assistivas para a sua prova de aptidão profissional. Compreendi o impacto. Após as sessões de formação dinamizadas sobre impressão 3D e modelação em Tinkercad, esta professora passou os conhecimentos aos seus alunos, que estão já a desenvolver trabalho com estas tecnologias. Fiz questão de referir que aquele objecto era um marco: o primeiro objecto criado por alunos do AECE, impresso na sua impressora.

Nem sempre temos consciência do impacto que provocamos enquanto formadores. Esta foi a primeira vez que senti, realmente, que os meus esforços estão a ter resultados. Uma coisa é ouvir a opinião dos formandos, entusiasmados com as sessões de formação. Outra, é segurar nas mãos um objecto cuja génese foi despertada pela minha partilha de experiência de modelação e impressão 3D. E, claro, do dinamismo e vontade de evoluir do grupo de docentes que me desafiou a fazer estas sessões de formação.


A outra grande e boa surpresa foi chegar à escola do Entroncamento e ver-me levado para outra sala que não a de informática. A sala de aula do futuro do AECE está quase pronta e o professor Arnaldo, sub-diretor do Agrupamento e, com o seu tranquilo dinamismo, grande impulsionador deste projecto que está a crescer, sem pressas, mas com muita reflexão e certeza nos passos que dá, levou-nos a fazer esta sessão utilizando o novo espaço e os seus equipamentos. Diga-se que a flexibilidade das cadeiras dá que pensar no que toca a dinâmicas e organização de projectos em sala de aula. Uma coisa é assistir a demonstrações, e tenho visto bastantes, outras é sentir na pele que as pessoas não estão sentadas em fila, ou estáticas frente a uma secretária. Fiquei com o bichinho. Até porque resolve o problema das salas TIC em U, o como chegar aos alunos, quando se tem pelo meio cadeiras e secretárias para tornar a sala multi-funções.


Coisas que se aprendem experimentando, a prática da impressão 3D, a imprimir os projectos dos alunos.


Coisas que adoro: os sorrisos no rosto dos formandos, quando estão a desenhar em 3D nos seus computadores.


A sessão foi dedicada à modelação 3D com Sketchup, um pouco em modo missão impossível. Em seis horas, uma simples demonstração não bastava, mas o tempo também não era o suficiente para uma exploração guiada aprofundada. Deixei dois desafios que deram aos formandos algum tempo para experimentar recursos e começarem a modelar nesta poderosa aplicação. Mais em modo demonstração, falei dos passos necessários para preparar um modelo 3D para impressão, combinando técnicas de modelação e correcção no Sketchup, Meshlab e netfabb. Partilhando também bibliografia e os recursos que arquivo na página de Tutoriais, dando materiais para que possam desenvolver autonomamente as suas capacidades de modelação.


Ontem também foi dia de experiências. A primeira, ver se o Sketchup corria nos tablets HP (a correr windows) destinados a uso na sala de aula do futuro desta escola. Instalou e correu, mas não consegui perceber a usabilidade. Outra, depois de me assegurar que os tablets dispunham de potência computacional suficiente. Com 4 GB de RAM, e uma porta USB normal, foi fácil instalar o Beesoft, ligar-lhe a BEEINSCHOOL e testar imprimir em 3D.


Funcionou, sem problemas. Estes pequenos conversíveis da HP pareceram-me muito apetecíveis...


A sala de aula conta também com uma mesa interativa ActivTable da Promethean, que ligámos para experimentar. Pessoalmente, os pacotes educativos da Promethean interessam-me pouco. Não escrevo isto a desvalorizá-los, claro, compreendo o seu impacto e usabilidade em diversas áreas disciplinares. Mas aplicações educativas não fazem aquilo que eu quero estimular nos meus alunos: desenhar e modelar em 3D nestes meios. Depois de umas experiências com as apps ActivTable, não resisti a fazer um teste com o Tinkercad. E... funcionou. Claro que a webapp não está optimizada para toque, mas estas mesas interactivas correm Windows, um browser actual com WebGL aguenta-se, seria uma questão de habituação ao interface. Modelar em 3D assim tem o seu quê de Minority Report.


A última experiência do dia. E se.... a ActivTable é de facto um PC integrado, porque não testá-la como suporte de impressão 3D? O processo de instalação do BEESOFT foi em tudo igual ao que seria num computador (como não poderia deixar de ser), os drivers da impressora não se importaram com o sistema, apenas a interacção de toque me pareceu pouco sensível, mas note-se que estas aplicações estão pensadas para um GUI tradicional e não interacção de toque. Ao fim de pouco tempo, pude dizer ao subdiretor do Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento olhe, a sua mesa já está a imprimir...

Confesso que me tem dado imenso gosto colaborar com a equipe de professores deste Agrupamento que está a criar a sua Sala de Aula do Futuro, partilhando com eles o que sei de modelação e impressão 3D para os ajudar a potenciar esta vertente pedagógica de inovação tecnológica. Falta só mais uma sessão, destinada ao público mais fundamental de todos: alunos do Agrupamento, para lhes dar a conhecer estas tecnologias, e estimulá-los a levar os seus professores, formandos nestas sessões, a trazê-la para os seus projectos.

sexta-feira, 17 de março de 2017

Instantes


A semana foi dedicada à impressão dos projetos de uma turma de oitavo ano. O desafio partiu da professora de História, que lhes pediu trabalhos alusivos à comemoração do tricentenário do Convento de Mafra. 


Os resultados foram interessantes. Temos coroas reais...


... metralhadoras G3, a pensar na Escola de Armas do Convento...


... torre dos carrilhões...


... e aquele que para nós é o melhor trabalho dos desenvolvidos neste projeto. Não é o mais vistoso, mas é o mais avançado em termos de modelação 3D. As superfícies curvas estão muito, mas muito bem conseguidas. Todos estes projetos foram modelados no Sketchup Make.






Em TIC, enquanto finalizamos exercícios de introdução ao processamento de texto, desafiámos os alunos mais rápidos a iniciar-se na programação com uma experiência com drones.


Ao longo desta semana uma equipe da IGEC esteve na nossa escola, a analisar e avaliar a prestação do serviço educativo. Esta avaliação foi iniciada com uma cerimónia pública, com o diretor do Agrupamento a apresentar o trabalho desenvolvido junto dos inspetores e de representantes da comunidade local. Os projetos das TIC em 3D e a impressão 3D tiveram destaque, como factor diferenciador, bem como o nosso makerspace embrionário no espaço do Centro de Recursos.


Os puzzles impressos em 3D têm-se revelado desafiantes.


A experiência dos alunos monitores 3D tem-se mostrado muito estimulante. Os mais novos querem saber como fazer coisas em 3D, e os alunos do LCD_AEVP estão cada vez melhores a ensinar.


A voltar às atividades de programação de drones com o LCD.


Da ideia ao objecto numa sessão do clube.


Entretanto, vamos planeando outras atividades, como uma semana cultural dedicada à FC, mangá e anime.


E porque não desenvolver a criatividade mecânica com Legos?


O professor, como sempre, foi o último a perceber. Então, mas modelaram um tractor, disse às alunas criadoras deste modelo. Não, professor, estivemos a fazer o que estava no desenho - o ícone que representa o brick do nosso velhinho Lego RCX.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Tutorial: Correção de Modelos do Sketchup para Impressão 3D


O Sketchup Make distingue-se pela facilidade de modelação 3D. Não está, tanto quanto sabemos, otimizado para impressão 3D. Durante o processo de modelação 3D neste programa é fácil deixar arestas soltas, sobrepor faces, mesclar objetos sem interseção, ter normais invertidas ou deixar elementos de geometria no interior dos modelos. Problemas que se não forem corrigidos, irão gerar erros na impressão 3D, com peças falhadas. Neste tutorial mostraremos algumas técnicas que, recorrendo ao Sketchup, Netfabb, Meshlab e Tinkercad permitem minorar ou eliminar erros de impressão. Não há, tanto quanto sabemos, um processo único que resolva problemas de impressão com modelos 3D gerados no Sketchup.  Normalmente teremos de combinar operações em vários programas para garantir que o modelo 3D cumpra os requisitos de estanquicidade, orientação de normais e arestas que garantem uma impressão 3D bem sucedida.

No final deste processo, podemos obter um modelo 3D pronto para impressão, sem erros. Estes procedimentos não são lineares. Para obter uma malha poligonal sem erros poderá bastar atenção ao processo de modelação 3D no Sketchup. Por vezes, bastam os algoritmos de reparação do Netfabb ou do Meshlab. Outras, tudo falha até se combinar com primitivos no Tinkercad. Utilizar o Sketchup para criar modelos para impressão 3D permite uma enorme liberdade na modelação, mas obriga ao experimentar de diversas soluções para garantir que o resultado final esteja conforme o desejado.

Workshop de Impressão 3D - Festival Nacional de Robótica



Save the date, a caminho de Coimbra: o workshop de Impressão 3D no Festival Nacional de Robótica 2017 já tem data marcada. Será dia 29 de abril, das 14 às 17 horas. Este workshop insere-se nas atividades deste festival, que se encontra acreditado para formação contínua de professores. Permitirá aos docentes do ensino básico e secundário, dos grupos de recrutamento 530 (educação tecnológica), 540 (eletrotecnia) e 550 (informática) a frequência de um curso de formação correspondente a 12 horas (0,5 créditos). Para mais informações, visitem a página do Festival Nacional de Robótica 2017.

terça-feira, 14 de março de 2017

Tutorial: Estilos para modelar sobre fotografias



Ao traçar sobre imagens no Sketchup Make pode-nos surgir um problema que complica o fluxo de trabalho. Neste programa, a cor das linhas desenhadas é, por defeito, preto. Como é que poderemos ver o que desenhamos se estivermos a traçar sobre uma imagem com figuras com contornos pretos? Para facilitar esse processo, utilizamos estilos para modelação a partir de fotografias.

domingo, 12 de março de 2017

Instantes






Descarregar modelos do Thingiverse e imprimir não é muito a nossa cena, mas por vezes é útil, para analisar e perceber como se faz. Um toque de reverse engeneering. E quem não tem máquina de corte laser, caça com impressora 3D.


No LCD, voltámos a reforçar a programação de drones, que tem estado um pouco esquecida.


A modelar, corrigir e validar, e depois imprimir? Mais umas sessões destas e já tenho malta capaz de dar workshops!


Chegaram, finalmente, as baterias extra e novas hélices. Os nossos drones voltam a esta full speed ahead. Achámos que mereciam umas protecções impressas em 3D.





De visita ao espaço Doìng no Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva, uma ideia: e que tal expandir o nosso acervo de Little Bits com esta solução low cost?


É sempre bom entrar na biblioteca da escola e ver alunos que não são nossos a modelar em 3D nos tablets.


Um novo desafio, lançado pela Coordenadora do Centro de Recursos Poeta José Fanha: monitores Fab@rts. Todos os dias, estarão alunos do LCD na biblioteca para partilhar livremente com todos os interessados o que sabem sobre impressão 3D e robótica.


Ou drones. Porque drones a voar em bibliotecas, e porque não?


Esta semana, falaram-nos de um modelo de aprendizagem que vai do saber ao fazer, passando pelo saber como fazer e explicar como fazer. De fora da pirâmide deste modelo está este passo, o saber... e ensinar a fazer. Uma das alunas do LCD_AEVP, no papel de monitora #fabarts no Centro de Recursos Poeta José Fanha, a ensinar uma aluna do quinto ano a fazer o seu primeiro modelo 3D para imprimir. Se nestas alturas a tentação de ensinar é pegar no rato e mostrar como se faz, a nossa aluna fez o oposto. Pacientemente, guiou as colegas mais novas no processo de modelação, e imprimiu em 3D os resultados . E no final, ainda deixou recado ao professor : faltava imprimir um. Antes de entrar em acção, ainda me informou que tinha aplicado o que aprendeu de programação no #RobôOeste num projecto para uma disciplina. Awesome students are awesome! Suspeito que em breve, terei de preparar um workshop em que serão estas alunas a ensinar #3dprinting ... Talvez aos professores?



Novo desafio: formação de professores em Sketchup Make, com a ANPRI, na Escola Secundária D. Dinis. Excelentes anfitriões, diga-se.






Um grupo heterogéneo de docentes de Informática, TIC, Artes Visuais e Primeiro Ciclo, que está a fugir a programado e já estão a entrar no campo da impressão 3D.


Uma visita ao LAB Aberto. Perdemos o workshop de Impressão 3D para Moldes em Silicone, mas vimos os resultados. Wow!



Esta semana, duas reuniões inesperadas em Torres Vedras. Na segunda, no LAB Aberto, um momento fantástico de aprendizagem, a ouvir Miquel Carreras. Um professor que, em Barcelona, estruturou a escola onde trabalha com um fablab abrangente. Um fablab na escola de zona problemática, para dar resposta aos alunos que, perante um projecto complexo, são excelentes, mas nas aulas curriculares um desastre. E também aos outros, que se aguentam nas curriculares, e precisam de algo mais que os estimule a desenvolver aprendizagens autónomas. Fabuloso projeto, que parte daqui: https://tltl.stanford.edu/project/fablearn-labs. A culpa foi do António Gonçalves, com o qual estou a aprender o que é que é isso de fablab. Pista: não, não é um espaço com impressoras 3D e cncs. É o que se faz com ele. Curiosamente, a primeira reunião inesperada do dia, que nos levou a conhecer o Clube de Robótica de S. Gonçalo, também envolveu a necessidade de inovar na educação, e de o fazer de forma independente de soluções empresariais. Nestes dias leio por aí muitos comentários, a maior parte entre o apreensivo e o negativo, sobre o novo perfil do aluno e o currículo para o século XXI. Muitos a refletir apreensão pelo não perceberem o como fazer. Se quiserem pistas para trazer a educação para o século XXI (que como a Fernanda Ledesma hoje recordou e muito bem que já vivemos nele há dezasseis anos, e ainda estamos em falar de nos adaptar ao que virá aí), podem olhar um pouco para o que se anda a fazer nos fablabs e cultura maker. Não será a única vertente, claro, mas pode dar um excelente contributo para ideias e metodologias de trabalho. E temos de nos adaptar ao que vem aí, como observou muito bem Jaime Rei, pois não o fazer é prestar um mau serviço aos nossos alunos. Yep, foi uma tarde produtiva. E cá por mim, não me importava nada que o ayuntamiento da zona onde trabalho oferecesse impressoras 3D a todas as escolas. Parece que em Barcelona isso aconteceu...