Não é que perceba muito do tema, o meu foco está mais nas artes, mas não quis deixar de dar um empurrãozinho, e uma ajuda, aos meus colegas de matemática. Esta ação de curta duração foi dividida em duas sessões, e o principal objetivo era desmisticar estas coisas que soam complicadas, programação, pensamento computacional. E fazê-lo de uma forma leve, informal, até porque no fundo, estava a jogar em casa.
Depois da necessária introdução aos conceitos base, explorando as origens da programação para crianças com Papert e Solomon, o surgir do conceito de Pensamento Computacional com Wing, e os seus conceitos nucleares, partiu-se para uma exploração de ambientes de programação visual. Esta centrou-se, necessariamente, no Scratch, mas os participantes ficaram a conhecer outras alternativas para computador, e dispositivos móveis.
Nestas coisas, o tempo para experimentar é fundamental, e foi esse o objetivo. Mais do que vir com receitas (até porque de matemática, percebo muito pouco, como "gajo das artes" que sou), foi dar a faísca, e deixar os meus colegas explorar. Alguns seguiram as suas ideias, outros exploraram atividades dos manuais de matemática. Mas, o importante, e isso percebi pelas reações, pelos sorrisos, pela boa disposição, que perderam o medo, perceberam que se é complexo, não é complicado, e está ao alcance de todos, professores e alunos. Ressalvando, claro, que não é por terem experimentado umas horas que ficarão experts. A faísca acendeu a chama, e isso é o fundamental, a razão pela qual doei o meu tempo e partilhei o que tenho aprendido com tantos que me inspiram.
Estas sessões contaram com o apoio do CFAERC.