Espaço dos projetos TIC em 3D, Fab@rts - O 3D nas mãos da Educação!, Laboratório de Criatividade Digital - Clube de Robótica AEVP e outros projetos digitais desenvolvidos no Agrupamento de Escolas Venda do Pinheiro.
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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Palm
Professor, lembra-se de nos ter falado disto na primeira aula? Aula essa que é dedicada a episódios da história e evolução do computador, para que os alunos fiquem a saber um pouco sobre como evoluíram as tecnologias que hoje tomam como adquiridas. Faço uma pausa para falar dos palms, que durante muitos anos e três iterações foram os meus dispositivos móveis favoritos. E rever um (se bem que os meus estão cuidadosamente arquivados na minha biblioteca foi uma boa surpresa matinal. O meu pai comprou-o em 1994, disse-me o muito atento e curioso aluno. Já o meu primeiro data de 1998, e foi com ele que dei os primeiros passos na computação móvel, escrevendo pequenos textos, levando ebooks no bolso e aproveitando as longas viagens de comboio que fazia nesses tempos com jogos em glorioso monocromatismo. Está visto que tenho de ver se os meus ainda se ligam, para mostrar ao aluno como é que se trabalhava com aquilo. Quanto aos palms, não sobreviveram à explosão dos smartphones, mais por estupidez dos seus gestores do que por incapacidade tecnológica. O Palm OS ainda sobrevive no quase extinto WebOS. Estes dispositivos são hoje curiosos artefactos dead media de arqueologia digital.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
TIC AEVP 1.º Semestre - Projecto Final Multimédia.
7.º B:
Projectos em 3D; Animações em 3D; Mundos virtuais em 3D.
7.º D
Projectos em Sketchup; Mundo virtual tridimensional colectivo.
8.º A
Mundo Virtual em 3d; Projectos em Minecraft; Programas em Scratch; Projectos em 3D; Vídeo (motion design).
8.º B
Projectos Scratch; Sketchup e 3D; Edição de Vídeo.
Os recursos 3D e multimédia podem ser visualizados directamente no browser (vídeo via YouTube, Scratch através do MIT e 3D no Sketchfab). Os mundos virtuais são visualizados apenas com o Internet Explore (qualquer versão) e o plugin para VRML/X3D BS Contact.
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Não vamos ao programa da floresta?
Foi com estas deliciosas palavras de uma aluna que arrancou a sessão de hoje. Sim, vamos, mas antes temos de aprender uma coisa nova. O tema era complexo. Queria mostrar-lhes como criar modelos em 3D intercambiáveis entre aplicações, usando como exemplo a criação de objectos em Doga para texturizar em Bryce. Implica um conjunto de operações que se tornam rotineiras mas que para estes iniciados de 5.º ano não são assim tão fáceis... à primeira. Porque à segunda a maioria consegue e à terceira só os distraídos não se safam.
Exportar meshes e texturizar era o objectivo da sessão, mas apanhei alguns a boicotar o tema. Uns porque descobriram funções ocultas do 3D no bryce e perceberam que podem criar de raiz um terreno, e que essa maneira de trabalhar lhes permite desenhar e até escrever o nome.
Outros porque estão fascinados pela modelação no Sketchup e criam meticulosamente espaços com grande pormenor. É o caso deste trabalho, criado por um dos alunos. Note-se que pertence a uma turma de 5.º ano. Precoce. Esta é uma das coisas que me dá gosto neste tipo de projectos: o poder iniciar alunos talentosos que, eventualmente, poderiam aprender por si esta vertente de trabalho. Mas desta forma abre-se mais cedo horizontes e estimula-se a exploração e aprendizagem individual. Deixei no Sketchfab para poderem visualizar em 3D.
Se há coisa que detesto é que me risquem os quadros com giz. Mas com mensagens destas... o perdão aos é garantido.
TIC 7.º D - Projectos Finais (Mundo Virtual)
Fantasmas que assombram estas paisagens virtuais?
Temos... habitantes, pirâmides, ruínas, parques de campismo e muita arquitectura à deriva no espaço. Este mundo virtual reúne os trabalhos em Sketchup, Doga, Bryce, Minecraft e Avatar Studio criados individualmente ou em grupo pelos alunos do 7.º D. Para visitar acedam à AbNet/Babel X3D com o Internet Explorer e BS Contact para visualizar VRML: megaWorld7D.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
TIC 8.º A - Projectos Finais (Mundo Virtual)
A entrar na reta final de publicação dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos neste semestre de Tecnologias de Informação e Comunicação. Termino esta turma com um pequeno mundo virtual, criado por um aluno. Para o fazer teve de conjugar edifícios criados em Sketchup, veículos em Doga, modelos humanos no Avatar Studio e um céu no Bryce.
(Ufa. Acho que não me esqueci de nenhum programa.)
Trabalhou imenso, com particular cuidado no trabalho de modelação arquitectónica. A igreja está um mimo, cheia de detalhes a pedir ainda mais pormenores. Podem visualizar este modelo na nossa página do Sketchab. Do meu ponto de vista é um trabalho fantástico, desenvolvido com enorme esforço e empenho que ultrapassou as horas de aula por um prometedor e talentoso aluno de catorze anos.
Ele, tal como outros alunos, costuma vir visitar-me nos intervalos à sala que alberga a infraestrutura de servidores que acabei por eleger como gabinete de trabalho. Tenho a porta sempre aberta quando por lá estou e já perdi a conta às vezes que expliquei, pacientemente, para que serve cada um dos equipamentos que atravanca a sala. Até dos projectores de slide esquecidos na prateleira mais próxima do tecto.
Hoje confessou-me que do que tinha gostado mais em TIC era construir aqueles mundos. E ainda bem, disse-lhe. Daí não vem mal ao mundo. Enquanto uns gostam de modelação arquitectónica ou criar ambientes em 3D outros preferem a linguagem do vídeo ou a programação. É uma manifestação da diversidade do espírito humano e, modéstia à parte, o reconhecimento desta diversidade é um dos princípios da abordagem que faço ao currículo.
Não, não me esqueci. Claro que deixar a hiperligação para o mundo virtual. Caveat lector: para visualizar e interagir em 3D só funciona com o Internet Explorer e requer a instalação do plugin BS Contact. Eu sei, que trabalheira, mas a tecnologia de base destes mundos virtuais partilhados já é antiga, baseada em VRML/X3D a correr em servidores de chat 3D multi-utilizador Blaxxun/AbNet. Um dia, talvez mais cedo do que espero, poderemos mostrar estes trabalhos em WebGL nativo no browser mantendo a interactividade. Se se atreverem, visitem o mundo tf8AJEstudante. Só pela igreja vale a pena a visita.
sábado, 22 de fevereiro de 2014
TIC em 3D: Capturar o real
Dois grupos de alunos de turmas de 7.º e 8.º ano estão a participar no D3Mobile em TIC, com desafios que captura e digitalização 3D de objectos físicos. Utilizam-se fotografias e a magia dos algoritmos de stitching por detrás do 123D Catch da Autodesk. O primeiro desafio era digitalizar um telemóvel em 3D e ambas as equipes o cumpriram.
A Team AEVP1 aproveitou um intervalo de aulas para experimentar o processo e a Team AEVP2 conseguiu realizar o desafio em sala de aula, o que abriu espaço para outras experiências. A primeira equipe é constituída por alunos de 7.º ano e a segunda por alunos de 8.º
Capturar o real através da fotografia digital e transformar em 3D é uma actividade muito intrigante. Há o deslumbre de recriar e rever o real transformado numa mesh 3D com textura, a magia do algoritmo que transforma uma sequência de fotos num objecto tridimensional, e as novas possibilidades estéticas, quase cubistas, trazidas pelas imperfeições na conversão para 3D.
É um sentimento estético que se nota nesta imagem, de uma captura 3D realizada por uma aluna de 8.º ano. O objectivo era testar a digitalização de um rosto, que implicar tirar um elevado número de fotos à roda do busto. O algoritmo interpretou correctamente as formas do rosto mas como as fotos incluíam muitos elementos de fundo repetidos tentou extrudir o cenário circundante para 3D. A sala de aula ganhou uma nova dimensão, de estranhas deformações e seres fantasmagóricos, capturando e fixando momentos fugazes numa ilusão de tridimensionalidade. Gosto particularmente dos alunos fantasmagóricos que se debruçam sobre o seu computador.
O D3Mobile é um concurso internacional de modelação 3D, captura 3D e metrologia organizado pela Universidade de Santiago de Compostela/Uscan3D, Fundação Espanhola para a Ciência e Tecnologia, Centro Espanhol de Metrologia e o Instituto Geográfico Nacional de Espanha. Os modelos que estamos a capturar e processar podem ser visualizados na nossa página do Sketchfab ou no perfil do Agrupamento de Escolas Venda do Pinheiro na Autodesk.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Momentos Lumiére
Conta-se que quando os irmãos Lumiére projectaram um dos seus primeiros filmes, a entrada de uma locomotiva numa estação, o público entrou em pânico e fugiu da sala. Talvez seja uma história autêntica ou não, mas é por isso que chamo de "momentos lumiére" aquela sensação de choque, excitação e curiosidade quando um novo media ou diferente iteração de um media já existente nos baralha a percepção com um modo de ver novo e inesperado. E se há algo que a constante evolução das tecnologias e dos media nos últimos tempos nos tem fornecido são constantes momentos lumiére.
Também sabe bem provocá-los. Foi o caso desta aula, onde estes alunos de 5.º ano já veteranos em Sketchup começaram a explorar o Bryce. Quando clicaram nos botões de rendering e as imagens realistas geradas a partir do que criaram começaram a surgir ouviram-se gritos de excitação na sala. Daqueles que fazemos quando ficamos espantados e dizemos o que é isto.
Foi mais um passo na viagem de aprendizagem por alguns recantos do mundo do 3D. São três quartos de hora por semana que sabem sempre a pouco.
TIC 7.º B - Projectos Finais: Mundos Virtuais
Alguns grupos escolheram criar pequenos mundos virtuais, um trabalho complexo que obriga a misturar diversos programas num fluxo de trabalho com um objectivo definido. Nesta turma um grupo de alunas dividiu entre si as tarefas de modelar edifícios, criar avatares e gerar o cenário de skybox para conseguir este resultado simples mas simpático. Podem visitar o mundo virtual neste endereço: TF8BDMA. Requer um plugin para visualização VRML e o browser internet explorer. Deste trabalho vou recordar o olhar surpreendido da aluna que criou o cenário quando lhe mostrei como renderizar em perspectivas cúbicas e viu o resultado assemblado em VRML.
Já mostrei aqui este trabalho em Minecraft mas queria transformá-lo em mundo virtual, para que se possa visitar os interiores. O Mineways converte, e o modelo pode ser visitado em TF8BJG.
TIC 7.º B - Projectos Finais: Animação 3D (Sketchup e Bryce)
A terminar o processamento de trabalhos dos alunos do 7.º B, dois vídeos de animação. Para o primeiro um aluno modelou meticulosamente edifícios em Sketchup, que após conversão (sempre um processo com armadilhas, vá por onde se for) texturizou em Bryce. Para terminar animou a câmara para fazer um percurso que mostra o seu trabalho. Infelizmente o plano de nevoeiro atrapalha a visão, mas não deixa de ser um trabalho excelente para um aluno de treze anos que nunca tinha utilizado este género de aplicações. Foi também um aluno marcante, sempre ansioso por continuar o seu trabalho. Recordo-me do ufa no final do dia destinado à Hour of Code, quando terminou os desafios e pôde regressar aos seus projectos em Sketchup.
Para terminar, um trabalho simples de animação de objectos em Bryce.
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Experiências
A estudar inovações e introdução de novas vertentes de exploração de tecnologias digitais. Aqui o desafio partiu da participação com dois grupos no concurso D3Mobile, mas digitalizar o real não é tão fácil como dizer 123... a ideia é utilizar o 123D Catch da Autodesk para digitalizar objectos reais e depois recorrer à realidade aumentada para os visualizar. Para já ando a tentar dominar a captação de imagens para conseguir os melhores resultados na app de conversão para 3D. Meia cabeça... é melhor que nada.
A aproveitar a embalagem da formação que frequentei sobre robótica, e mantendo o objectivo de recuperar para uso o velhinho robot rcx da escola, desafiei alguns alunos de CEF a arregaçar as mangas e construir um robot. O primeiro passo vai em bom andamento. Estão deliciados com as engrenagens complexas do mecanismo das lagartas. Em breve começamos a experimentar colocá-lo a andar.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Sérios mas informais
Tenho estado a trabalhar durante uma hora por semana com uma turma de 5.º ano. O objectivo final do trabalho é recriar um sistema solar em 3D mas até lá ainda falta muito. Agora estamos concentrados em aprender a mexer em aplicações de modelação 3D. É muito gratificante ver o entusiasmo e a rapidez com que estas crianças de dez e onze anos se atiram à modelação e se esforçam por criar peças coerentes. A abordagem é descontraída mas tem o seu quê de exigência.
Outra vertente interessante é que enquanto comigo, no espaço de formação cívica, exploram o 3D digital em Educação Visual vão abordando o desenho em perspectiva e a geometria. Faz todo o sentido, porque assim há experiências de aprendizagem intercambiáveis. Conceitos que com régua e compasso parecem difíceis são acessíveis com as ferramentas de desenho do Sketchup e do desenho com regras iniciais de perspectiva dá-se facilmente o salto para o ambiente em 3D.
Ao fim de três sessões no Sketchup já se percebeu que temos aqui alguns alunos talentosos. Mas todos estão de parabéns pelo esforço, se bem que quem passar pela sala àquela hora e vir as crianças, alegres, a manipular objectos no ecrã ainda pensa que andamos em actividades lúdicas. Essa é outra lição destas actividades. Trabalhar, particularmente em algo criativo, não tem de ser algo de pesado e sufocante. Não precisamos de estar sempre sisudos para levar as coisas a sério.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Pequenos sucessos
Olhe, fiz uma torneira. E eu tenho de ver isso, respondi esgotado depois de duas aulas teóricas de muitas histórias à volta da génese do computador, essa coisa que tantos cabelos brancos me dá. Mas não podia deixar de ter paciência para observar e elogiar o trabalho desta minha ex-aluna para quem trabalhar em 3D é um prazer. Até porque é uma delícia observar o cuidado que coloca nos mais pequenos detalhas. É algo que se vai fazendo sem pressas, apenas pelo prazer de criar. E é para mim um orgulho acompanhar este entusiasmo, vendo o gosto que a aluna adquiriu no que aprendeu. Ah, já me ia esquecendo. Se repararem o micro-ondas está também mais completo.
Horas depois, estando eu a monitorizar uma operação de clonagem de sistemas (uma forma muito fácil de reformatar computadores) outra aluna, que terminou recentemente o semestre de TIC, veio falar sobre a avaliação. Quando lhe disse que gostaria de inscrever o trabalho dela no concurso Scratch Challenge disse-me sabe, stor, já instalei o scratch no meu pc. E fui a um workshop de scratch neste fim de semana, no centro de ciência viva. E aprendeste muitas coisas, disse-lhe, elogioso. Não, só nos ensinaram o básico e isso eu já sabia... e eu, o professor que lhe abriu as portas do básico, confessei-me orgulhoso e babado.
Descobri recentemente, ou aliás, fui forçado a descobrir que um grupo de ex-alunos meus de 8.º ano se tem dedicado aos reality shows. Não aos reais, mas a simulações utilizando o jogo The Sims. Replicam cenas de programa e criam as suas galas, animando os personagens de jogo. Mas para mim o melhor é que estão a criar vídeos bem editados, a simular programas de televisão. Um dos alunos responsáveis fez como seu projecto final multimédia um vídeo de ritmo muito forte. Agora percebi onde é que tem treinado as técnicas de edição rápida. Combinam as cenas a criar, capturam, editam e criaram um espaço no facebook e um canal no YouTube. Fiquei impressionado.
São exemplos de alunos que cumprem e justificam os objectivos das minhas abordagens pedagógicas: aprender, criar, utilizar meios digitais para expressar as suas ideias e plantar sementes para ir mais além. Se calhar por si sós lá chegariam, mas gosto de pensar que lhes dei um empurrãozinho.
Para terminar este post tão descaradamente auto-congratulatório, é giro ver que aquele logotipo que fiz há... cinco? seis anos? para a APEB23VP ainda continua a uso. Esta associação de pais está a mostrar um interessante dinamismo que também se nota no espaço digital. Neste momento aposto que ninguém se lembra de onde veio aquela imagem das três mãos cuja ideia era representar o espírito de entreajuda. Também não estou muito interessado em apregoar a autoria. Basta-me saber que a ideia ainda se mantém válida. Estes pormenores, que se vão vislumbrando na informalidade de conversas de intervalo ou acasos da vida digital, são pequenas recompensas que nos animam.
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Projectos Finais - 7.º D (Sketchup)
Acho que vou passar a proibir alguns alunos de tapar os seus projectos de Sketchup com telhados. Encanta ver a atenção a pormenores, modelados linha a linha e superfície a superfície. É o caso desta casa, criada por duas alunas, que se foi enchendo de pormenores. Miseravelmente não me dei conta deste processo, porque o trabalho em progresso foi sendo guardado nas pastas individuais dos alunos no nosso servidor de ficheiros e não na partilha dedicada às TIC. Agruras da implementação de domínios com acessos privados para todos os utilizadores.
Um destes dias tenho de ir perscrutar a fundo o Sketchup, a ver com funcionam as opções de percurso e animação, para poder valorizar mais estes trabalhos.
Com um interior mais simples, mas um exterior mais complexo. Três alunos afadigaram-se e separaram tarefas. O trabalho final é a mescla de dois ficheiros. Mas ainda me perguntaram se, tal como no minecraft, o Sketchup permitia a construção de modelos em grupo por múltiplos utilizadores.
Para terminar, faço notar um pormenor: quase todos os trabalhos de Sketchup incluem uma piscina. Desta e de todas as outras turmas. Curioso. Os criadores deste projecto fizeram questão de sublinhar que tinham uma piscina no interior.
Projectos Finais - 7.º D (3D)
O 7.º B foi uma turma pequenina mas eclética, com alunos muito promissores e empenhados na manipulação. Inevitavelmente um aluno escolheu desenvolver o seu projecto final criando um modelo em Minecraft. A exportação pelo mineways não lhe faz justiça, uma vez que o mais interessante do seu projecto está na manipulação dos elementos dinâmicos do jogo.
Outros escolheram combinar aplicações para criar imagens e animações em Bryce. É o caso deste trabalho, um dragão criado em Doga L3 e texturizado em Bryce por um aluno dedicado.
Aqui fica um render do trabalho de Minecraft para aqueles que não conseguem visualizar em 3D no Sketchfab.
Para terminar, um aparentemente simples trabalho de um grupo de três alunas: um espaço virtual em 3D. Parece simples, mas requer um processo de trabalho dividido entre diferentes aplicações. Trabalharam na casa e nos espaços circundantes, recriaram avatares para povoar o espaço e criaram e renderizaram as imagens que geram a skybox ambiental. Esta técnica requer algumas distorções de ponto de vista e as alunas não estavam a acreditar que seis imagens quadradas gerassem uma ilusão de esfericidade. Tão cedo não vou esquecer o sorriso da aluna que trabalho no cenário quando viu que o que eram imagens se tinha metamorfoseado num ambiente esférico. Magia? Não, tecnologia e engenho.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Já viu a minha fábrica?
Já viu a minha fábrica, perguntou a aluna. Uau. Vi, e gostei. Nada mau para a segunda sessão de trabalho destes alunos de 5.º ano com o Sketchup. Este é um de muitos bons exemplos que estão a surgir neste desafio. A sessão de hoje iniciou-se com uma pequena conversa sobre perspectiva, conceito que ilustrado com a modelação 3D se torna mais fácil de perceber. Disseram-me que estão a aprender a desenhar com noções elementares de perspectiva em Educação Visual.
Esta é a fase da aprendizagem de algumas ferramentas úteis para o passo seguinte, que irá envolver pesquisa e criatividade. Mas antes disso temos que aprender e treinar competências elementares de trabalho. É a base a partir da qual se poderá ir mais longe.
O clima geral destas sessões é de forte entusiasmo. Estão agendas para o final do dia de aulas à quarta-feira, onde podemos ocupar a sala TIC durante os três quartos de hora atribuídos a formação cívica. Os pedidos dos alunos são mais que muitos, as perguntas têm cadência imparável, e é muito habitual terminar a sessão e alguns ficarem pela sala para saber um bocadinho mais. Confesso que tenho um carinho especial por estes projectos. Integrar estas actividades na área curricular das TIC tem sido desafiante e recompensador, mas dá-lhes o peso da avaliação curricular e uma certa obrigatoriedade. Acaba por ter o seu necessário quê de imposição e a sensação que enquanto investimos nisto estamos a deixar de parte outras possibilidades. Já nestes projectos o que nos interessa é chegar a um produto final, e este processo de descoberta é feito de forma muito descontraída por alunos empenhados não na sua avaliação mas num processo colaborativo de trabalho que, por ser informal apesar de levado a sério, os entusiasma.
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
Trabalhos Finais 8.º B - Vídeo
O trabalho que abre esta secção dedicada aos projectos finais dos alunos do 8.º B quase não ia acontecendo. O objectivo dos criadores era o de modelar e texturizar um modelo 3D. Como a finalização foi feita no Bryce, sugeri-lhes que experimentassem animação. E depois foi só o ensinar-lhes como posicionar a câmara, pontos de luz e trajectórias de movimento em linha de tempo. Ficou mais interessante do que uma imagem fixa.
Não posso, por razões que se prendem com a propriedade intelectual, colocar online os vídeos produzidos pelos alunos. Essencialmente escolheram remisturar a música que gostam ou criar listas dos filmes que mais os atraem. A maior parte dos trabalhos optou pela justaposição simples de imagem, vídeo e som em duas ou três pistas.
Este trabalho foi a excepção, denotando uma atenção incipiente mas importante à edição, ao transmitir de uma ideia através da justaposição de imagens. As alunas que criaram este projecto fizeram, de facto, uma reinvenção de um trailer de um filme que as interessou.
A maioria optou por recriar a iconografia dos seus produtos mediáticos favoritos da cultura musical popular. Algo de muito normal nesta faixa etária de adolescência profunda.
Trabalhos Finais 8.º B - Sketchup (e um pouco de minecraft)
A preferência dos alunos desta turma foi para programação em Scratch e edição vídeo, mas alguns insistiram no trabalho em 3D, numa linha de continuidade com as aprendizagens efectuadas no 7.º ano.
Este primeiro trabalho é o mais bem conseguido, criado por um aluno que se perde a criar pequenos modelos que vão crescendo em pormenor e complexidade.
Outros, debaixo de uma aparência simples, escondem um trabalho muito meticuloso de modelação de pormenores.
E, para não ser a única turma sem fãs do Minecraft, um aluno criou um pequeno trabalho neste ambiente de jogo.
8.º B - Trabalhos Finais: Scratch
Esta foi a turma que mais aderiu à exploração desta linguagem de introdução à programação. Três grupos escolheram desenvolver o seu projecto final utilizando o Scratch e os trabalhos distinguem-se pelo empenho dos alunos em encontrar soluções para os problemas colocados pelo desenvolvimento dos trabalhos. Este é o trabalho mais complexo, que obrigou os alunos a um enorme esforço de pesquisa e desenvolvimento de competências na área da programação. A cada aula chegavam ao pé de mim com um novo problema a resolver, com uma nova melhoria ao seu projecto: criar níveis, melhorar pontuação, fazer desvanecer e reaparecer elementos de jogos... e em todas as aulas recebiam a mesma resposta: ultrapassaram os conhecimentos, assumidamente parcos, que eu tenho da linguagem, e as soluções que procuravam poderiam ser encontradas analisando e desmontando projectos similares disponíveis na internet. O resultado foi, do meu ponto de vista, excepcional. Não só pelo resultado final como pelo fascínio de ver o entusiasmo, e esforço colocados pelos alunos responsáveis por este projecto. Como me referiu uma das alunas, trabalho mais aqui (nas aulas de TIC) do que em Matemática. Sublinha o esforço mental que actividades ligadas à programação implicam. Com tanto esforço nos códigos acabaram por se esquecer de melhorar o cenário, mas enfim. Não se pode ter tudo. De qualquer forma, são mais do que merecedores da nota máxima.
Este foi outro projecto que deu muito gosto de observar. Sem o entusiasmo e a verve do grupo anterior, mas também um percurso implacável e um forte questionar dos limites da aprendizagem. Outro pormenor curioso é o de ter sido realizado por um grupo de raparigas. Discute-se bastante os desequilíbrios de género no acesso às CTEM, e é gratificante ver estas alunas a contrariar a tendência.
Para terminar, outro trabalho realizado por duas alunas cujo empenho e interesse foi muito elevado. Ah, ia-me esquecendo: o que mais me impressionou foi o entusiasmo delas. É um jogo simples, mas representa muito esforço, muito pensamento e empenho das alunas.
A possibilidade de criar jogos em Scratch veio despertar muito o interesse destes alunos. Pegaram pela possibilidade de poder fazer algo que gostam de consumir, dando um passo na compreensão do que está por detrás de algo que faz parte do seu quotidiano. Para além disto foram forçados, de forma descontraída, a um enorme esforço mental de pesquisa e resolução de problemas que abraçaram sorridentes porque os objectivos lhes eram significativos. Pessoalmente, fiquei convencido e rendido ao potencial pedagógico do Scratch, pelo lado de introdução à programação mas essencialmente pelo estímulo que faz à flexibilidade mental e aprendizagem autónoma.