segunda-feira, 4 de novembro de 2019

III Congresso Nacional de Professores de Informática - ANPRI 20 Anos


Nos passados dias 1 e 2 de novembro, o desafio foi partilhar e aprender no III Congresso Nacional de Professores de Informática, em Santarém. O primeiro desafio foi logo dia 1, com a dinamização de um workshop sobre 3D... mas não impressão, nem modelação tradicional.



O foco esteve nos dispositivos móveis, sempre tão demonizados nas escolas. Mas, e porque não retirar partido do seu uso? Para que as crianças percebam, mais cedo, do potencial dos dispositivos móveis como ferramentas de trabalho e expressão (porque se irão aperceber disso eventualmente, e teremos nós, professores, feito bem o nosso trabalho se os nossos alunos apenas fizerem essas descobertas fora do contexto da escola?); para colmatar as cada vez mais gritantes falhas do parque informático nas escolas, que já ultrapassou os mais impensáveis níveis de obsolescência; e, essencialmente, porque na inexorável marcha da evolução tecnológica, a mobilidade da computação é a tendência dominante.


Para mostrar o que se pode fazer já, hoje, com simples e baratos tablets Android, os formandos aprenderam os elementos de modelação em 3DC.io e Onshape - essencialmente, os dois grandes limites do 3D, a modelação por primitivos e o CAD.


Pelo meio, ainda deu para contar a história do Carocha da esposa de Ivan Sutherland, e da seminal contribuição deste para a computação gráfica.


Coisas que acontecem: ajudar a meter dois anprinos a dançar o Fandango. Só mesmo o Luís Dourado para me meter nestas coisas.


Outro dos desafios: fazer o main engine start do concurso 3Digital 2019-2020. Começando por recordar a excelência do trabalho dos professores de TIC que se atreveram a participar, especialmente tendo em conta as condições agrestes em que trabalhamos (material obsoleto, excesso de turmas e falta de tempo) e apreciar o enorme talento dos seus alunos. Tema para esta segunda edição, transportes, da junta de bois ao foguetão, da caravela ao Airbus da SATA (um pedido especial dos Açores, e aproveita-se para recordar o futuro porto espacial de Santa Maria.).


Se estamos por Santarém, um café e um pampilho são prazeres obrigatórios. Especialmente a acompanhar a programação de algumas novidades Anprino.


Que o papá Luís Dourado me ensinou a programar. O Anprino já tem luzes!



Anprinos e outros artefactos em exposição.


Evoluções do Anprino: um Nano capaz de autonomia no movimento.


LEDs e servos, a novidade no Anprino. Pequenas peças para expandir as capacidades do robot.

Participar nestes eventos é sempre uma excelente experiência de aprendizagem. O melhor é escutar, perceber o que os nossos colegas sentem e fazem nos seus territórios de intervenção. Partilhar o que sabemos só faz sentido se for significativo para os outros, e temos tido a sorte de o ser.  Um dos sinais de dinamismo e maturidade da ANPRI é a forma como ouve, e desafia, pessoas de outras áreas a partilhar experiências que enriquecem, globalmente, a evolução do ensino de TIC em portugal. Sabemos que os desafios são muitos, as dificuldades também, e estes momentos de partilha dão força para continuar.

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