domingo, 13 de maio de 2018

E-Tech Portugal 2018


A melhor recordação que trazemos da E-Tech Portugal este ano é o primeiro lugar obtido por um aluno do nosso clube de robótica no concurso de drones Parrot Drone-Tech Challenge. Uma fantástica vitória, que lhe garantiu o primeiro prémio, um drone mambo FPV, para além do drone de oferta como participante na corrida. Um prémio duplo, e um gosto, ver este aluno a ser o melhor piloto de drones da sua categoria.

Não reclamamos louros ou mérito pela vitória do nosso aluno. É totalmente dele. Não passámos horas no clube a treinar voo de drones para garantir vitórias. O nosso único mérito é conseguirmos criar e manter um espaço e um tempo que permita aos alunos da nossa escola descobrir, interagir e criar com estas tecnologias, bem como criar oportunidade de participação nestes eventos. Dito isto, digamos que na parte do Challenge que envolvia programação, o nosso aluno tinha já aprendizagem prévia... feita livremente, como membro do clube de robótica.


A E-Tech Portugal, maior feira tecnológica a sul do Tejo, é marcação obrigatória na agenda do nosso projeto. Não esquecemos que estamos presentes desde a primeira edição deste evento, e que foi de lá que saiu um desafio que nos tem trazido muitas alegrias: envolver os alunos nestes eventos, trazê-los, ao invés de simplesmente representar os seus projetos. O nosso grande objetivo, na nossa escola, é o de dar aos alunos a oportunidade de descobrir, interagir e trabalhar com tecnologias digitais e fabricação digital, e a sua presença neste tipo de eventos é mais uma forma de descobrir novas ideias e projetos.


Para cada dia do evento, desafiámos três alunos do clube de robótica para representar o Agrupamento e os seus projetos na área da educação digital.


3D é, como sempre, a nossa área de interesse, mas no nosso espaço estavam representados projetos de TIC, clube de robótica, voo de drones, Pixel Art em Python, e as incipientes experiências com robótica.


Uma das razões pelas quais gostamos de trazer alunos à E-Tech é que esta é mais do que uma mostra de projetos, cheia de atividades para estes experimentarem. Inevitavelmente, o espaço de gaming foi o favorito.


Como colaboradores do Robot Anprino, ficámos encantados com estas experiências, que levam o projeto onde sempre quisemos que fosse. Este robot não tem de se ficar pelo carro segue-linhas/desvia obstáculos, é uma plataforma configurável para qualquer tipo de robot. Apelidámos estes, construídos pelo Luís Dourado, o outro pai do Anprino, de robots feéricos, que se movem como poemas, ativados pelo som ou pelo movimento. Será que lhes poderemos chamar Anprino Zen?


No segundo dia da E-Tech, mais três alunos do clube a representar o que fazemos na escola.


Sempre que necessário, explicavam aos visitantes o que fazem no clube.  Como parte da participação no evento, estávamos incluídos no concurso Robotech, uma competição amigável entre as escolas participantes. De sublinhar que tirando os nossos vizinhos do lado, o fantástico projeto Melodrone Educativo da escola básica de Aranguez, os restantes participantes são cursos e clubes de escolas secundárias. Os nossos meninos, um grupo interessado que faz uso de um pouco do seu tempo livre para aprender e descobrir impressão 3D e programação no makerspace do Centro de Recursos Poeta José Fanha, são pesos-pluma no meio dos pesos pesados de alunos mais velhos, experientes e a frequentar cursos específicos na área da informática.


Inevitavelmente, os nossos projetos de impressão 3D despertam a curiosidade dos visitantes. Este ano a área da fabricação digital esteve muito ausente do certamente. Apenas o nosso clube e a BEEVERYCREATIVE, de entre o grande número de participantes, esteve a mostrar o potencial destas tecnologias. Não nos surpreende. A impressão 3D deslumbrava, há pouco tempo atrás, e agora perdeu o encanto do primeiro impacto. É um momento pelo qual já esperávamos, o momento em que quem se iniciou nesta tecnologia apenas pelo deslumbre inicial desiste, e aqueles que procuram ativamente vertentes de exploração vão desenvolvendo projetos de continuidade. Nisto, estamos a pensar a longo prazo. Para nós, as impressoras não são objetos decorativos para atrair o olhar dos alunos, são uma ferramenta de expressão plástica que queremos colocar ao serviço da criatividade.


Porque os velhos jogos também despertam a atenção.

Despedimo-nos da E-Tech com um firme até para o ano. Quer com alunos do clube de robótica, quer representando-os (lutamos por manter o espaço do clube, mas não podemos garantir a priori horários disponíveis e verbas para deslocações), as TIC em 3D/Fab@rts farão sempre questão de estar presentes na E-Tech, uma feira que todos os anos cresce, e leva mais pessoas a descobrir o que se faz cá com tecnologias na escola, indústria e sociedade.

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