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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Experiências
Tenho tendência a utilizar terças e quintas para efectuar experiências de impressão. São os dias em tenho o horário mais disponível para acompanhar o processo, a menos que alguma emergência técnica ou catástrofe generalizada o impeça. Para esta sessão tive como desafios a impressão de objectos modelados por junção de formas e testar modelos do Sketchup.
Deu trabalho, mas percebeu-se uma técnica. O modelo original foi criado por assemblagem de primitivos e operações booleanas no velhinho Vivaty Studio. Exportado em obj, é o tipo de modelo que na bee derrete filamento. Como lhe dar a volta? O netfabb corrigiu a mesh, mas a impressão continuou a correr mal. Entre fóruns e pesquisas percebi que o Autodesk Meshmixer faz-me o que preciso: elimina a geometria interior (opção make solid) e permite torná-lo oco (poupa filamento). Uma correcção feita no netfabb para endireitar os pés com a ferramenta de corte nos eixos e estava pronto a imprimir.
Lado a lado, duas experiências. A pior é a mesh do Vivaty corrigida pelo netfabb. O programa transforma modelos em shell mas só na versão paga. Mesmo com correcções continuou a haver geometria no interior que prejudicou a impressão. Não se nota, mas um dos braços nem sequer ficou preso ao corpo. Já a combinação Meshmixer e netfabb funcionou muito bem.
Já percebi que uma forma muito rápida de criar modelos para imprimir é usar o 123D Catch para capturar o real, gerar mesh que depois de limpa no Meshlab e corrigida no netfabb imprime muito bem. Ainda por cima o 123D converte automaticamente para STL. É só fazer upload das imagens na app (computador ou android) e descarregar. Já dá ideias para uns projectos em aula. 3d selfies materializadas?
Sendo o Sketchup a principal e mais favorita das ferramentas 3D entre os meus alunos, é muito importante conseguir afinar um processo em que se consiga imprimir os modelos pouco rigorosos que criam. Não é muito fácil. O Sketchup gera modelos que imprimem bem se forem ocos, conjugáveis em objecto com a opção outer shell. Suspeito que não me será fácil implementar isso com eles. Neste topo de minarete testou-se a correcção de um objecto exportado pelo Sketchup no netfabb. Os resultados não são muito animadores, mas a opção shell não está disponível no netfabb basic. Há que testar com o Meshmixer.
Para terminar, uma experiência com um modelo criado no Doga L3. É um programa antigo mas muito simples de utilizar, que permite criar objectos muito facilmente. A passagem pelo netfabb resolveu alguns problemas, mas não todos. Este é outro candidato a passagem pelo Mesmixer.
Para quê tanto esforço? O objectivo deste projecto é colocar os alunos a imprimir os seus objectos. Modelar não é complexo, já fazem com facilidade. Mas do modelar para visualizar para o modelar para imprimir vai uma grande diferença. Visualamente, em renders de imagem/vídeo ou tempo real em VRML, não é precisa muita preocupação com o interior do modelo. Essa preocupação é essencial para imprimir.
Até porque a impressora está a dias de chegar à sala de aula. Os alunos de sétimo ano estão a terminar a introdução teórica às TIC e prestes a arrancar com o aprender a modelar 3D para executar os seus projectos finais. Convém que estas técnicas estejam suficientemente afinadas para quando imprimirem algo que criem não entristeçam ao ver os seus belos projectos transformados em desastre de filamento.
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