Espaço dos projetos TIC em 3D, Fab@rts - O 3D nas mãos da Educação!, Laboratório de Criatividade Digital - Clube de Robótica AEVP e outros projetos digitais desenvolvidos no Agrupamento de Escolas Venda do Pinheiro.
sábado, 26 de novembro de 2016
Workshop Introdução à Impressão 3D - Lisboa
Hoje foi assim, na sala Escola do Futuro do Museu das Comunicações em Lisboa. Workshop de Introdução à Impressão 3D da ANPRI. Três horas intensas e exigentes, porque condensar técnicas, potencialidades e introdução a esta tecnologia é tarefa ingrata. A quantidade de ideias, conhecimentos, metodologias e aplicações de trabalho partilhada é muito elevada, e esperamos que entre a introdução deste momento de formação e os materiais complementares que disponibilizamos aos formandos, estes ganhem algumas bases que lhes permitam iniciar o seu próprio percurso pessoal de descoberta desta fantástica tecnologia, cheia de potencial.
Desenganem-se, as minhas fotos foram todas tiradas no final da sessão. Não houve tempo para ser de outra maneira. Para este workshop, a Anpri disponibilizou a sua impressora 3D BEEINSCHOOL, e complementei com exemplos tácteis de trabalhos desenvolvidos pelos alunos do Agrupamento de Escolas Venda do Pinheiro. Os nossos bonecos, modelos moleculares, brinquedo vencedor do concurso Codeweek 3D e modelo da fachada do convento de Mafra despertaram a atenção dos participantes.
A formação iniciou-se pelo essencial, a introdução à modelação 3D em Tinkercad, com o clássico desafio de modelar um porta-chaves. É um exercício simples que permite iniciar conceitos elementares da modelação 3D. Mas não nos ficámos por aqui. Também se abordou um pouco de Sketchup e Inkscape, mostrando como na modelação 3D podemos conjugar diversas aplicações para criar. Mostrou-se também o processo de preparação de um modelo para impressão, com correcções e validação de mesh no netfabb, e correcções e remeshing no Meshlab. Mostrando que o tablet começa a ser uma poderosa ferramenta de modelação, fizeram-se curtas demonstrações do 123D Catch (fotogrametria), escultura digital no Sculp+, a simplicidade modular do Thingmaker Design e a integração do FormIt em app para tablet e web app. E não pudemos deixar de mostrar o que o Mineways faz aos mapas do jogo Minecraft, extraindo a informação 3D para impressão dos modelos criados pelas crianças no jogo.
O uso e manutenção das impressoras 3D também foi abordado, mostrando como funciona a tecnologia FDM/FFF, como utilizar o Beesoft para controlar a impressora e imprimir objectos com opções de impressão (resolução, densidade, suportes, raft). Também houve tempo para falar um pouco da tecnologia de manufactura aditiva e das suas potencialidades pedagógicas.
De facto, é muita informação para um espaço de tempo tão curto. E ainda ficou muito por dizer. Teremos de equacionar uma acção de formação formal, mais alongada, que permita aos formandos aprofundar estas questões.
Andava por lá um bom exemplo das potencialidades pedagógicas da impressão 3D como ferramenta aliada a outras do crescente arsenal de tecnologias educativas: o robot Anprino. Fiquei a saber que estes dois protótipos já têm nome. O segue-linhas/desvia obstáculos foi apelidado de Luís, por causa do Luís Dourado, que andou de volta da electrónica e programação do Anprino. O controlado por bluetooth é o artur, o despistado. Certeiro, diria!
No final da formação, um dos simpáticos responsáveis do Museu das Comunicações perguntou-me quantos formandos estiveram presentes no workshop. Para aí uns quinze, disse. Era a informação que tinha, sabendo que também estariam presentes três elementos do Museu. "Contei 21", disse o segurança. Whoa! É bom ver o interesse na impressão 3D em contextos educativos a crescer, sem hype e com muita reflexão. É um ponto que saliento sempre nestes momentos. Esta tecnologia pode ser uma enorme mais-valia para os nossos alunos, mas temos que saber o que queremos dela, senão arrisca-se a tornar-se mais um objecto que depois do entusiasmo inicial fica numa sala, ou numa arrecadação da escola, a apanhar pó por falta de uso. Para evitar isto, há que reflectir, ler, investigar e partilhar. Confesso que tenho um enorme gosto por poder dar a minha contribuição para que esta tecnologia se dissemine entre os professores, e uma enorme gratidão à ANPRI pela abertura que demonstra, que se tem traduzido nos estimulantes desafios em que participo.
Edit: Fui consultar os registos e reparei que foi há exactamente um ano que, com a ANPRI, foi desenvolvido também no espaço Sala do Futuro aquele que foi o primeiro workshop de introdução à impressão 3D para professores. De 28 de novembro de 2015 a 26 de novembro de 2016, digamos que tem sido um ano emocionante!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário