sábado, 7 de novembro de 2015

La Lune


O objectivo da aula foi introduzir os primeiros conceitos de edição de vídeo multi-pistas com Vegas. Depois de explicar aos alunos alguns dos métodos iniciais de trabalho - importação, gestão de linhas de tempo, corte, posicionamento, perguntei-lhes se quando tinham aprendido a escrever o tinham feito apenas com o lápis. Claro que não, stor! Então quer dizer que quando escrevem com caneta usam os mesmos métodos do que com lápis? Sim, claro, e daí perceberam que não interessa a aprender uma aplicação específica, mas sim perceber que as metodologias de trabalho são standard transversal. A seguir tiveram como desafio editar um pequeno clipe. Habitualmente utilizo trailers de filmes para que os alunos percebem como o ritmo é ditado pela duração das cenas, mas estava cansado, durante uma semana pesada de reuniões e actividades, e dei-lhes acesso à pasta de rede com os filmes projectados durante o dia do cinema. A sala de TIC ficou reduzida ao silêncio quebrado por risos enquanto os alunos reviam Méliès ou as silly symphonies de Walt Disney. Fico sempre surpreendido por ver crianças de uma geração hiper-saturada de produtos mediatizados a encantar-se com obras de ritmo mais lento e imagem menos nítida e dependente de efeitos especiais do que o que estão habituados a consumir na multiplicidade de ecrãs e estímulos que os rodeia. Curiosamente, um confidenciou-me que segmentos do filme O Homem da Câmara de Filmar de Dziga Vertov eram muito rápidos...

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