quarta-feira, 27 de abril de 2016

Clubes de Programação e Robótica

A boa notícia do dia: as TIC em 3D são, oficialmente, Clube de Programação e Robótica. Fomos apoiados como Clube de Programação e Robótica, no âmbito do recenseamento a estas iniciativas por parte da ERTE-DGE. Apesar de desenvolvermos mais as vertentes de arte digital do que programação e robótica puras, é excelente passar a fazer parte desta rede de espaços que, em escolas de todo o país, procuram novas formas de estimular a aprendizagem e o uso de tecnologias, com muita criatividade, esforço e dinamismo. A lista completa de escolas apoiadas pode ser consultada aqui: Clubes de Programação e Robótica 2015/2016.

Ajuda a financiar filamento, acessórios para os drones (baterias e hélices, que o resto imprime-se), e talvez nos permita avançar com algo específico para o primeiro ciclo.

PDW Coding and Robotics


Próximo desafio: estar presente no Personal Development Workshop eTwinning Coding and Robotics organizado em Braga, com tarefa tripla: imprimir modelos alusivos ao evento, e dinamizar dois workshops sobre impressão 3D em parceria com professores da Estónia. De 5 a 7 de maio, a aprender e partilhar em Braga!

sábado, 23 de abril de 2016

Instantes


De regresso ao espaço habitual, imprimindo os projectos dos alunos. A inovação nasce aqui, no terreno. As ideias surgem e são desenvolvidas no diálogo da sala de aula.


No arranque oficial de um dos próximos desafios, no Espaço Noesis, com a coordenadora das bibliotecas escolares do Agrupamento, a coordenadora concelhia das bibliotecas escolares, o director do agrupamento e o humanóide das TIC em 3D. Em breve, a biblioteca do AE Venda do Pinheiro vai ser um mini-fablab!


Enquanto estive pela Qualifica, os alunos tiveram aula de substituição. Como ainda não estão suficientemente avançados para um trabalho autónomo que sobrecarregue o professor disponível para estas aulas, optei por um trabalho clássico de pesquisa. Já me confidenciaram que os meus colegas têm terror de me substituir, por medo dessa coisa complicada que é a aula de TIC. Já os alunos... nem quando falto se livram do 3D.


Olhe, professor, fiz H2! E fez muito bem, é gás de hidrogénio. Ter a impressora numa sala de aula que não é exclusiva das TIC não nos é possível, mas a porta do gabinete de trabalho está sempre aberta. Se nos intervalos me esquecer de dar um salto à sala de professores para ir tomar um café... já sei que serei invadido por alunos curiosos, que querem saber o que é que se está a imprimir.


Mais um projecto quase terminado. No âmbito do Ciência na Escola os alunos criaram estas moléculas em 3D. Os modelos impressos estão prontos, os modelos virtuais também. Resta finalizar e escrever os relatórios.

Cá estão os alunos a modelar... ácido nítrico?


Quinta feira é o dia da Programação no 1 CEB. Estamos a experimentar como usar os drones em actividade com os alunos. Para já, sentamo-nos no chão com os alunos e começamos a testar blocos de comandos. É um início, e estamos a aprender!


Numa destas tardes, fomos visitados por alunos do 4.º ano da EB 1 da Venda do Pinheiro. Não os que já trabalham nos projectos de programação, mas os de outras turmas. Não resisti a convidar a professora titular a passar pelo nosso canto. O melhor comentário? O de uma criança que ao tomar contacto com a impressora 3D me diz eu não acreditava que elas existiam!


Para terminar a semana, a preparação do nosso próximo desafio, para o encontro eTwinning em Braga. Pequenas recordações, a imprimir lá, e um teste para um objecto multicolor que depende de encaixes com precisão.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Caminhos


O rescaldo da nossa presença no Qualifica 2016, Exponor. De 14 a 17 de abril rumámos ao Porto, integrados no espaço Ambientes Educativos Inovadores da Direcção Geral de Educação. Encarregues da área dedicada à impressão 3D, fomos desafiados a mostrar e demonstrar como se pode integrar esta tecnologia na escola, quer na sala de aula de TIC, quer em projectos interdisciplinares. A estrutura do evento, bem como a experiência, equipamentos e contexto, foi similar à da presença na Futurália 2016.


Desta vez, optei por mostrar resultados tangíveis do trabalho desenvolvido pelos alunos. As moléculas do Ciência na Escola foram o grande destaque, bem como alguns objectos mais interessantes e bem conseguidos.


Esta beebot acompanha-nos desde a Futurália na zona dedicada à aprendizagem de programação em contextos de pré-alfabetização. Recriá-la em 3D foi um desafio que veio desse evento, e que foi impresso agora.


O espaço 3D, ao contrário das restantes zonas da Sala, não tinha ajudantes para demonstrar as utilizações. O que não quer dizer que tivesse de ser eu a fazer tudo...


Porque é que a Bee está aberta? Considero que não chega olhar para a impressora em funcionamento. Quem nos visitava saía a perceber como se modela em 3D, quais os usos dentro da escola, e via um pouco das entranhas de uma impressora em funcionamento. Demonstrar, mostrar, desmistificar, ajudar a compreender. Outros preferem apenas mostrar. Mas eu sou professor, tenho de explicar e transmitir conhecimento.


A curiosidade desperta-se com a simples presença desta máquina, mas para que esta se sustente há que ir mais longe, explicar, motivar, e mostrar que está ao alcance.


Claro que durante o evento foi crescendo o acervo de impressões 3D dos desafios ERTE-DGE. Muitos piscas, em 2.5 e 3D, e símbolos eTwinning.


A apresentação não é tudo, mas captar o olhar com formas interessantes e cores vivas ajuda. Apesar de estar ligado às TIC, as preocupações artísticas com forma, cor, volumetria e estética são fundamentais para o trabalho das TIC em 3D. Esta tecnologia está, em termos pedagógicos, num ponto de cruzamento entre as TIC e as Expressões. O domínio técnico das ferramentas não implica, por si só, bons resultados. A contribuição de uma visão estética potencia o que se pode fazer com estes meios.


Com algum humor à mistura. Alas, poor Yorick, I knew him well...


Num dos dias tive de estar semi-ausente, como participante noutro evento portuense. Como a impressora é um robot que trabalha muito bem sozinha,  deixei-a de manhã a imprimir um projecto de 7 horas. Ficou pronto em cinco...


No último dia testei um projecto para o próximo desafio das TIC em 3D. Quatro horas de impressão, e deu para perceber o que há a melhorar ou a afinar.


Aproximem-se. Não morde, mas pode queimar... e daí levantar a tampa e mostrar por dentro o que é a impressão 3D. Para se perceber o potencial disto tem de se ir mais longe do que o simples deslumbre.


Diria que enquanto houver estrada para andar... continuar-se-á. Espero ter estado à altura do desafio colocado pela Direção Geral de Educação, representando o Agrupamento de Escolas Venda do Pinheiro. O apoio da BEEVERYCREATIVE foi fulcral, quando uma avaria na impressora cedida à DGE para o evento foi resolvida na hora, logo na quinta de manhã. A simpatia e disponibilidade do pessoal da Bee é fantástica, e a beethefirst+ um mimo, apesar de considerar que no nível a que trabalho a Bee original é mais adequada. Não prevejo, nas actividades que tenho previstas, imprimir em ABS, nylon ou laywood.

Este desafio foi, como sempre, motivador e recompensador. Aliás, pedirem-me para passar quatro dias de volta de impressoras 3D... awesome, certo?

ticEDUCA 2016


É sempre bom abrir o email e ser notificado que um artigo proposto sobre impressão 3D na educação foi aceite no ticEDUCA 2016! É também recompensador ler os comentários do avaliador:

"O texto "IMPRESSÃO 3D EM TIC: EXPERIÊNCIAS DE INTRODUÇÃO", aborda uma temática importante, atual e de interesse para o ensino e aprendizagem. Embora, seja uma investigação que como o autor denomina introdutória ela já revela que poderá ser um recurso a mais para o ensino básico. Mas, a investigação não acrescenta nada de novo ao que já foi publicado em julho de 2015."
 Bem observado no que toca ao nada de novo. É algo difícil de demonstrar, porque de 2015 até agora o que se passou foi um fortíssimo intensificar deste trabalho, consolidando a sua usabilidade em sala de aula. O que temos de novo é essa intensidade, o alargar a um maior número de alunos, novos projectos, desafios externos. Teremos de expressar isso melhor no texto revisto.

sábado, 16 de abril de 2016

Instantes


Temos oxigénio na mesa de impressão.


E temos moléculas na palma da mão. 


Estamos ao serviço da Direção Geral de Educação, a imprimir em 3D na Qualifica.


Uma abelinha modelada em 3D no Tinkercad a partir de uma Beebot, impressa numa Beethefirst+... isso é um pouco recursivo.


Não chega ver, apenas. Há que ver por dentro, perceber como funciona, demistificar. Não é magia, é ciência e tecnologia.


"Estou a filmar o meu nome a ser impresso... "
 

A galeria desafios DGE vai crescendo.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Qualifica 2016


De 14 a 17 de abril estamos na Exponor, na Qualifica, ao serviço da Direção Geral de Educação. Quatro dias a demonstrar o que é possível fazer com Impressão 3D e educação, com projectos concretos, integrados nos currículos, e vindos do terreno.

terça-feira, 12 de abril de 2016

A Invasão do 3D no Cinema e na Televisão


Carlos Henriques (2010). A Invasão do 3D no Cinema e na Televisão. Casal de Cambra: Caleidoscópio.

Uma introdução à moderna estereoscopia em cinema e televisão, focalizando nas técnicas de trabalho, na tecnologia e equipamentos disponíveis, implicações fisiológicas, estética, potencial e aplicações no cinema, televisão e outras áreas. Foca-se exclusivamente no 3D enquanto tecnologia de espectáculo estereográfico, ignorando outra vertentes que não caem no âmbito do livro.

domingo, 10 de abril de 2016

LEO The Maker Prince


Carla Diana (2013). LEO The Maker Prince. Nova Iorque: Maker Media.

Um livro dedicado a explicar o que é a impressão 3D aos mais novos. Estruturado como história infantil, mostra diferentes utilizações e vertentes desta tecnologia. O foco está na sua capacidade de despertar a criatividade numa perspectiva fazedora, quer artística quer técnica. Consegue ser conciso, preciso e acessível na forma como aborda os conceitos elementares da impressão 3D.


A imagem do robot com um braço aquece e que tece camadas sucessivas de plástico quente que se tornam objectos é encantadora.

sábado, 9 de abril de 2016

Instantes


Não são instruções de montagem, mas usar dispositivos móveis para pesquisar referências de imagem.


Os alunos do Ciência na Escola começaram esta semana a montar os seus modelos moleculares impressos em 3D.


E, numa semana intensa, foram visitar os laboratórios do ITQB.


A abrir os horizontes e a aprender mais sobre ciência.


Por si só, os minidrones são brinquedos. Mas aliados à programação, estão ao serviço da aprendizagem. Tanto quanto sabemos, não há experiências prévias deste género de actividades por cá, por isso temos de arriscar, mandar a ideia formal de aula às urtigas, sentar-mo-nos no chão com os alunos de tablet em riste e experimentar. E se... forward X segundos, qual o ângulo, por onde é que ele irá...? Vamos experimentar?


Apesar dos drones serem relativamente seguros, quando trabalhamos com crianças todo o cuidado é pouco. Experimentamos uma armação criada por um utilizador do Thingiverse, pensada para proteger as hélices mas que com os nossos drones pode ajudar a proteger os meninos. 


Mesmo no final da semana, terminou-se o modelo da molécula que após ingerir não convém conduzir, operar maquinaria pesada ou fazer declarações nas redes sociais: o etanol. Ou cãozinho, como prefiro chamar-lhe.


Para o fim de semana, alguns dos professores envolvidos no Code2Fly, o projecto dos drones, foram ao Centro de Estudos de Fátima aprender a programar com o Tynker. Pessoalmente, adorei ver os meus colegas do primeiro ciclo e professores bibliotecários entusiasmados a programar, cheios de ideias, deliciados com o que obrigavam os drones a fazer. São momentos que fazem valer o esforço envolvido nestas TIC em 3D.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Visita ao ITQB


Hoje, os alunos da turma envolvida no projecto Moléculas na Palma da Mão deslocaram-se em visita de estudo ao Instituto de Tecnologia Química e Biológica. Esta visita está inserida nas actividades previstas para o desenvolvimento do projecto, no âmbito da iniciativa Ciência na Escola - Fundação Ilídio Pinho


A visita iniciou-se com  uma apresentação, da parte dos alunos, do trabalho já concretizado até agora, incluindo alguns dos modelos moleculares impressos em 3D. Objectos de despertaram a curiosidade e fizeram sorrir os investigadores que nos acolheram.


Para já, água, dióxido de carbono, propano e metano. Para a próxima semana esperamos montar moléculas que envolvam azonto e enxofre.


O Prof. Carlos Romão levou-nos a conhecer o seu laboratório de Química Molecular, onde investiga compostos químicos com utilização em medicamentos. Os nossos alunos ficaram a conhecer os meandros destes espaços, tomaram contacto com os equipamentos, e descobriram os efeitos que o azoto líquido tem sobre os materiais. 


A Dr.ª Célia Romão levou-nos a conhecer o seu espaço de investigação, a estrutura tridimensional das proteínas, também com o objectivo de aplicações na saúde. Os alunos ficaram a conhecer a cristalização das proteínas para investigação, as representações tridimensionais que permitem aos investigadores estudar as relações entre compostos, e visitaram a sala de cristalografia por raios X, que permite ver dentro das substâncias. Ainda ficaram a conhecer outro efeito do azoto líquido, que os encantou.

Esta visita permitiu aos nossos alunos tomar contacto com uma realidade muito diferente da que estão habituados, tendo tido um vislumbre do que é um laboratório de investigação científica e de como se desenvolve o trabalho de investigação em ciência. Esperemos ter contribuído para alargar os seus horizontes, despertar a curiosidade, aprender um pouco mais fora do contexto das aulas, e quem sabe, inspirar alguns a tornarem-se, também, cientistas.

Agradecemos à Dr.ª Célia Romão e ao Dr. Carlos Romão o caloroso acolhimento, bem como aos restantes elementos do ITQB que nos acompanharam. Os alunos adoraram! E os professores também. Deixámos alguns registos fotográficos na galeria Visita de Estudo - ITQB.


terça-feira, 5 de abril de 2016

Maker Week

 

Achei que havia qualquer coisa de estranho no posicionamento do pin português neste mapa dos eventos da Europa Maker Week, que apareceu num artigo da Make: Magazine dedicado a esta iniciativa. Não está bem em Lisboa...

... está mesmo no evento do Agrupamento de Escolas Venda do Pinheiro, que será essencialmente um mini-makerspace na Festa das Escolas, com impressão 3D, robots e programação de voo de drones. Calhou bem, as datas alinharam-se.

A página da Europa Maker Week lista os eventos registados até agora.

Confesso que não me sinto contente em ver que em Portugal o único evento Maker Week até agora registado é o das TIC em 3D. Com tanto fablab dinâmico e cheio de ideias por cá, mais ninguém está a aderir? Estranho. E algo enervante, ser uma pequena escola num evento que conta, entre outros, com o FabLab Torino, tutelado por um dos meus ídolos, Chairman Bruce, speaker extraordinário do encerramento do SXSW, figura de proa da ficção científica cyberpunk, futurista convicto de mangas arregaçadas e mãos na massa, cuja conversa anual de início de ano com John Lebkowsky no The Well é sempre imperdível...