domingo, 14 de fevereiro de 2016

Ligações

 
Wood Shop Enters the Age of High-Tech: O New York Times traçou um interessante perfil de um maker space pedagógico numa escola americana. É um espaço que mostra bem o real potencial destes projectos, ao colocar ao dispor da comunidade ferramentas de trabalho (desde avançadas impressoras 3D e CNCs de laser às tradicionais), possibilitar aos seus membros aprender com o conhecimento partilhado, e num ponto especial que interessa muito às TIC em 3D, dando aos seus utilizadores ferramentas de expressão utilizáveis nos mais variados tipos de projectos. É a resposta à questão que tipo de projectos que torna tudo isto realmente interessante: por um lado, pelo potencial de aprendizagem dos projectos hands on; por outro, pelo potencial libertador de criatividade individual, misturando as ferramentas artísticas clássicas com as novas possibilidades trazidas pelo digital. Algures a meio, com aquele tom de descoberta de pólvora comum a jornalistas menos conhecedores da realidade da investigação em educação, diz-se que Yes, tinkering is now a pedagogy. Na verdade, já o é desde Piaget (estou a esticar a corda, eu sei) e Vygotsky, pensadores que influenciaram directamente Papert, Minsky, Turkle e Resnick, os principais proponentes das abordagens construtivistas potenciadas pela tecnologia digital. Papert introduziu este conceito de tinkering como valência na aprendizagem, e Resnick, com o Center for Bits and Atoms do MIT, esteve na origem dos fab labs que hoje se espalharam um pouco por todo o mundo.

Pessoalmente, sempre imaginei a sala de aula perfeita como uma sala de Educação Visual e Tecnológica com computadores suficientes para os alunos e impressoras 3D a par com as mesas de torno e os espaços de pintura. Um fab lab dedicado às artes.

SolidWorks’ Apps for Kids Aim to Get Young Students into 3D Design: Ainda um pouco inseguro sobe se isto é interessante ou vaporware. Fundamentalmente, a SolidWorks parece estar a copiar a estratégia da Autodesk, com um pacote de aplicações destinada a simplificar os processos de modelação para impressão 3D. Parecem interessantes, mas são talvez tardias tendo em conta o avanço prévio da Autodesk e de outros programadores independentes nesta área. No entanto, apps 3D para crianças que as estimulem a aprender a modelar e imprimir em 3D nunca são demais. Dentro de seis meses, tempo previsto para o lançamento destas aplicações, veremos se cumprem o que prometem. Curiosamente, o vídeo de apresentação é interessante e replica uma estratégia de narrativa digital, a história de aprendizagem.

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