quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A Janela


Hoje foi uma aula diferente para uma das turmas de oitavo ano. Iniciaram-se na edição vídeo mas parámos para ver filmes. Não um qualquer do que lhes é habitual encontrar nos media que consomem, daqueles que os professores cansados gostam de recorrer nos finais de período para manter alunos entretidos nas últimas aulas. A ideia desta aula era explorar a não-linearidade e estéticas arrojadas no audiovisual, utilizando o filme A Janela - Maryalva Mix do cineasta português Edgar Pêra. Não se queria obrigar alunos a ver uma obra considerada de referência incontornável no cinema nacional (o lado mais experimentalista de Pêra não o torna muito apetecível dos habituais cinzentismos cheios de seriedade tidos como incontornáveis), mas levá-los a pensar sobre o que viam, o porquê das imagens, expô-los a estéticas de vanguarda, mostrar-lhes que é possível fugir da linearidade e da normalidade realista. Na próxima aula iremos explorar algumas téncias no Vegas que permitem fazer efeitos visuais similares aos de um filme que, não era demais sublinhar aos alunos, foi filmado e editado em película.

Acho que deixei os alunos traumatizados. Houve muitas expressões de queixo caído.

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