domingo, 27 de maio de 2012

3D Alpha @ IPCE


Estivemos presentes na conferência Investigação, Práticas e Contextos em Educação que decorreu em Leiria nos dias 25 e 26 de maio. Abrangente e multidisciplinar, permitiu divulgar uma grande quantidade de trabalhos, análises e experiências realizadas no domínio educativo, das quais as TIC na generalidade foram um aspecto focado. As actas do congresso estão disponíveis aqui: Livro de Atas IPCE.

O 3D Alpha participou com um poster e comunicação. O cartaz relativo ao 3D Alpha esteve patente em lugar de destaque, à entrada da sala que reunia os posters.

A diversidade de partilhas foi enorme, e gostaria de partilhar algumas que se distinguem pela sua relevância e interesse.
Nelson Jorge apresentou o trabalho ainda em alfa da equipe a que pertence na comunicação Realidade Aumentada em Educação: projecto de e-Learning aplicado na área da saúde. Despertou logo a atenção pela demonstração de aplicações web based de realidade aumentada. Quanto ao projecto em si, distingue-se pelas vertentes de tecnologia móvel e integração com plataformas de e-learning. Foi interessante ficar a saber que as primeiras experiências utilizam o 123D da Autodesk e o Blender para criação de objectos virtuais acoplados a apps web based para visualização. O VRML/X3D poderiam ser aqui umas boas achegas a esta ideia, mas a sua integração com plataformas móveis (iOS e android) ainda está incipiente. É mais uma ideia para aguardar até que o WebGL e o HTML5 se dêem bem com VRML/X3D e sistemas operativos para tablets e smartphones.

Nas sessões plenárias destacam-se as comunicações Inclusão: diferenças festejadas e silenciadas na escola e Net Generation: novas tecnologias, novas aprendizagens. Na primeira, Maura Lopes da Unisinos transformou o que parecia à partida uma observação sobre escola inclusiva e necessidades educativas especiais numa pertinente reflexão sobre o poder das terminologias em diluir a gravidade das situações. João Matos partilhou intrigantes reflexões sobre o como aprendemos, influência das tecnologias na aprendizagem, diferenças geracionais apreciáveis nas formas de agir e apreender o mundo, evolução conceptual da tecnologia e necessidade de repensar espaços e currículos para novas gerações que pensam de forma diferente.


O painel em que participámos foi  interessante  pela consonância de temáticas abordadas  relativas a arte, tic e educação. Luís Noivo e Paulo Ferreira apresentaram o Projecto Go! de utilização de GPS e georeferenciação em contextos interdisciplinares. Já conhecia este trabalho e foi interessante ver a evolução que fizeram para o intrigante campo da geoarte (percursos traçados com GPS que formam imagens sobrepostos sobre os mapas). Fernando Rodrigues reflectiu sobre os desafios da hipermodernidade, estética, imagem mediada pela tecnologia e alterações de comportamento geracionais potenciadas pela tecnologia na comunicação Aprender a Olhar na Era da Técnica.

Apresentámos uma panorâmica do 3D Alpha nas vertentes de animação 3D e criação de mundos virtuais em VRML/X3D, enfatizado o carácter criativo do projecto, a utilização destas tecnologias por crianças, a possibilidade de trabalhos interdisciplinares que permitam transferência de aprendizagens entre diferentes áreas, aprendizagens efectivas com esta vertente de utilização das tic... e umas divagações sobre McLuhan, nova estética, 8 bit, virtualidades e hábitos de consumo mediático. A hora marcada para a apresentação já implicava noite a aprofundar-se no final de um dia longo.

Balanço final: estas coisas não funcionam na base do build it and they will come. Há que fazer trabalho de formiguinha e divulgar, divulgar, divulgar. Vai-se conquistando interesse e gerando novas ideias. O interesse foi assinalável, com alguns pedidos de especificação das tecnologias e métodos de trabalho.

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