domingo, 26 de janeiro de 2025

Robô Oeste 2025


Este ano quis regressar ao Robô Oeste, o evento de robótica organizado pelo AE S. Gonçalo, que graças ao impressionante trabalho de Jaime Rei se tornou uma referência global nos campos da robótica educativa. Apostei num grupo de alunos de 6º ano, para lhes dar o gosto deste tipo de encontros com competição amigável, bem como do vencer a complexidade de montar os equipamentos. Tice ainda o gosto adicional de acolher uma colega na equipe, professora de Educação Tecnológica na minha escola, que após um desafio infrutífero aos seus colegas (o que me surpreenderia é se a algum deles tivesse, momentaneamente, passado pela cabeça experimentar isto,  conheço alguns há mais de uma década e sei que para eles a tecnologia educativa se resume ao powerpoint; sei de alguns que há 25 anos que fazem exatamente os mesmos projetos com os alunos) falou comigo para poder participar.    

Neste evento, começamos com um saco de componentes e, depois de muita soldadura e programação, acabamos a meter os robots a seguir linhas em pista. É um bom desafio, pese embora o nicho do Picaxe, e se sei que dificilmente retiro aprendizagens práticas deste robot específico, são os processos, o de montar e o de programar, o que realmente importa na aprendizagem das crianças. 

Infelizmente, este ano Murphy interveio e a aposta não foi bem sucedida. Na véspera do evento dois dos três alunos da equipe tiveram percalços ou adoeceram. Na manhã da partida, fiquei reduzido a um aluno. Que aproveitou muito bem o evento, foi ele que realizou a maior parte da montagem do robot, mas ao longo dia começou a revelar sinais de mal estar. Mais um a adoecer (e, confesso, eu também só me estava a aguentar à força de paracetamol). Estar presente num evento de robótica e ficar com a equipe dizimada por vírus foi, para mim, uma primeira vez.






Registo como saldo negativo os meus alunos não terem tirado benefício deste evento. Já a minha colega, imparável e entusiasmada, apesar de não ter bases de programação e robótica, não me deixou desistir. Com alguma ajuda, lá se conseguiu que o robot seguisse a linha. Uma vitória, um fim de semana bem passado (teria sido mais agradável sem aquela sensação corporal de tareia gripal), mas tenho pena que o meu principal objetivo, que era o de dar esta experiência aos alunos, tenha saído gorado. 

domingo, 19 de janeiro de 2025

Workshop Introdução à IA Generativa I

 

O António Rodrigues, intrépido líder do CCEMS, recordou-me a brincadeira que fiz há uns meses no seu encontro das TIC na educação - iniciar uma discussão sobre IA pegando na Mulher 100 Cabeças, o romance-collage surrealista de Max Ernst, e apresentá-lo como uma obra gerada por IA, inventando que Ernst teria treinado um algoritmo exclusivamente com gravuras da imprensa do século XIX para chegar aos resultados. Confesso que da primeira vez que fiz esta brincadeira fiquei a pensar que passei um atestado de ignorância aos presentes. É apoquentador levantar o nome de um dos maiores artistas do século XX numa plateia de professores e ninguém fazer expressões de reconhecimento, espero francamente que isso se tenha devido a não serem das áreas artísticas. Só a expressão "livro gerado por uma IA treinada por Max Ernst" deveria chegar para se perceber a piada. Neste sábado, tive um pouco mais de cuidado, repeti a história (com um rodeio à editora &etc), deixando claro que faço esta brincadeira para desmontar alguns mitos sobre a IA, mostrar, também, em grosso modo como é que funciona o processo de geração, e levar a perceber como é fácil cair em falácias quando se aborda estas tecnologias.



Foi uma sessão casa cheia, até com a presença de colegas que não se tinham inscrito, a refletir sobre IA mas também a ter tempo de meter as mãos na massa e mexer nalgumas ferramentas. Foi interessante ver a aproriação feita de acordo com o tipo de trabalho que desenvolvem. Docentes ligados às Ciências ficaram intrigados pela facilidade com que o Ideogram permite gerar imagens com frases coerentes (perfeito para projetos com cartazes); os de primeiro ciclo adoraram a opção de animaçao de zonas de segmentação da Kling, uma forma de dar vida aos desenhos dos seus alunos.

A sessão, ACD, é acreditada pelo CFAERC e decorreu para docentes ligados ao AE Venda do Pinheiro.

domingo, 12 de janeiro de 2025

Workshops Introdução Crítica à IA Generativa

Uma ACD prática, mãos na massa, com projetos exequíveis. A ACD será de 6 horas, desdobrada em duas sessões. Os inscritos poderão optar pela modalidade que mais interessar: participar nas duas (ACD de 6 horas), ou numa das sessões (ACD de 3 horas). 

Datas: 18 de janeiro e 8 de fevereiro.

Local: Centro de Recursos Poeta José Fanha, AE Venda do Pinheiro.

Cronograma: 


Sessão 1:

- Inteligência Artificial/Inteligência Artificial Generativa - Aspetos críticos

- Ferramentas e aplicações de expressão criativa: geração de imagem, áudio, vídeo e 3D.


Sessão 2:

- Apoio ao estudo e análise com LLMs - Notebook LM (transformar documentos de qualquer tipo num podcast, inquirir o contéudo agregado, ou gerar tópicos de análise e estudo);

- Atividades lúdicas com programação e machine learning no ML4K (usar o ambiente visual Scratch para programar, com recursos de machine learning, os personagens a interagir com o rosto ou os gestos dos utilizadores).