quarta-feira, 13 de junho de 2012

Cinema de animação em EVT


Duas curtas colaborativas, saídas da imaginação e esforço do professor Fernando Ferreira, meu par pedagógico em EVT. O objectivo da actividade era levar os alunos a experimentar a realização de animações em stop motion.


Como fazer? Confesso que esta foi daquelas actividades em que aprendi tanto como os alunos. Tenho explorado mais a vertente digital e este trabalho incidia sobre técnicas clássicas de animação. O processo de criação divide-se em várias fases:
- Descoberta: visualização de filmes criados com diferentes técnicas de animação.
- Esboço: criação de diversos desenhos. Desses cada aluno escolhe um para ser animado.
- Duplicação: cada aluno cria dois desenhos iguais do elemento escolhido, em folhas de papel A5.
- Guionização: cada aluno entrega a cópia do seu desenho a outro colega. O desafio é o de criar uma animação de metamorfose, em que o seu desenho se transforme gradualmente no outro em pelo menos 24 passos (correspondentes a fotogramas). Um pequeno guião ajuda os alunos a perceber como o podem fazer.
- Animação: é a fase mais prolongada. Utilizando um dossier que permite o acumular de várias folhas os alunos vão desenhado cada um dos fotogramas a animar. Para facilitar fazem-no sobrepondo os desenhos por ordem inversa enquanto desenham.
- Fotografia: utiliza-se um tripé, máquina fotográfica digital e um suporte que permita colocar os desenhos perpendiculares à lente da máquina.
- Montagem: utiliza-se um programa como o MonkeyJam ou o Moviemaker para importar as fotografias produzidas na fase anterior e montar em vídeo. Em tempos idos utilizei o Corel R.A.V.E. para este processo.

Cada aluno cria uma sequência de animação que vai do seu desenho ao desenho de outro aluno. Ao terminar isso pode ser evidenciado pela montagem do vídeo final em que as sequências se interligam pela ordem dos elementos animados.

Para além deste projecto o professor Fernando Ferreira está com outra turma a realizar uma curta metragem de animação de sombras em multiplano. Podem ver aqui alguns apontamentos do processo de criação com os alunos: Stop Motion.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Castelos Virtuais


Para terminar em cheio o ano lectivo com os alunos do 5º C, a turma que mais projectos desenvolveu no domínio do 3D, fizemos uma visita virtual a vários mundos alojados no Babel X3D. Começámos com o mundo criado pelos alunos. O projecto original implicava a criação de vários mundos pelos diversos grupos, mas o tempo tornou-se curto e optou-se por reunir os vários trabalhos num mundo único. O ficheiro no Vivaty Studio mostra a quantidade de objectos criados pelas crianças e incorporados no mundo virtual.


Cá estão os responsáveis, representados por um avatar por grupo. A criação de avatares pelas crianças foi um aspecto que infelizmente não pode ser efectuado. Olhando para o tempo disponível e diversidade de experiências que os alunos passaram é de notar que muito foi conseguido, mas seria interessante ver a forma como estes iriam criar as suas representações virtuais.


A bandeira foi solicitada por um dos alunos do grupo que concebeu o castelo. Cá estão eles novamente, congelados a contragosto para uma fotografia virtual. Escrevo isto porque a reacção das crianças nos primeiros contactos com mundos virtuais é de deleite. Ficam absorvidos pela exploração dos espaços, a tentar interagir com objectos, a aprender como movimentar e personalizar os seus avatares. Parar estas experiências é sempre difícil.


O mundo finalizado, em testes prévios no Babel X3D. Foi apelidado de Castelo. Pode ser visitado, recomendando-se o browser Internet Explorer e o plugin BS Contact (ou Chrome/Firefox com a extensão ieTab).


Mais do que imergir os alunos no seu trabalho, o objectivo desta sessão era mostrar os mundos virtuais disponíveis. Os seus potenciais do jogo à aprendizagem são enormes, mas para primeiro impacto optámos por uma exploração que enfatizasse a diversidade de espaços disponíveis. Para terminar, uma corridinha no Grand Prix. Eu perdi.


Note-se a frase: imergir os alunos no seu trabalho. É uma das características mais apaixonantes do trabalho que se vai desenvolvendo no 3D Alpha. Mostrar aos alunos algumas ferramentas simples de modelação 3D, propor projectos que podem ser livres ou temáticos possibilitando abordagens interdisciplinares, deixá-los criar domando as ferramentas digitais às suas ideias, e terminar com a capacidade de imersão dos criadores dentro das representações digitais das suas criações.