O António Rodrigues, intrépido líder do CCEMS, recordou-me a brincadeira que fiz há uns meses no seu encontro das TIC na educação - iniciar uma discussão sobre IA pegando na Mulher 100 Cabeças, o romance-collage surrealista de Max Ernst, e apresentá-lo como uma obra gerada por IA, inventando que Ernst teria treinado um algoritmo exclusivamente com gravuras da imprensa do século XIX para chegar aos resultados. Confesso que da primeira vez que fiz esta brincadeira fiquei a pensar que passei um atestado de ignorância aos presentes. É apoquentador levantar o nome de um dos maiores artistas do século XX numa plateia de professores e ninguém fazer expressões de reconhecimento, espero francamente que isso se tenha devido a não serem das áreas artísticas. Só a expressão "livro gerado por uma IA treinada por Max Ernst" deveria chegar para se perceber a piada. Neste sábado, tive um pouco mais de cuidado, repeti a história (com um rodeio à editora &etc), deixando claro que faço esta brincadeira para desmontar alguns mitos sobre a IA, mostrar, também, em grosso modo como é que funciona o processo de geração, e levar a perceber como é fácil cair em falácias quando se aborda estas tecnologias.
Foi uma sessão casa cheia, até com a presença de colegas que não se tinham inscrito, a refletir sobre IA mas também a ter tempo de meter as mãos na massa e mexer nalgumas ferramentas. Foi interessante ver a aproriação feita de acordo com o tipo de trabalho que desenvolvem. Docentes ligados às Ciências ficaram intrigados pela facilidade com que o Ideogram permite gerar imagens com frases coerentes (perfeito para projetos com cartazes); os de primeiro ciclo adoraram a opção de animaçao de zonas de segmentação da Kling, uma forma de dar vida aos desenhos dos seus alunos.
A sessão, ACD, é acreditada pelo CFAERC e decorreu para docentes ligados ao AE Venda do Pinheiro.
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