sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

How to Teach Computing


Mais um, desta vez pela European Schoolnet Academy. Porque nunca temos certezas nem há conhecimento final. Ou melhor, quando sentimos que temos certezas é boa hora de ir aprender algo de novo que nos amplie o espectro de dúvidas. Curso interessante, que despertou o interesse para o coding e mostrou algumas ferramentas intrigantes. Vamos ver o que consigo fazer daqui.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Pausa


Hora de fazer a pausa natalícia. Agora é momento para as primeiras avaliações formais, ter algum tempo para manutenções de sistema, aquisição de materiais e também descansar um pouco. Em janeiro regressamos para acompanhar os projectos finais dos alunos.

A ironia da imagem é dupla. Os fãs de Doctor Who percebem logo os Weeping Angels, criaturas do espaço quântico que a nossa percepção faz parecer estátuas e que só se conseguem mover quando não são observadas. Daí o não piscar de olhos. É uma variante de Horror do princípio da incerteza de Heisenberg. A segunda ironia tem a ver com o ter escrito blink em etiquetas html. A etiqueta <blink> foi talvez a primeira possibilidade multimédia do html, permitindo colocar texto a piscar. De inovadora a odiada foi um passo curto e os browsers mais recentes recusam-se a reconhecê-la. Podem ter um vislumbre da especificação que o próprio criador considerou a pior coisa que poderia ter feito à internet na wikipedia: Blink element. Por isso, don't blink. Senão os weeping angels devoram-vos. Ou os navegadores ficam hipnotizados pelo texto que pisca.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Dragões


Aqui há dragões.


O que é que irá sair daqui? Algo épico, suspeito. Do início de um projecto final de um aluno do sétimo ano.

Ambições


A começar a olhar para os projectos finais dos alunos, e a encontrar ideias muito prometedoras. Como esta. Parece simples, mas se for concretizada pela aluna será um modelo em Sketchup do dispositivo de Antikhytera. Um projecto muito ambicioso.


Outros são mais óbvios. Aqui o desafio vai ser o de passar para o interior. O exterior está por demais convicente. Dois projectos, ainda incipientes (só se passou uma aula), mas ambiciosos e a entrecruzar a modelação 3D com conceitos directamente ligados à disciplina de TIC.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Hour of Code@AEVP (II)


Iniciar?


A minha sala enquanto Whovian Code Point. Aposto que mais nenhum teve um Weeping Angel a perscrutar. E percebem a ironia de colocar blink como etiqueta html?

Fotografias estáticas destas actividades são banais. Quem as vê contempla momentos fugazes, mas depressa se entedia pela repetividade das imagens. São sempre as mesmas. Vultos inclinados sobre o teclado, contemplando o GUI de programas ou aplicações web no ecrã. Repetíveis pelas centenas de sala de aula que participaram neste evento global.


Palavras-chave. Frases. Reacções. Professor, isto é "bué" fácil! Ainda bem, é isso que se pretende.

A foto não traduz o ruído, o entusiasmo. A concentração num desafio que obriga a pensar. O colocar de hipóteses, o testar, falhar, e testar novamente, Os gritos de alegria quando se consegue. As vozes intrigadas dos alunos, cujos cérebros estão em alta rotação enquanto procuram forma de solucionar os problemas, aprendendo a sequencializar, repetir e aplicar princípios de operações lógicas.


Esta passou-se à minha revelia. Foi uma boa surpresa.

Este ano fiz questão de entregar os certificados do evento Hour of Code. É um papel, sabemos, mas um papel que surpreendeu pela importância que a maioria dos alunos lhe deram. É o meu primeiro certificado, ouvi. Vou emoldurar... mas mais que ouvir, vi o cuidado com que o guardavam entre os dossiers e livros escolares.


Sim, podemos.

Há fotografias que transmitem um pouco da alegria e entusiasmo das mentes fervilhantes dos alunos que participaram neste Hour of Code. Infelizmente, cumprindo com bom senso as regras de segurança na internet, algo de muito importante quando se lida com crianças, não as posso aqui publicar. Os sorrisos rasgados, os dedos em vitória. O olhar orgulhoso que nos diz eu consegui.

Aprender pode ser divertido. Conceitos complexos tornam-se fáceis com abordagens de aprendizagem lúdica. Não é importante que todos aprendam a ser programadores, mas é importante mostrar e estimular, despertando-os mais cedo e consciencializando todos. Por si, aprender o coding não é fundamental. Mas são-no ficar a conhecer, perceber de forma elementar, desenvolver competências de pensamento computacional. Para que as linhas de código subjacentes ao admirável mundo digital não sejam incantações arcanas incompreensíveis para a larga maioria dos nossos alunos. Ao crescer, cada um dos nossos alunos seguirá o seu caminho de acordo com os seus interesses. Pelo menos assim o espero. Quanto mais vislumbres lhes dermos do que poderão fazer, mais elementos lhes fornecemos que lhes poderão ser úteis para construir o seu futuro.

Termina por aqui a Hour of Code deste ano. Mas não terminam as actividades dentro deste âmbito. Criar programas simples em Scratch já está inserido e estabilizado na estruturação de actividades curriculares para o oitavo ano. Para os alunos de sétimo a Hora do Código é uma introdução ao que se seguirá no semestre seguinte. Falta-nos olhar para outros anos de escolaridade. Este ano isso quase foi possível, senão por uma outra actividade. Isto de estar em escolas dinâmicas por vezes complica os planos.

A Hora do Código é um evento anual dinamizado pela Code.org, apoiado por cá pela Anpri que criou uma página no facebook que permite às escolas participantes partilhar registos das actividades. As nossas estão aqui, mas caveat lector: são uma série infinda de rostos debruçados sobre teclados. Por este ano terminou, esperando que o bichinho fique desperto. Para o ano há mais.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

TICem3D@facebook


As TIC em 3D também já têm uma página no facebook: TIC em 3D. Funcionará como complemento desta, aproveitado a facilidade possibilitada pela rede social de divulgar e atingir com rapidez públicos alargados. Ainda está incipiente, mas já saiu da mira técnica. Como todos os projectos, constrói-se com o tempo. Para já fica com a imagem institucional do Agrupamento de Escolas Venda do Pinheiro, porque a simbiose é óbvia. Este projecto não existiria sem os fantásticos alunos que tenho vindo a ter ao longo dos anos, e sem a liberdade e incentivo dados pela direcção a ideias que ultrapassem os restritos âmbitos curriculares.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

HourOfCode@AEVP (I)


Não podíamos deixar de nos juntar à Hour of Code. Neste primeiro dia do evento global os alunos de sétimo ano foram desafiados a experimentar os puzzles do Code Studio, antevendo um pouco do que irão descobrir no próximo semestre, no oitavo ano. Foi uma breve mas entusiástica introdução, que obrigou estes incautos alunos a puxar muito pela cabeça para resolver problemas recorrendo a conceitos de programação.


Visitem a nossa galeria para ver mais registos desta primeira actividade Hour of Code.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Code Point

Code Point com tratamento steampunk.


A preprarar a Hour of Code. Metodologia: dividir os alunos em grupos de dois. Distribuir os grupos pelos pcs, que deverá ser fácil nas turmas com trinta alunos (o ano passado certifiquei-me que aproveitava todos os recantos da sala TIC para expandir de 14 postos para 22, e não foram mais porque achei que convinha respeitar regras de ergonomia). Seguir os desafios Hour of Code com o método condutor/navegador: num desafio um dos alunos interage com o computador, o outro auxlia. No desafio seguinte trocam de lugar, e assim sucessivamente. Este ano envolvem-se as turmas de sétimo ano, uma vez que os alunos de oitavo já estão a usar intensivamente Scratch nos projectos finais. Ainda não é este ano que se lança algo para outros grupos de alunos.

Nefasto 3D

The Neurological Side-Effects of 3D: Uma notícia bizarra sobre um estudo científico que recomenda que as crianças não sejam expostas a visualizações tridimensionais para não correr risco de danos cerebrais inspirou Geoff Manaugh do BLDBLG, tongue in cheek, a ir um pouco mais longe. Porque aqueles que temem os horrores mentais do 3D não estão a levar em conta os efeitos da arquitectura, essa sublime forma de dominar o espaço tridimensional: "we are already surrounded by immersive and complexly 3-dimensional spatial environments, built landscapes often complicated by radically diverse and confusing focal lengths. We just call it architecture". E se, em nome da saúde infantil, as crianças não pudessem entrar em determinados edifícios para que o seu desenvolvimento cerebral não seja prejudicado? Os edifícios ostentarem nas entradas avisos de "contemplar a arquitectura desta edificação poderá prejudicar a sua saúde cerebral"? Faz lembrar um pouco as arquitecturas insanas de Borges ou Lovecraft. Estudar os efeitos secundários no cérebro de conjugações de ângulos com superfícies curvas, do equilíbrio de massas ou do efeito da luz sobre as geometrias arquitectónicas?

A ideia do 3D como danoso para o desenvolvimento cerebral tem o seu quê de ridículo. Desenvolver a abstracção e percepção espacial, aliás, é coisa que se faz pouco nas escolas, onde impera o plano bidimensional de representação. A questão do estímulo à percepção visuo-espacial é uma das preocupações por detrás destas TIC em 3D. Mas, pessoalmente, fiquei intrigado com a ideia de poder estar a traumatizar os alunos quando lhes ensino perspectiva, ou a trabalhar com ferramentas 3D...

domingo, 7 de dezembro de 2014

Incantações


A elaborar a personalização do evento de introdução aos códigos aetéricos cujas incantações algorítmicas insuflam de vida os engenhos diferenciais. Mas, hmmm, não sei. Acho que a moldura está a mais.

Allons-yyY!


Mas claro. Este ano com os alunos de sétimo ano. Queria fazer algo para o segundo e terceiro ciclo no Centro de Recursos, mas no único dia possível fui cooptado para acompanhar uma visita de estudo a Lisboa. Fica para a próxima Hour of Code.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Workshop Animação 3D


Hoje, no Museu das Comunicações. Na Sala de Aula do Futuro, com um toque whoviano porque, enfim, há que puxar pelo meu lado g33k.


No workshop fez-se uma introdução à modelação 3D utilizando o Doga L3, programa muito interessante para introduzir conceitos de espaço, perspectiva e workflow de trabalho em 3D. Em seguida aprendeu-se a utilizar o Bryce para criar renders realistas e animação. Gostei de ver o sorriso no rosto dos participantes quando conseguiram criar uma primeira animação com uma simples esfera a mover-se no espaço.


Uma garrafa faz muito jeito para mostrar o conceito de fotograma chave. Mas convém verificar se está bem fechada, não vá haver algum acidente. Obrigado a todos os participantes, e um agradecimento à direcção da Anpri pela faísca e por se estar a revelar tão dinâmica, abrangente e transdisciplinar. É um gosto colaborar com gente interessante. Este desafio está encerrado. Espero que tenha aberto o apetite por estas vertentes de trabalho com criatividade digital. E venham os próximos desafios!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Iniciar a finalização


A terminar a semana em que se iniciou a conclusão deste primeiro semestre de TIC. Agora o desafio está nas mãos dos alunos: aplicar o que aprenderam em projectos de trabalho propostos por eles. Há temas, claro. No sétimo ano podem modelar em 3D elementos de computadores, objectos da história da computação, ou património arquitectónico histórico. Para o oitavo o tema é a segurança digital, em vídeo ou em Scratch. Aqueles alunos que têm ideias bem estruturadas têm maior liberdade de temas. Na imagem, um ínicio de trabalho de um aluno que se atirou ao computador. Se isto é o início, vou esperar um final espectacular.


Para aqueles mais criativos, ou com forte aptidão para estas áreas, o tema é livre. Interessa-me que criem os seus projectos, se metam em alhadas para concretizar ideias, falhem, aprendam, gerem desenvoltura nas ferramentas. Estou lá para auxiliar no que for preciso, se bem que a maior parte das vezes o auxílio que dou é dizer-lhes para tentar novamente, ou tentar de outra forma. Apetece pegar no rato e resolver o problema com três cliques, mas o que interessa é que o aluno perceba como o resolver por si.


Finalmente, mesmo a tempo. Lá ganhei pachorra para actualizar drivers das placas gráficas onboard dos computadores PTE. Resultado: o Minecraft está de volta à minha sala de aula. Mesmo a tempo de dar resposta ao aluno que quer modelar um computador no jogo. E, se calhar, talvez eu experimente isto a sério...

(Curiosamente noto menos interesse pelo jogo nos alunos do que nos anos anteriores. Se calhar o Notch livrou-se a tempo do jogo e Microsoft, a pensar que tem ali uma cash cow garantida, vai suportar o declínio do interesse no jogo.)

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Alunos manientos


Eu a querer desafiar os alunos para modelar em 3D com temas de acordo com as metas curriculares de TIC e eles a quererem construir casas e castelos e viagens no espaço. Que mania a destes alunos, de pensar pela cabeça deles!

Na imagem duas alunas a iniciar o seu projecto final, ainda vagamente definido como um centro comercial com lojas, stor, mas o vapor das nuances já se está a condensar em ideias concretas. Como, por exemplo, recriar o logotipo de uma loja de roupas modelando as letras com ferramentas de traçagem.

Mais a sério, tenho uma preocupação com a integração das metas curriculares com esta vertente de exploração um pouco diferente do expectável nas TIC. Uma forma óbvia é usar conceitos como as historia e evolução da computação para temáticas de trabalho. Algo que esta turma rejeitou praticamente em bloco. Pronto, certo, houve dois que se interessaram por recriar em 3D artefactos da história da computação, Dois. Em trinta. Porque este tipo de ferramentas desperta-lhes a criatividade e a capacidade de conceber, definir e trabalhar num projecto individual ou em pequeno grupo é outro dos focos quer das metas quer das metodologias que trago comigo deste os tempos de Educação Visual e Tecnológica.

De forma indirecta há maneiras muito simples de abordar temas das metas. Organização, utilização correcta na interacção com o sistema operativo, partir uma tarefa complexa em elementos mais simples, seguir procedimentos, utilizar redes para comunicar e salvaguardar ficheiros, pesquisar, esboçar e construir esquemas mentais que lhes permitam desenvolver um projecto.... entre outras que o cansaço de um longo dia me impede de enumerar.

O que vale é que sou um chato e tenho mais duas turmas de sétimo ano para convencer a modelar tubos de vácuo, o interior de um computador ou (cinco garantido para quem se atrever a esta) recriar o mecanismo de Antikhytera.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014