quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Maker Faire Galicia: Projetos Educativos


Estivemos na Maker Faire Galicia, como elementos do projeto Robot Anprino. Este encontro maker reuniu cerca de quarenta projetos na cidade de Santiago de Compostela. Alguns deles estavam diretamente ligados à tecnologia e cultura maker na educação.


Este robot de aspeto DIY chama-se Escornabot. Baseado em arduino, pode ser conduzido via bluetooth ou programado com botões. Não descortinei outras formas de programação. As peças são impressas em 3D, mas o robot só pode ser montado numa configuração única. Não deixa de ser um projeto interessante de robótica educativa open source.


Descobri este robot, bem como o vírus gigante cuja foto abre este post, no espaço do VermisLAB, um atelier maker que co-organizou esta Maker Faire. Os visitantes puderam descobrir os projetos dos seus alunos e participar em workshops para crianças. O mais interessante? O projeto de harpa laser que os alunos podem construir. De resto, é um espaço que trabalha o habitual - Scratch, MakeyMakey, robótica e programação. Digo o habitual, sabendo que na educação, cá e talvez lá, este tipo de projetos são a exceção e não a regra.


Uma escola galega (não fiquei com a referência) trouxe entre as suas atividades esta fantástica ideia para o ensino de ciências: uma tabela periódica gigante, onde cada espaço contém ou os elementos, ou os materiais do dia a dia do qual são componentes.


O Trainnova era o outro espaço Maker integralmente dedicado à educação, com forte pendor para a impressão 3D. Mostraram um dos seus projetos, que mistura robótica, programação, e impressão 3D num cenário de aprendizagem que explora o património cultural da Galiza. O objetivo é criar um percurso, seguido por um robot Ozobot, que mostre o caminho inglês dos peregrinos a Santiago. Ao longo do caminho passa pelos marcos arquitetónicos impressos em 3D. Um cenário de aprendizagem interessante.


Foi neste espaço que descobri este simpático robot: o Robobo, criado por uma spin off da Universidade da Coruña. A carapaça contém um kit de sensores, que é aumentado pelos sensores de um telemóvel. Pode ser programado por bocos, javascript ou ROS. O que me intrigou no projeto foi a forma como integra o telemóvel enquanto elemento do robot: elemento de conexão, ecrã de apresentação de informação, e sensores extra para a máquina. Infelizmente, com preços na ordem dos 300€, pareceu-me economicamente pouco viável. Se fosse 200€ mais barato arriscava e trazia um comigo...


Sai um tapete com cenário de aprendizagem para beebot? Infelizmente, não me explicaram o seu objetivo.

(Olhando para o portfolio do Trainnova, fico com a sensação que eles fazem praticamente as mesmas atividades que faço em sala de aula e clube de robótica, mas têm uma empresa para isso. Eu, ganho o mesmo do que se me limitasse a dar aulas de word e powerpoint.)


E, para terminar, robots da Hebocon. O que é uma Hebocon? Uma competição em que os participantes competem com os robots mais estapafúrdios. As regras são usar materiais reciclados, e ser o mais absurdo possível.


Apesar da maior parte dos projetos na Maker Faire Galicia não serem especificamente de educação, este evento teve um enorme pendor nesse sentido. A maior parte dos workshops era dedicado a crianças, e notou-se uma forte presença de famílias no evento. Ah, claro. Crianças e robots anprino... é sempre uma delícia vê-las interagir com os nossos robots.

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