"No sistema de ensino superior que abrange o ensino das artes plásticas, com criatividade, na qual se espera que participem os estudantes, resta fazer com que a GD (geometria descritiva), herdeira de Monge, possa também investir pelo fantástico mundo da realidade virtual e das imagens digitais colocado à nossa disposição pelas ciências computacionais, fazendo com que a disciplina se emancipe do desenho arquitectónico ao qual esteve desde sempre ligada, e também possa incidir decididamente sobre a escultura, pintura e áreas afins." (p.24).
Charréu, L. (2000). A Geometria Descritiva (GD) Nos Currículos das Artes Plásticas em Portugal: Fundamentos e Objectivos, Repensar a sua "Utilidade". Imaginar, revista da Associação de Professores de Expressão e Comunicação Visual nº.35, Março 2000, 23-26.
Coisas do inconsciente colectivo. Estava eu a preparar-me psicologicamente para falar de 3D na sala de aula quando ao folhear uma das revistas da APECV dou com esta citação deliciosa. Fiquei surpreendido. Já em 2000 a pensar-se que o computador trazia possibilidades estéticas para a sala de aula. Catorze anos depois consegue-se fazer isso no ensino básico. E a geometria está lá, usada pelos alunos de forma tão intuitiva que se não se parar para lhes apontar que estão a trabalhar com sistemas de coordenadas, malhas poligonais, planos e sistemas de representação mal se apercebem disso.
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