Espaço dos projetos TIC em 3D, Fab@rts - O 3D nas mãos da Educação!, Laboratório de Criatividade Digital - Clube de Robótica AEVP e outros projetos digitais desenvolvidos no Agrupamento de Escolas Venda do Pinheiro.
domingo, 12 de fevereiro de 2017
Dar Tempo, Explorar Vertentes
Um dia divertido, ontem, no Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento. Depois de um workshop de introdução à impressão 3D, foi lançado o desafio de desenvolver momentos de formação sobre modelação 3D.
Ontem foi o primeiro. Seis horas de formação, dedicadas à modelação 3D com o Tinkercad.
Levámos alguma bibliografia adicional, cedida pelo Centro de Recursos Poeta José Fanha, e um modelo criado no Thingmaker para mostrar as possibilidades desta aplicação.
Tinkercad foi o ponto de partida do workshop, mas não o tema dominante. Tentámos, para além da modelação, mostrar todo o fluxo de trabalho da concepção à impressão. Começámos por rever o essencial do hardware, as operações de carregar/descarregar e executar uma impressão utilizando a impressora BEEINSCHOOL da escola. Em seguida, passámos a uma sequência de exercícios práticos concebidos para aprender a modelar no Tinkercad, e expandir essa aprendizagem. Iniciámos com o clássico exercício de modelação de um porta-chaves personalizado, exercício simples que permite passar por todas as ferramentas da aplicação e iniciar a modelação. Seguiu-se um exercício de validação e correcção de mesh no Netfabb, a partir dos modelos criados no primeiro exercício.
Após o almoço, a sequência envolveu mais três exercícios: pesquisar conteúdo no Thingiverse, corrigir no Netfabb e aplicar no Tinkercad; traçar um desenho no Inkscape, criando um caminho SVG para importar para o Tinkercad, e um exercício livre de modelação tendo como tema criar uma casa. Ainda houve tempo para experimentar a criação de modelos 3D a partir de mapas (fica prometido um tutorial para breve).
O objectivo desta sequência, num público de dezoito formandos vindos de diversas áreas disciplinares, é o de mostrar várias vertentes de trabalho em 3D. Se a modelação é o nosso foco principal, nem todos os docentes têm de ser proficientes no desenho 3D para tirar partido das impressoras. Podem desenvolver projetos mais simples, a partir de desenhos, ou descarregar conteúdo de repositórios online. O importante, do nosso ponto de vista, é fazer com que os formandos experimentem as várias vertentes, para que possam fazer escolhas informadas nas suas práticas.
O interessante na impressão 3D é que estamos sempre a aprender. Nunca tínhamos experimentado as funções de pausa e carregar/descarregar durante um processo de impressão do Beesoft. Neste workshop, pediram-nos para testar isso... e porque não? Também aprendemos que um bug na versão do Beesoft que temos instalada (já corrigido nas versões mais recentes) causa conflito com o modo de pausa. Está na hora de actualizar o nosso computador...
É gratificante ver grupos de formandos a não dar pelo tempo passar, entretidos a criar no computador. Um dos nossos princípios de formação é precisamente este: mais do que demonstrar ferramentas e falar dos seus potenciais educativos, é, de forma estruturada para suportar a curva de aprendizagem, dar tempo aos formandos de experimentar,criar, rabiscar. Sabemos que fora destes momentos específicos, os professores não se sentem com tempo para o necessário processo de auto-formação que o desenvolvimento de proficiência numa nova competência exige.
Durante o workshop, iam-se imprimindo os objectos criados pelos formandos. Aqui, o sub-diretor do AECE imprime o seu porta-chaves, que já está a usar com as chaves da escola...
Em março haverá mais um momento de formação, dedicado ao Sketchup Make. Estes workshops estão inseridos na estratégia deste Agrupamento de Escolas, que está a criar a sua Sala de Aula do Futuro. Após o investimento nos equipamentos, estão na fase crucial de montar a sala, mas não estão a esquecer o mais essencial: estimular os seus docentes, desafiando-os a experimentar e descobrir novas tecnologias e metodologias de trabalho. Daí o elevado número de participantes nestes momentos de formação. É um bom caminho. Sem ideias nem projectos, não há tecnologias que aproximem a Educação dos desafios da contemporaneidade.
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