terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

8.º B - Trabalhos Finais: Scratch



Esta foi a  turma que mais aderiu à exploração desta linguagem de introdução à programação. Três grupos escolheram desenvolver o seu projecto final utilizando o Scratch e os trabalhos distinguem-se pelo empenho dos alunos em encontrar soluções para os problemas colocados pelo desenvolvimento dos trabalhos. Este é o trabalho mais complexo, que obrigou os alunos a um enorme esforço de pesquisa e desenvolvimento de competências na área da programação. A cada aula chegavam ao pé de mim com um novo problema a resolver, com uma nova melhoria ao seu projecto: criar níveis, melhorar pontuação, fazer desvanecer e reaparecer elementos de jogos... e em todas as aulas recebiam a mesma resposta: ultrapassaram os conhecimentos, assumidamente parcos, que eu tenho da linguagem, e as soluções que procuravam poderiam ser encontradas analisando e desmontando projectos similares disponíveis na internet. O resultado foi, do meu ponto de vista, excepcional. Não só pelo resultado final como pelo fascínio de ver o entusiasmo, e esforço colocados pelos alunos responsáveis por este projecto. Como me referiu uma das alunas, trabalho mais aqui (nas aulas de TIC) do que em Matemática. Sublinha o esforço mental que actividades ligadas à programação implicam. Com tanto esforço nos códigos acabaram por se esquecer de melhorar o cenário, mas enfim. Não se pode ter tudo. De qualquer forma, são mais do que merecedores da nota máxima.


Este foi outro projecto que deu muito gosto de observar. Sem o entusiasmo e a verve do grupo anterior, mas também um percurso implacável e um forte questionar dos limites da aprendizagem. Outro pormenor curioso é o de ter sido realizado por um grupo de raparigas. Discute-se bastante os desequilíbrios de género no acesso às CTEM, e é gratificante ver estas alunas a contrariar a tendência.


Para terminar, outro trabalho realizado por duas alunas cujo empenho e interesse foi muito elevado. Ah, ia-me esquecendo: o que mais me impressionou foi o entusiasmo delas. É um jogo simples, mas representa muito esforço, muito pensamento e empenho das alunas.

A possibilidade de criar jogos em Scratch veio despertar muito o interesse destes alunos. Pegaram pela possibilidade de poder fazer algo que gostam de consumir, dando um passo na compreensão do que está por detrás de algo que faz parte do seu quotidiano. Para além disto foram forçados, de forma descontraída, a um enorme esforço mental de pesquisa e resolução de problemas que abraçaram sorridentes porque os objectivos lhes eram significativos. Pessoalmente, fiquei convencido e rendido ao potencial pedagógico do Scratch, pelo lado de introdução à programação mas essencialmente pelo estímulo que faz à flexibilidade mental e aprendizagem autónoma.

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