terça-feira, 31 de março de 2015

Acção de Formação Introdução à Modelação 3D com Sketchup Make


Graças aos bons ofícios da ANPRI vai decorrer de 11 de abril a 9 de maio uma acção de formação destinada a professores de TIC, Informática, Educação Visual e EVT onde irei partilhar o que sei de modelação 3D com Sketchup Make. E mais do que partilhar, dar tempo para que os participantes possam mergulhar e entusiasmar-se com o 3D e o Sketchup.

A acção Introdução à Modelação 3D: Projetos Pedagógicos com Sketchup Make pretende que os professores adquiram e desenvolvam as suas capacidades de criação, planeamento e desenvolvimento de um projeto de modelação 3D, bem como conceber a aplicabilidade de modelação 3D em projetos pedagógicos. Modalidade: Curso; Duração: 15h; Créditos: 0,6.

Para mais informações visitem a página da ANPRI e inscrevam-se aqui: Introdução à Modelação 3D com Sketchup Make.

terça-feira, 24 de março de 2015

Tinkerplay


Às voltas com o divertido Tinkerplay da Autodesk, uma app que permite criar combinações fantásticas a partir de uma biblioteca de peças. Um pouco como o Doga Project, mas pensado de raiz para tablets. Para os meus dedos e mente mais habituada a interfaces clássicos criar no Tinkerplay tem o seu quê de difícil, mas para as crianças já calejadas pelos interfaces de toque em 3D suspeito que lhes seja muito fácil. Aliás, já desafiei um aluno ou dois e estão a adorar...


Com o Tinkerplay criam-se personagens a partir de bibliotecas de peças. A diferença em relação a outros legos digitais é que as peças estão pensadas para se articularem entre si. O objecto final não é estático e pode ser movido. O conceito do projecto é repensar os brinquedos para o século XXI, estimulando as crianças a criar os seus próprios brinquedos. Dentro da app pode-se construir, posicionar, fotografar e exportar.


Ao contrário de outros programas o resultado final não é um objecto único. O Tinkerplay gera ficheiros STL prontos a imprimir para cada peça que compõe o personagem. Tirá-los do tablet pode ser feito através de partilha em Dropbox, email, ou gravar localmente e depois copiar para um computador. Apesar da app gerar meshes limpas, convém retocar no netfabb para minimizar possíveis problemas de impressão.


Cá está, um robot concebido no tablet, montado após a impressão das peças na bee. Suspeito que os meus alunos irão gostar disto.

sábado, 21 de março de 2015

É este o espírito.


A ideia era fazer uma demonstração de impressão 3D integrada nas comemorações da semana do departamento de matemáticas e ciêncas experimentais. Felizmente, o dia que tinha planeado para isto correu-me mal. Dei por mim a combater um anti-vírus em excesso de zelo que insistia que uma aplicação crucial de backoffice era um risco e fui obrigado a adiar a demo para o dia seguinte. E ainda bem. Distraído como sou não me tinha apercebido que nesse dia os alunos da EB1 da Venda do Pinheiro viriam fazer uma visita à escola sede.

A beethefirst ficou rodeada por alunos de quarto ano. Retirei a tampa de cima porque o filamento que usei causou-me alguns problemas, e mantive-a aberta para que pudessem ver por dentro um pouco de como é a impressora.

Despertar a curiosidade. É o primeiro passo para incentivar a aprendizagem e criatividade.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Memória.


O prémio atribuido ao nosso projecto em destaque na imprensa regional, com uma pequena nota no jornal mafrense O Carrilhão e direito a impressão a cores. Arquivado para memória futura.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Leituras

Ladybridge High School is Doing It Right — 15-Year-Old Students Create Unbelievable 3D Printed Lamps: Muito interessante, este projecto de introdução ao 3D que começa por ensinar modelação 3D e CAD a alunos de onze anos e acaba com estes projectos impressos... numa beethefirst, curiosamente. É um caminho interessante que mostra bem como posso levar o meu das TIC em 3D. Integrar o 3D no currículo é interessante, mas condena-nos a um eterno recomeçar. A cada semestre começa-se do zero, e pergunto-me se não está na hora de criar um espaço próprio, pensado com um tempo diferente e mais alongado, que possibilite aos alunos mais interessados ou com aptidão para estes projectos desenvolver mais a fundo as suas aprendizagens. Fica a dica.

Video Games Are Better Without Characters: Ian Bogost é quase um poeta do desenvolvimento de videojogos ao falar como fala da beleza inerente aos sistemas complexos, que permite gerar experiências mais imersivas e enriquecedoras do que os mais tradicionais que se centram no controle de um personagem. Termina de forma genial, certeira, a descrever na perfeição os limites das gaiolas douradas do mundo digital: We’ll sign away anything, it would seem, so long as we’re still able to “express ourselves” with the makeshift tools we are rationed by the billionaires savvy enough to play the game of systems rather than the game of identities.

sábado, 14 de março de 2015

Construir caminhos


Lentamente, os projectos dos alunos começam a ser impressos. É um processo duplamente moroso. O tempo de impressão é sempre alongado e há um trabalho de preparação da mesh antes de estar pronta a imprimir. Nem todos os projectos são imprimíveis com os pormenores todos. Handicaps da tecnologia. Se o Doga L3 facilita muito a criação de modelos 3D, os objectos produzidos levantam diversos problemas durante a solidificação com o Meshmixer e o Netfabb.


Ao contrário do que possa parecer, as impressões não são imprecisas. Tenho mantido a impressora em baixa resolução e os filamentos soltos são devidos aos suportes criados para suportar as formas dos objectos. Mas suponho que não me posso queixar muito. A impressora está conosco há sensivelmente um mês e os alunos já produzem para imprimir. Ainda a trabalhar de forma embrionária, a perceber os comos da integração, mas é passo a passo que se constroem os caminhos.

domingo, 8 de março de 2015

Finalizar


Terminou esta semana a acção de formação que o CFAERC me pediu para dinamizar. Quinze horas para aprender um pouco sobre edição de imagem, captura de audio e edição vídeo. Teve um início doloroso, uma vez que a maior parte dos formandos não tinha conhecimentos prévios na área e a estrutura era exigente. Quão doloroso? Digamos que na primeira sessão houve ataques de pânico. Ao longo de cinco sessões puderam aprender a editar curvas de cor e criar imagens transparentes no Gimp, editar vídeo multipistas com efeitos em Vegas, e gravar som com Audacity. Alguns ainda aprenderam a tirar partido da cloud, porque usei intensivamente o Dropbox para me facilitar a vida no arquivo de recursos e ficheiros. Foi gratificante chegar ao final e ver que até os menos afoitos conseguiram criar projectos em vídeo. Era esse um dos objectivos, que esta acção não se destinasse a quem já conhece estas técnicas e programas, mas sim àqueles que pensam que nunca seriam capazes de fazer coisas destas. Havia um pouco de tudo, desde professores de artes a eucadores de infância e uma psicóloga escolar. Já está. Missão cumprida, com boas apreciações dos formandos, e agora é hora de olhar para as formalidades da formação.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Acreditar



Não é todos os dias que podemos escrever... eis os primeiros trabalhos concebidos e impressos de raiz por alunos de sétimo ano na sala de aula. Os primeiros de muitos, esperamos. Os sorrisos traem um misto de alegria com aquele ar nem acreditamos que estamos a segurar naquilo que construímos no computador!

quarta-feira, 4 de março de 2015

Tangibilidade


Sexta feira iremos deixar um aluno muito surpreendido e, esperamos, uma turma ainda mais motivada. É o primeiro exemplo prático de utilização da beethefirst para materializar projectos criados por alunos neste semestre. Ainda não o é totalmente na sala de aula, porque houve operações de teste para verificar. Mas, com sorte, o próximo será.

Com este finalizado, percebemos alguns pormenores a afinar, especialmente no que toca à estrutura dos objectos. Entre remeshing e escalagem os pormenores mais pequenos perdem-se, e isso pode compremeter a integridade do modelo final.


Para criar este simpático robot o aluno de uma turma de sétimo ano modelou utilizando o Doga L3 por assemblagem de elementos. Pegámos no resultado final em VRML e depois começou o trabalho de bastidores. No Meshlab convertemos para collada. O ficheiro convertido foi importado para o Sketchup para se juntar a uma base. O resultado foi exportado como collada, aberto no Meshlab para converter para STL. Usando o Meshmixer transformou-se as várias peças num sólido oco. Como esta operação tem tendência a disparar a contagem de polígonos do modelo, usou-se o Meshlab para operações de remeshing, diminuindo os polígonos do modelo. Quando chegámos a uma contagem razoável, voltámos a exportar como STL que foi validado pelo Netfabb. O beesoft fez o resto.

Parece complicado, não parece? Falta-nos, de facto, um utilitário simples que transforme os modelos cheios de geometria interior criados pelos alunos num sólido. Modelar num programa mais avançado, como um ZBrush ou blender, poderia facilitar o processo (pelo que tenho lido, nem por isso). Mas a complexidade destes não torna viável a sua aplicação no nível de ensino onde nos situamos. Ficamos com estes processos que são mais simples do que parecem, dependem de muitos passos que não são iguais para todos os modelos. Apesar de toda a promessa, a impressão 3D é um processo estupendamente artesanal. Mas o que realmente vai saber bem vai ser ver o sorriso na cara do aluno quando pegar no objecto que modelou no computador.