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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Bem vinda...


... à sala de aula. Ou aquele momento em que me apercebo, a meio de uma aula de TIC a uma turma de oitavo ano, que tenho os alunos interessadíssimos na programação em Scratch enquanto aderem a uma plataforma web (o sapo Campus) e a impressora imprime. Ainda não objectos criados pelos alunos, porque as turmas de segundo semestre não iniciaram a aprendizagem. Mas já na sala, para tomare contacto, para os motivar. Gostariam que os vossos melhores trabalhos de 3D fossem impressos, perguntei a uma turma de sétimo ano. Imaginem a resposta,

Não foi não.


Entretanto afina-se a técnica enquanto procuramos estratégias de abordagem. O 3D scanning/fotogrametria é uma boa ideia. Os alunos ficam espantados quando percebem que basta o telemóvel (e muita matemática) para criar objectos. Se a captura ficar bem feita, o trabalho de limpeza é fácil e a impressão rápida.


O que me espanta é que capturas feitas com a app 123D Catch no tablet falham redondamente, enquanto que o fotografar com telemóvel (ou tablet) e usar a versão no computador resulta bem. Neste caso usei as mesmíssimas imagens que no tablet falharam para gerar no computador esta mesh. Coisa estranha. Na imagem, a captura no 123D Catch, com a obrigatória limpeza no Meshlab, e o corte para impressão no netfabb.


Outra experiência, que valida toda uma vertente das TIC em 3D. O Doga L3 permite aos alunos criar muito rapidamente objectos complexos. Imprimi-los, como percebi, é toda uma outra história. Mas acho que acertei com a técnica. Vai dar algum trabalho de bastidores, mas é exequível. O processo passa por pegar na mesh em VRML/DXF exportada pelo Doga e usar o Meshmixer para tornar sólido. Pode falhar, porque o Doga usa referências para não duplicar triângulos e o Meshmixer pode não gostar delas e eliminar elementos da forma. Nesse caso, pega-se noutro programa de modelação 3D (usei o Vivaty Studio) e fazem-se os ajustes necessários, eliminando superfícies geradas por referência e duplicando as meshes originais. Regressa-se ao Meshmixer e o processo de tornar sólido já correm como queremos. O passo seguinte é passar pelo netfabb para validar a mesh e corrigir as escalas. Se não o fizermos a bee vai achar que os objectos têm dimensões inferiores a um milímetro, e o escalar destes no beesoft não me tem corrido bem. Provavelmente nenhum dos programadores se lembrou que alguém poderia precisar de escalar um objecto a 4000 ou 5000%. Sim, leram bem. Há programas que fazem isso melhor, sem crashar ou paralisar.

Ah, o objecto é um trabalho criado no primeiro semestre por uma aluna. A mesma que modelou o mecanismo de Antykhitera.

Enquanto o semestre prático arranca, ainda terei de ter tempo para validar duas ideias: pegar nos avatares 3D criados no Avatar Studio a ver o que dá na impressora, e encontrar formas fáceis de imprimir modelos pouco rigorosos no Sketchup. O que está firmemente assente é que os alunos de sétimo irão trabalhar com a impressora 3D nas TIC curriculares. Digamos que é uma forma diferente de abordar a meta curricular produção e edição de documentos/produção e edição de apresentações multimédia. A pesquisa, domínio do computador e de ferramentas estão todas lá. Muda é o media  em que é apresentado.

Se esta vertente está a estabilizar e a avançar, há outra no horizonte: mostrar e demonstrar esta tecnologia nas restantes escolas do agrupamento. Muito em breve a bee irá começar a visitar as escolas do primeiro ciclo, para encantar e intrigar os meninos. Sublinhe-se que mais do que encantar, interessa-me o intrigar. É que daí vem o questionar e o querer saber fazer.

E ainda não testei se um magalhães MG2 se dá bem com a bee. Fica para a semana, depois de uma pausa para restaurar energias.

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