Este ano quis regressar ao Robô Oeste, o evento de robótica organizado pelo AE S. Gonçalo, que graças ao impressionante trabalho de Jaime Rei se tornou uma referência global nos campos da robótica educativa. Apostei num grupo de alunos de 6º ano, para lhes dar o gosto deste tipo de encontros com competição amigável, bem como do vencer a complexidade de montar os equipamentos. Tice ainda o gosto adicional de acolher uma colega na equipe, professora de Educação Tecnológica na minha escola, que após um desafio infrutífero aos seus colegas (o que me surpreenderia é se a algum deles tivesse, momentaneamente, passado pela cabeça experimentar isto, conheço alguns há mais de uma década e sei que para eles a tecnologia educativa se resume ao powerpoint; sei de alguns que há 25 anos que fazem exatamente os mesmos projetos com os alunos) falou comigo para poder participar.
Neste evento, começamos com um saco de componentes e, depois de muita soldadura e programação, acabamos a meter os robots a seguir linhas em pista. É um bom desafio, pese embora o nicho do Picaxe, e se sei que dificilmente retiro aprendizagens práticas deste robot específico, são os processos, o de montar e o de programar, o que realmente importa na aprendizagem das crianças.
Infelizmente, este ano Murphy interveio e a aposta não foi bem sucedida. Na véspera do evento dois dos três alunos da equipe tiveram percalços ou adoeceram. Na manhã da partida, fiquei reduzido a um aluno. Que aproveitou muito bem o evento, foi ele que realizou a maior parte da montagem do robot, mas ao longo dia começou a revelar sinais de mal estar. Mais um a adoecer (e, confesso, eu também só me estava a aguentar à força de paracetamol). Estar presente num evento de robótica e ficar com a equipe dizimada por vírus foi, para mim, uma primeira vez.
Registo como saldo negativo os meus alunos não terem tirado benefício deste evento. Já a minha colega, imparável e entusiasmada, apesar de não ter bases de programação e robótica, não me deixou desistir. Com alguma ajuda, lá se conseguiu que o robot seguisse a linha. Uma vitória, um fim de semana bem passado (teria sido mais agradável sem aquela sensação corporal de tareia gripal), mas tenho pena que o meu principal objetivo, que era o de dar esta experiência aos alunos, tenha saído gorado.
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