sábado, 31 de janeiro de 2015

Projectos Finais - Animação e Imagem em Bryce

Criar imagens e pequenos filmes em Bryce é um tipo de projecto que está na génese directa das TIC em 3D. Apela aos alunos que se inspiram mais na animação e anime. E é dos trabalhos mais difíceis de gerir em termos de tempo. Enquanto os alunos que escolhem outros projectos têm de se preocupar apenas com o trabalho directo, os que escolhem animação têm de se preocupar com modelar os recursos que vão necessitar noutros programas, importar, texturizar, pensar em termos de cenários e iluminação, compor as cenas e trabalhar os percursos de animação. Como o algoritmo de rendering do Bryce é pouco eficiente, é impossível gerar os vídeos durante a aula.



Do aluno Rafael Lopes, do 7.º E, chega-nos esta divertida batalha de robots, composta por quatro cenas cujo tempo de rendering durou entre as duas e as cinco horas. Mais alguns minutos.



Uma animação simples pelo sistema solar é o resultado do trabalho dos alunos Cosmin Trandafir, David Brás e Ricardo Gonçalves do 7.º B.


Esta cena sombria que conjuga Bryce e Sketchup é o trabalho das alunas Erica Jorge e Daniela Fernandes do 7.º D.

Inacabado por falta de tempo (diria que os elementos do grupo se distraíram a criar naves e robots) fica o projecto dos alunos Dinis Tavares e Gonçalo Silva do 7.º E.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Hello World


Uma das razões que levou à aquisição da beethefirst era o pensar que o tempo de introdução na sala de aula seria mais rápido do que com outro tipo de impressora. Mas não esperava que fosse tão rápido. Desempacotei a impressora ontem, comecei a trabalhar com ela hoje. Logo pela manhã aproveitou-se a aula com os alunos de CEF para perceber como é que se trabalha com a beethefirst. Entre os vídeos do site da Bee e umas olhadelas ao guia de iniciação rápido não foi nada difícil instalar a bobine e a mesa de impressão, calibrar a impressora e fazer a primeira impressão. Acho que nunca vi os alunos desta turma tão interessados.

Aquele momento em que um aluno refila comigo porque achava que eu tinha calibrado mal a impressora. E tinha razão. Mas a primeira impressão não saiu nada mal. Escolhemos, para ser mais imediato, imprimir a abelhinha da bee. Em baixa resolução, para poupar filamento, e porque quando estamos a aprender não vale a pena querer logo que tudo fique perfeito.


O passo seguinte foi tentar imprimir algo nosso. E porque não o logotipo da escola? Seria mais do que apropriado para primeiro objecto concebido e impresso no Agrupamento de Escolas Venda do Pinheiro. Não correu muito bem. A culpa foi da forma como o Sketchup gere a geometria dos objectos. Cada letra é um grupo, que sobrepostos formam um objecto. Sejamos justos, as linhas-guia de modelação para a beethefirst especificam que os modelos não podem ser compostos por meshes sobrepostas. E o Sketchup é exímio a gerar meshes sobrepostas. Pensei que a conversão de collada para stl no meshlab me preenchesse os buracos invisíveis, mas... não. Precisava de usar a ferramenta outer shell do Sketchup, que está desabilitada na versão gratuita. Talvez esteja na hora de me candidatar a uma licença gratuita para educação do Sketchup Pro?

Para piorar a coisa o filamento enrolou-se durante o processo de impressão falhado e dei por mim com um nó de filamento à volta do extrusor. Algo assustador para primeira experiência com uma impressora 3D, mas que se resolveu com limpezas à cabeça (a aplicação beesoft ajuda a fazer isso muito bem) e nova calibração. Desta vez mais cuidada.


Terceira experiência, após algumas tentativas abortadas. Modelei num instante o clássico Hello World. É de rigueur nestes momentos. Felizmente a ferramenta 3D Text do Sketchup gera um grupo sólido. Foi só exportar em collada, passar pelo Meshlab para converter para stl, importar para o beesoft, configurar a impressão e... cruzar os dedos.


Dezoito minutos depois, Olá Mundo. Novamente, impressão em baixa resolução, daí o filamento ser tão visível.


A sala de aula, ao final do dia. Dia em que se iniciou para algumas turmas um novo semestre de TIC de forma dificilmente esquecível. Em que os olhares se iluminaram, a curiosidade se aguçou. O brilhozinho nos olhos dos alunos quando passavam entre si a primeira peça impressa é algo que aquece o coração. Em que os ex-alunos, agora no nono ano, vieram ter comigo para reclamar porque é que não havia disto quanto foram meus alunos. Dia em que percebi que se o design e construção da beethefirst facilita muito o processo de impressão 3D, tenho muito que aprender no que toca a modelar e a configurar impressões. Dia de mais um passo nos percursos da inovação pedagógica.

Projectos Finais - 7.º E (Sketchup)


Outro dos melhores projectos a surgir neste primeiro semestre. A modelação reflecte só o exterior. O interior não foi trabalhado. Um excepcional projecto das alunas Mariana Póvoa e Diana Veríssimo, disponível em 3D no Sketchab.


Outro projecto recompensador é este protótipo de cidade. Tudo modelado com muito cuidado, desde as casas modernistas ao edifício central cujo telhado obriga a técnicas de modelação mais avançadas do que a traçagem e extrusão simples. Um trabalho excelente do aluno Rodrigo Cruz, também disponível em 3D.


As alunas Ana Torcato e Sabrins Martins optaram por um registo mais lúdico. É uma casa, com interiores detalhados, rodeada de bolos de delicioso aspecto.


Outro projecto interessante foi o criado pelo aluno Alexandre Sheehan.


Esta vivenda modernista, completa com a obrigatória piscina, saiu do esforço colectivo dos alunos Fernando Ribeiro e João Féteiro.


Outro projecto simples mas visualmente interessante que só falha por organização espacial foi esta quinta criada pelo aluno Daniel Rodrigues.


As alunas Maria Lourenço e Joana Féteiro afadigaram-se a modelar estas vivendas. Completas com piscina, que é um tema recorrente nos trabalhos de modelação arquitectónica livre dos alunos. Um dia irei tentar perceber o porquê disto.


Os alunos João Silva e Tiago Almeida inspiraram-se num dos primeiros modelos de computador portátil para o seu projecto final, que por falta de tempo não levou os acertos finais.


Talvez por esta turma ter a aula de TIC antes da hora de almoço se explique o pendor nalguns trabalhos por delícias culinárias. A pizza, bolo e cocktails saíram do esforço dos alunos David Ter-Kachaturian, João Sousa e Ion Jalba.


Queríamos fazer um centro comercial, stor, disseram as alunas Ana Laura e Margarida Simões. Todo o centro seria difícil, ficou só uma loja. E sim, o manequim foi criado por elas. Como? Não é segredo nenhum. Criaram o manequim no Avatar Studio e converteram de VRML para 3DS. O Sketchup fez o resto.


Entre o simples e o féerico, as alunas Leandra Plácido e Marisa Grades criaram este hotel colorido.


Um toque de cinema em casa é a proposta do aluno João Nunes.


Um parque aquático das alunas Catarina Oliveira e Mafalda Cordeiro.


Um detalhe do hotel criado pelas alunas Filipa Soares e Margarida Simplício.


Os alunos Tomás Bravo e Pedro Cruz deslumbraram-se com os componentes do Sketchup.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Bee The First!


Não é todos os dias que podemos dizer que o futuro chegou à nossa escola. Hoje foi um desses dias. Na sequência do prémio Inclusão e Literacia Digital conseguimos finalmente verba para um investimento já há algum tempo pensado. O projecto original estava desenhado para impressoas RepRap, mas o valor financeiro do prémio permitiu voar mais alto e arriscar a aquisição de uma BeeTheFirst. Se perdemos o lado do it yourself ganhamos tempo, uma vez que o processo de arranque de trabalho com a bee será certamente mais rápido do que com uma Prusa que requer montagem, calibração, soldadura e configuração da placa arduino.

A impressão 3D é uma resposta à espera de perguntas. Partilham-se cada vez mais novas e intrigantes utilizações desta tecnologia, Ideias, experiências e especulações não faltam. No nosso caso, será que é uma tecnologia com potencial pedagógico no ensino básico? E que tipo de projectos poderão ser desenvolvidos que sejam mais do que o imprimir objectos pré-feitos, possibilitando envolver os alunos nos processos de criação, concepção e materialização? São ideias que vamos começar a explorar em breve. O primeiro passo está dado. A seguir teremos o obrigatório hello world. Depois disso, é explorar as possibilidades que se colocarem.

Hoje sou um professor particularmente feliz.

Projectos Finais - 7.º D (Sketchup Make)


De longe o melhor projecto criado neste semestre. O objectivo do aluno Rodrigo Nunes era o de modelar um computador. Ficou-se pela torre, motherboard e fonte de alimentação. Este é daqueles modelos que merece ser visto em 3D no Sketchfab.


Outro excelente trabalho de modelação 3D do aluno Rafael Coutinho. Também merece uma visita ao Sketchfab para visualizar em 3D.


Os alunos Gonçalo Costa e Rodrigo Negrão esforçaram-se por dar realismo a este modelo de uma coluna. Também está em 3D no Sketchfab.


Do aluno Carlos Amaro saiu esta recriação de uma pirâmide egípcia, completa com mastabas. Suspeita-se de alguma influência da disciplina de História. Um modelo simples mas divertido, também em 3D no Sketchfab.


O aluno Tiago Alegria deu-nos este toque whoviano, com a modelação do perfil de uma Tardis. Há alunos que sabem mesmo como agradar aos professores. As mensagens que fui deixando no quadro de giz surtiram efeito.


Um trabalho que merecia mais umas horas para ficar concluído, mas que não deixa de estar muito bom. Projecto dos alunos Beatriz Araújo, Matheus Quintas e Catarina André.


O aluno André Graça não é estranho a estas andaças, tendo já no ano passado surpreendido pela forma como consegue trabalhar o 3D. Este ano brinda-nos com esta aparelhagem, e, como ele gosta de dizer, notem o pormenor da pendrive. No Sketchfab podem fazer zoom.


O aluno João Lucindo disse-me que adora fazer casas no Sketchup. Pudera, respondi, foi mesmo para isso que o programa foi criado. Mostrou, mais uma vez, o que é capaz de fazer neste trabalho conjunto com o aluno Daniel Mendes.


As alunas Natacha Silva e Gabriela Henriques inspiraram-se no antigo Egipto para recriar este sarcófago. Não foi tarefa fácil atingir os pormenores da máscara fúnebre e acabou por não haver tempo para hieroglifos ou mais realismo na figura. E depois? Excelente trabalho para duas aprendizes dedicadas. Também em 3D no Sketchfab.


O aluno Romão Gomes também se inspirou no Egipto para o seu projecto de modelação 3D.


Num registo mais livre, o aluno André Serra dedicou-se a criar esta cidade.


Cidade que o aluno Alexandre Leal levou um pouco mais longe. Nem sempre os grupos de trabalho sobrevivem à pressão de levar a cabo um projecto.


Um projecto cheio de cor das alunas Daniela Lapa e Maria Ribeiro.


Os alunos Duarte Faria e João Cruvinel criaram este estádio.


A casa das alunas Liliana Lopes e Catarina André tem pormenores escondidos por detrás das paredes.


Para terminar, o projecto dos alunos Bernardo Pataco e André Costa. Demasiado simples em comparação com os restantes, talvez, mas note-se que o objectivo de experimentarem uma tecnologia pouco usual para o seu nível etário foi cumprido.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Edição de Video - 8.º A e 8.º C



O tema dado foi a segurança digital, abrangendo quer os dados pessoais, internet ou utilização segura de meios digitais. A partir daí cada aluno ou grupo escolheu o tópico que mais lhes despertou a atenção, organizando um vídeo que não poderia exceder noventa segundos. Pesquisaram, estruturaram informação, organizaram recursos ao longo de linhas de tempo, gravaram sons, aplicaram efeitos especiais e técnicas de edição. Alguns dos alunos não conseguiram dar o salto das sequências lineares para outro tipo de organização visual. Outros surpreendem pelo cuidado e criatividade que colocam nas suas criações em vídeo. Esta lista de reprodução organiza o trabalho dos alunos de oitavo ano que escolheram vídeo como tecnologia para projecto final.

Projectos em Scratch

Outra das vertentes das TIC em 3D é a introdução à programação. Feita no semestre de oitavo ano, permite a todos os alunos experimentar o Scratch. É uma das tecnologias à escolha para desenvolver projectos finais. Apesar de todos acharem interessante o trabalho com Scratch (e, talvez para o ano, Kodu), só os mais persistentes optam pela complexidade de criar algo verdadeiramente interactivo. Note-se que uma das opções desta abordagem é possibilitar aos alunos interagir com um leque alargado de tecnologias digitais, posta a uso de acordo com as suas aptidões e interesses. Estes pequenos jogos são sempre os projectos finais mais interessantes de acompanhar, pela complexidade de raciocínio que está por detrás de algo que é aparentemente simples.






Comecemos com o jogo Arkanoid criado pelo aluno Mário Ferreira. Este trabalho foi uma completa surpresa. Ao longo das aulas reparei que estava a trabalhar afincadamente em algo, mas só no final é que percebi exactamente em quê. Sem ajuda de ninguém atirou-se ao desafio, pesquisou, procurou soluções para os problemas e criou este jogo simples.





Este PacMan tem história. Criado pelo aluno Artur Veloso, surgiu porque, como me disse, o meu pai adora o PacMan e eu queria fazer-lhe uma surpresa. Como resistir a uma proposta destas? Estes projectos têm como condição o seguirem um tema ligado às TIC, no âmbito da segurança digital. Mas neste caso abriu-se uma excepção.







Um jogo frenético, onde somos o anti-vírus. Trabalho criado pelos alunos Inês Rodrigues, Tiago Noronha e Eduardo Tavares. Dica: há que conjugar o alvo com a barra de espaços...





Um projecto inacabado, do aluno Edgar Duarte. Sublinha um dos problemas quando se trabalha com um ritmo muito rápido. Basta não haver uma aula, ou perder uma aula por questões de doença ou pessoais, para impedir que um projecto não seja levado o mais longe possível. Se o trabalho de projecto com prazos a respeitar é competência a desenvolver, creio que nos próximos semestres também há que repensar a temporização dos projectos finais para dar flexibilidade nestes casos.





Para terminar, um jogo de labirinto da aluna Rebeca Vito.






terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Podemos aproveitar?


Professor, podemos aproveitar para acabar o nosso trabalho? Estava na hora de almoço, muito por acaso na sala de aula a terminar a recolha de trabalhos finais porque, eterno distraído que sou, convenci-me que o final de semestre acontecia uma semana depois da data que eu próprio indiquei em reunião de conselho pedagógico. Pois, quando me distraio, distraio-me à séria. Estes alunos viram a porta da sala aberta, comigo a terminar uma turma em tempo extra gentilmente cedido pela directora de turma. Esperaram que a sala se esvaziasse e fizeram a pergunta. Acabar, não precisam, disse-lhes, já o tinham feito, tinham um excelente trabalho, não lhes exigia mais. Mas, professor, nós queremos melhorar o nosso projecto e só temos aula para efeitos práticos dali a cinquenta minutos. Pronto, deixem-me só ir buscar as minhas tralhas, disse-lhes.

E o resto da hora foi passada numa sala que é a minha mas que não é só minha, numa hora vazia em que estes dois alunos levaram mais longe o seu projecto enquanto eu corrigia provas em papel. Fizeram-no depois do final do seu semestre, sabendo que a avaliação estava assegurada. Fizeram-no porque queriam concluir algo que sentiam poder levar mais longe do que o que ficou no final das actividades. O projecto deles era ambicioso. Queriam recriar um edifício-tipo da baixa pombalina (suspeito que aquela visita de estudo ao Lisboa Story Centre no âmbito da disciplina de História teve alguma coisa a ver com o tema escolhido). Não era algo fácil para crianças que tinham acabado de aprender os rudimentos da modelação 3D, ficaram-se só por uma fachada. Que estaria mais completa se, de facto, tivéssemos tido pelo menos mais a tal aula que eu estava convencido que teríamos.



Para verem como ficou em 3D experimentem o visualizador do Sketchfab.

Acho que não posso pedir mais. Nem exigir tanto. É bom ver estes alunos motivados, dispostos a ir além do exigido não pela nota, ou para agradar ao professor, mas porque descobriram que estavam a fazer algo de novo, algo que gostaram e os motivou. Tens imensa aptidão para isto, disse no final ao aluno que mais se esforçou por modelar os elementos deste projecto. Ele sorriu. Foi uma boa forma de encerrar o semestre.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Oh, joy.


Ah, que alegria. É nestes momentos de avaliação que tenho algumas tentações em seguir o caminho da abordagem Word e PowerPoint às TIC. Teria uma vida mais facilitada. Pequenos momentos quando olho para oitenta ficheiros de 3D, Scratch e vídeo produzidos pelos alunos de três das cinco turmas, e resultados de testes online. Felizmente incentivo o trabalho de grupo e os projectos de aprendizagem já foram avaliados em dezembro, senão teria uns dias dolorosos, agora. E estou a tentar não pensar muito nas provas gerais de escola para corrigir. Em papel, coisa que deixou alunos e restantes professores algo surpreendidos. Ora bolas.

Por outro lado, se seguisse um caminho mais convencional, não teria a oportunidade de estimular a imaginação dos alunos e ser recompensado com projectos fabulosos. Neste semestre tive surpresas excepcionais, que irão ser divulgadas neste espaço ao longo dos próximos dias. Estou, como sempre, orgulhoso do trabalho desenvolvido pelos alunos.

Entretanto, mergulhemos no avaliar da avalanche de trabalhos sistematizada na folha de cálculo. Folha essa que, note-se, é um meio e não um fim. Entretanto, a tarefa é meticulosa e se não são papeis aos montes são muitos bits aglomerados em megabytes. Por isso, traindo o meu gosto inconfesso por operetas dos Gilbert & Sullivan, especialmente da HMS Pinafore, vou mergulhar nos critérios de avaliação assobiando Oh joy, oh rapture unforeseen...

Projectos Finais - 7.º B (Sketchup Make)


O mais ambicioso dos projectos desta turma, e do semestre. O objectivo era o de recriar o mecanismo de Antykhitera, a partir da introdução à história da computação nas primeiras aulas de TIC. Obrigou a um bom esforço de pesquisa e a um ainda maior esforço de modelação 3D, apesar de ser menos complexo do que parece. A modularidade, o saber que elementos criar e repetir ao longo de um projecto, é um dos desafios deste tipo de trabalho. Um projecto espectacular da aluna Margarida Loureiro. Pode ser visto em 3D no Sketchfab.


No início este projecto nasceu como uma recriação do convento de Mafra. Perfeito, pensei. Tecnologias 3D e património são uma combinação excelente. Mas recriar arquitectura barroca mostrou-se um desafio muito acima das capacidades de alunas que acabaram de descobrir a modelação 3D. Ficou-se pela forma de uma igreja. O resultado final do esforço das alunas Beatriz Simões, Cátia Lopes e Maria Mateus ficou muito bem e pode ser visto em 3D no Sketchfab.


Outro trabalho ambicioso, que precisava de mais umas sessões de trabalho para ficar bem concluído. O objectivo foi o de recriar um modelo exterior de edifício pombalino. Este foi um dos trabalhos que obrigou a maior pesquisa. Recriar os elementos arquitectónicos foi um desafio, e fica só a faltar as águas furtadas e texturizar para o projecto ficar completo. Um excelente trabalho dos alunos André Simões e Diana Simões.


Um skate criado pelo aluno Fábio Duarte para o trabalho do seu grupo. Esta foi a primeira versão, e ainda tentou criar outra com a superfície curva, mas não correu tão bem. Também está visível em 3D no Sketchfab.


O que fazer quando por acidente se perde o trabalho? Improvisa-se. E muito bem. Este iPhone foi criado numa única aula depois da aluna perceber que tinha perdido o seu projecto anterior. Acontece, não há problema, disse a aluna, e cá vai disto. Mais uma aula e teria ficado perfeito. Trabalho da aluna Beatriz Garcia.


Neste ano inicámos um estímulo directo à abordagem de temas ligados ao currículo das TIC através do 3D. Os alunos Tomás Gonçalves, Rodrigo Brás e João Lopo aceitaram o desafio de recriar os elementos de um computador.


Recriar a torre Eiffel acabou por se revelar uma tarefa mais difícil do que o esperado, com o tempo disponível para os projectos finais. Mesmo assim as alunas Joana Santos, Inês Conceição e Joana Silva fizeram um excelente trabalho. Outro que precisava de mais umas horas para ficar óptimo.


Criar uma rua não é muito difícil se pensarmos de forma modular. Este trabalho do aluno Simão Valentim estava no bom caminho.


Num registo mais livre os alunos Hugo Resina e Tomás Gama criaram a sua visão de um campo de futebol.


Um daqueles trabalhos que é simples mas esconde um enorme desafio. O aluno que o fez tem sérios problemas e necessidades educativas. A princípio pensei que lhe seria impossível responder aos desafios colocados por um tipo de trabalho exigente. No entanto, surpreendeu com a sua capacidade e gosto pelo que fez. Está de parabéns, o aluno Joel Esteves.


Nem todos têm que ser fortemente criativos e ambiciosos. O primeiro objectivo é estimular o trabalho em projecto e se alguns descobrem capacidades insuspeitas, outros ficam-se por projectos mais simples. Mas o importante é que saia da imaginação deles. Trabalho das alunas Ana Sebastião e Margarida Virgílio.


Outro projecto simples, que se destaca pelo cuidado com as texturas, das alunas Tânia Simão e Verónica Francisco.


Mais um projecto simples de modelação livre, dos alunos Nuno Santos e Carlos Antunes.


O aluno Filipe Ratão, criador deste projecto, tem um imenso gosto pelos labirintos coloridos do jogo televisivo WipeOut. Recriou um deles como trabalho final.


Para terminar, um daqueles projectos menos bem conseguidos. Era ambicioso. Um grupo de três alunos a tentar recriar uma pista de skates. Os dois melhores investiram no lado arquitectónico mas falharam ao tentar dar um salto tecnológico e trabalhar em C4D. Não os travei. Aprender a arriscar sem medo de falhar é muito importante. E se gosto que os alunos cheguem ao final com projectos bonitos do ponto de vista estético,é muito mais importante o desenvolver do processo de trabalho. Ironicamente, o aluno do grupo com menores capacidades conseguiu um excelente resultado. Apesar das dificuldades, os alunos Fábio Duarte, Tomás Miranda e Daniel Anjos estão de parabéns. Neste projecto não é só o chegar ao destino que é importante. A viagem é-o muito mais.