Levemente entediado numa reunião, aproveitando para experimentar o Adobe Firefly. Dado o contexto, e porque não experimentar prompts sobre educação do futuro, salas de aula futuristas, e escola digital?
Como seria de esperar, as imagens resultantes são fortemente estereotipadas. Recordem, estes algoritmos remistram e recriam a partir do que já conhecem. Pedir-lhes que representem salas de aula mostra o esterótipo que temos de uma sala de aula, local onde crianças se sentam em secretárias a ouvir preleções ou, no toque futurismo digital, a olhar para ecrãs.
Colocar crianças no prompt sublinha essas estéticas (e dá alguns resultados bizarros, o Firefly ainda tem algum caminho a percorrer). É talvez o lado mais curioso da IA Generativa, interpretando as nossas palavras e gerando resultados a partir da aprendizagem alimentada por um imenso corpus icongráfico gerado por nós. É como se fosse um espelho, mais do que gerar novas imagens, permite-nos um novo olhar para as estéticas e iconografias de sempre.
Quanto ao Firefly em si, tem resultados interessantes, muito enviesados para a ilustração. Ferramentas tipo Midjourney ou implementações Stable Diffusion costumam dar melhores resultados, mas tendo o peso da Adobe por detrás, suspeito que o Firefly irá evoluir muito, e depressa. Como pormenor que o distingue de outros serviços, o Firefly embebe informação sobre a geração de imagem nos meta-dados do ficheiro gerado.
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