segunda-feira, 9 de março de 2020

Workshop Captura do Real com Telemóvel, Lisboa


Dia 7 de março, no encontro de balanço sobre as aprendizagens essenciais da ANPRI, um momento hello world: o primeiro workshop de captura 3D com telemóveis para educação.



O objetivo era ambicioso, desafiar os formandos a experimentar a digitalização 3D em dispositivos móveis com a Display.land, e em seguida trabalhar a sua captura para impressão 3D combinando o Meshlab, netfabb e 3D Buiilder. Esta segunda parte acabou por funcionar mais em modo de demonstração do que em exercício prático, mas lá está. Foi a primeira vez que se fez este workshop, em parte permite perceber o que funciona e não funciona.


A parte mais divertida da sessão? Quando os formandos vieram para a rua fazer as suas primeiras experiências de fotogrametria. O espaço da escola Dom Dinis não é dos mais inspiradores para este tipo de atividades, mas alguns detalhes naturais e arquitetónicos permitiram aos formandos experimentar o processo de captura.


Outros, mais ambiciosos, optaram por tentar capturar objetos mais próximos.


E como a tecnologia permite estas coisas, deu para uma espécie de foto de grupo em 3D. O foco era a estátua, mas a captura incluiu o que estava ao seu redor, o que significa que os participantes foram apanhados ao ver-me demonstrar uma captura espiralada de um objeto.

Este workshop foi experimental, o primeiro em que este tipo de tecnologias 3D foi experimentado por professores. Algumas notas de melhoria: a app Display.land depende dos serviços AR Core da google, que não estão ativos em todos os dispositivos android. Este é um elemento problemático, quando cerca de metade dos formandos não tem possibilidade de correr a aplicação nos seus dispositivos. Por outro lado, sabemos que há investimento por detrás do desenvolvimento da app no sentido de encontrar outras formas de fotogrametria sem os dados captados pelo AR Core. Acresce a capacidade das redes wifi disponíveis, que impediu a visualização rápida dos resultados das capturas. O colocar os formandos com a mão na massa, desenvolvendo um fluxo de trabalho de processamento de modelos 3D resolve-se com uma estruturação diferente. Apesar das falhas, o workshop teve saldo positivo, especialmente quando alguns dos participantes viram as suas primeiras capturas 3D nos seus dispositivos. Foram verdadeiros pioneiros, ou, talvez mais apropriadamente, cobaias.

A faísca ficou lançada, vamos ver o que irá sair daqui.

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